Capítulo 64

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— Desde o princípio minha família foi encarregada de cuidar bem de perto do pacto entre um filho de Ailsa e um filho de Koa — Agadha disse, como se contasse uma velha história — Sou a mais fraca entre gerações, infelizmente. Não fui tão participativa no pacto de vocês, mas cuidei especialmente do Rei e do Lorde — seu peito subiu e desceu em um suspiro longo — Eles me deram infinitamente mais trabalho do que vocês.

Rosé olhou para Mikaeel, amaldiçoando-o mil vezes por ter permanecido covardemente como um lobo. Agora, ela aguentaria toda a situação sozinha — como deveria ser, talvez? Ela era o cérebro da operação e ele emprestava seus músculos ou garras de vez em quando.

Mas ela ainda queria socá-lo e estrangulá-lo.

— Eu não sabia disso. Não inteiramente. Achava que o pacto começaria e terminaria entre nós dois. Sem mais uma terceira pessoa.

— Seu pai me disse a mesma coisa — ela riu — Ele não queria que eu me envolvesse entre ele e o Lucius. Seu desejo se estendeu a sua filha, percebo.

A princesa se remexeu onde estava sentada, enfiando mais nozes na boca.

— Para sua sorte, estou velha demais para perseguir vocês.

— Era isso que queria falar conosco? — Rosé ousadamente perguntou — Pensei que Zadkiel fosse um assunto mais importante.

— De fato — Agadha fechou os olhos por um momento — Mika, poderia ver onde estão suas irmãs? Devem estar assustadas sem os pais e com as mudanças na alcateia.

Mikaeel se levantou imediatamente, acatando seu pedido. Rosé ficou mais enfurecida ainda, prometendo enforcá-lo até a morte quando o encontrasse novamente. O lobo, entretanto, carregava uma espécie de melancolia em seus olhos mesclados, como se sentisse a mesma agonia que ela ao ser confrontada por este assunto.

Ele se aproximou e cheirou sua mão apoiada no braço da cadeira. Pela raiva e pela atenção fixa que Agadha mantinha sobre eles, ela puxou sua mão para o colo, inclinando o rosto para o lado oposto a ele. O lobo grunhiu baixinho, mas não foi o suficiente para atraí-la. Pelo tempo que a conhecia, sabia exatamente as palavras que passavam por sua cabeça.

Ele deveria obedecer somente a mim. Além do mais, e a Matilha Zander? Como saberei se ela poderá ajudar?

Antes de sair, Mikaeel esfregou sua cabeça em seu joelho. Ela manteve seu rosto o mais indiferente possível, evitando fazer uma cena na frente da anciã. Não que fizesse muita diferença, já que Mikaeel deixou a sala se arrastando como um cãozinho abandonado e a princesa estava apegada demais a uma escultura antiga de uma coruja em cima da lareira.

— Seu reino clamará por um príncipe-herdeiro. Nosso povo exigirá uma nova Lady para comandar — não que a Irina tenha feito muitas coisas. Ela é muito apática, demasiadamente introspectiva. Também não sou de falar muito, mas ela não ajudou nada nos últimos anos.

𝐑𝐨𝐬𝐚𝐬 𝐞 𝐋𝐨𝐛𝐨𝐬Onde as histórias ganham vida. Descobre agora