CAPÍTULO VI

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"Como fogo e pólvora, meu desejo de tê-la era palpável e queimante, como se nada pudesse ser um serafim. Beije-me se for possível. Mas, antes que meus lábios a consumisse como um beijo legítimo, sua dama a gritou." (Capitão Yoo sobre Princesa Jeong).

A luz fina atravessava as janelas do apartamento de Eun-Ha e He-Soo naquela manhã, era mais um dia. Nada de novo sob o sol, exceto pelo julgamento que aconteceria aquela semana. Enquanto Taehyung saia como se fosse um conhecido da casa, aquele era o momento mais esperado. Pouco a pouco, a sala tomava suas formas. Eun-Ha estava com um vestido justo marcando sua cintura com um cinto volumoso de cor preto, seus cabelos pretos em um coque baixo, sempre marcado por uma maquiagem bem clara, mas o batom vermelho tomava conta de seus lábios.

— Animada para hoje? — A voz de He-Soo tomou conta da sala, a garota parecia radiante aquela manhã, os cabelos estavam soltos e ela usava seu óculos, apesar de se arrumar de um modo menos pragmático como Eun-Ha, ela sempre estava apta a cobrir qualquer matéria, e ela sabia, assim como o jornal a qual trabalhava que seria escalada para aquele julgamento. As vantagens de ser amiga íntima da promotora. A garota vestia-se com uma calça social preta e uma camisa social, em seus pés um tênis, ela sempre dizia que "repórteres devem sempre estar prontos para correr, e saltos atrapalham". — Você está linda. Tenho certeza que sairá vitoriosa.

— Eu estou. É meu primeiro caso. — A garota olhou a cozinha, suspirou. Que cena deplorável era aquela, Taehyung na cozinha preparando alguma coisa. — Você também está linda, proezas da mais linda repórter de Seul. Mas... — Inclinou-se a ela. — Precisaremos conviver com essa cena agora?

— Ele é fofo, não é?

Eun-Ha virou os olhos, impaciente. Mas, não criaria confusão, estava com foco em outra coisa, assim, permitiu-se sentar à mesa e fazer seu desjejum, nada que ultrapassasse um limite.

— Bem, nos vemos após o julgamento, He-Soo!

— Boa sorte, fighting! — He-Soo e Eun-Ha tocaram as mãos como se fosse um ritual antes de murmurarem palavras inaudíveis aos demais, uma para a outra.

Os passos de Eun-Ha eram calmos, até mesmo pelo corredor até seu carro estacionado, sua pele formigava suavemente, enquanto pensava em tudo aquilo que havia pensado para aquele dia. Sabia que a família da vítima precisava dela, porque então ela teria que fracassar? Suas mãos pareciam trêmulas e não obedeciam aos comandos cerebrais. The Rose começou a tocar, quando She's in the rain a tirou dos devaneios, era como um pedido de socorro, quando a ansiedade tomava conta. Mas, também, quando tudo parecia se acalmar.

— Pro-Jeong, que bom que chegou! — Jaebeom disse finalmente, parecia perturbado. — Estava ansioso.

— Senhor Lim, fique tranquilo, hm? — A mulher disse. — Temos tudo o que precisamos.

Não demorou tanto tempo para que eles fossem chamados à sala, a toga preta com detalhes vermelhos atraía bem a atenção para a mulher ali. O caso consistia em um assassinato de um aluno de um professor bem famoso e uma das testemunhas era uma criança, o que era um agravante, visto que o pequeno Park Do-Yun não poderia estar naquela sala, mas estaria sendo mostrado por um vídeo e assistido por uma psicóloga. O juiz imperioso adentrou à sala, notou naquele momento, Eun-Ha evitou olhar aos advogados ainda, estava a conversar com Jaebeom.

— Advogado de defesa, Jeon Jungkook. — Aquele nome, a garota o observou a primeira batalha havia sido carnal, mas agora? Agora era sinônimo de justiça versus impunidade.

— Advogado de defesa Jeon Jungkook, presente! — A voz rouca do homem soou pela sala e Eun-Ha segurou a risadinha.

— Promotora Jeong Eun-Ha da promotoria de Seoul.

SOULMATEWhere stories live. Discover now