CAPÍTULO XVI

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"Estou cansada, mais um dia que não tenho notícias suas. Meu corpo tem clamado para vê-lo. Quando esta guerra se encerrará? Você não imagina o quão saudosa estou de você. Por favor, não se perca em guerras, não morra em batalha. Me dói apenas pensar isso."

(Carta da princesa Jeong ao capitão Yoo)

Eun-Ha sentia que a paz havia exaurido de seu corpo, conseguiu na última noite se esquivar das perguntas de He-Soo o que ela poderia considerar um milagre, mas não saberia por quanto tempo. A garota andou até a cozinha de seu apartamento, precisava de café para se manter acordada, seu sono fora insuficiente uma vez que ela estava a pensar no advogado. Bufou furiosa e quando He-Soo apareceu sorridente com a pergunta na ponta da língua, fora salva pela campainha.

— Não ouse fugir para sempre, Eun... — A repórter disse enquanto se sentava para tomar seu café da manhã e a promotora seguiu até a porta, se deparando com um grande buquê de flores e logo voltou para dentro, carregando-o com cuidado. — Wooow, é para quem?

— Para mim. — A resposta saiu simples e sem muito floreio, mas a promotora também se perguntava quem havia sido a pessoa que enviou. He-Soo pegou o pequeno cartão que estava ali. — Soo.

— Querida Pro-Jeong... — Teatralmente a repórter começou a ler, notando as bochechas de Eun-Ha corar. — Entrego a você este buquê de crisântemo branco pois representam amor leal. Atenciosamente, JJK. — A garota cutucou devagar a melhor amiga e sorriu. — Acho que ele está apaixonado por você. Vai guardá-las?

— Vou, mas ele não está apaixonado e eu não tenho interesse em Jeon Jungkook. Perdi a fome, nos vemos a noite?

— Hoje não, meu dia de turno noturno na redação. Se cuida, hm?

As mulheres se despediram e Eun-Ha sabia que mais uma vez ela teria que vasculhar o incidente que envolvia Lee Yeon e Do Hyun, ela sentia que havia algo que talvez tivesse deixado passar e, como He-Soo não estaria em casa essa noite, talvez ela pudesse focar mais naquele assunto. Não demorou a estacionar seu carro em sua vaga e seguir para o prédio do Ministério Público de Seoul.

— Senhor Lim, como foi as análises? — A pergunta viera em um tom calmo, mas o homem suspirou antes de se aproximar. — Algo errado?

— A autópsia saiu. A que foi pedida depois do laudo de overdose. — Jaebeom falou com um tom pouco calmo demais para a mulher. — Houve envenenamento por cianureto de potássio. Pode sim ser muito similar a suicídio, e agora, acredito que a defesa do senhor Lee vai sim usar essa prenuncia de que ele suicidou.

— Mas? — Tinha que haver um mas.

— Na autópsia realizada pela nossa equipe e acompanhada por Taeyang, descobriu marcas de luta corporal. A vítima tinha marcas de mãos em torno do pescoço. — O Lim colocou as fotos sob a mesa, era nítido que havia algo a mais. — Acreditamos que o cianeto de potássio ainda não foi a causa principal da morte, mas sim um estrangulamento.

— Algum outro indício? Fotos? Alguma câmera de segurança ou de carros estacionados ou que estavam de passagem pelo local? Isso pode demonstrar alguma coisa.

— Há algo, material genético. O estrangulamento foi realizado e o assassino usava luvas na data em questão. — Taeyang finalmente se pronunciou. Inicialmente quando Eun-Ha assumiu a promotoria, reclamavam muito de como ela gostava de cavar até o fim seus casos, mas agora, eles haviam estabelecido uma rotina favorável aos três. Eram, como poderiam dizer, um time que realmente investigava, incorruptível. — Encontramos fios de cabelo na roupa da vítima e também fizemos uma comparação genética com o DNA e não é compatível com o DNA de Park Haku.

SOULMATEWhere stories live. Discover now