Pág 12

109 10 92
                                    

— O que? — arregalei os olhos e o vi suspirar com um sorriso maligno. — Os lábios debaixo? I-isso é possível?

— Você não sabe o que é um sexo oral? — estava surpreso, e eu estava me sentindo uma completa idiota por não saber quase nada sobre sexo.

— A-acho que não — meu rosto ainda ardia bruscamente, mesmo não sabendo exatamente do que se tratava um sexo oral, eu queria que Dominic fizesse comigo — mas faça — pedi num impulso e dessa vez quem arregalou os olhos foi ele.

Acho que desconfigurei o Dominic.

Em silêncio ele se manteve, ainda de olhos arregalados, tentando compreender a situação, tentando ter certeza de que eu não estava zoando com a cara dele.

— O que? — falou algo finalmente, depois de segundos paralisado.

— Você acabou de falar que queria provar, então prove — disse simplesmente — ou vai fingir que nunca disse isso, assim como está fingindo que nunca me beijou?

— Porra, garota, tem noção do que está me pedindo?

— Você quem se ofereceu — falei tranquila e dei de ombros.

— Você está quase noiva! — rebateu quase gaguejando.

— E você também. Além do mais, ser fiel não é a coisa mais inteligente a se fazer depois de encontrar o Thomas da forma como o encontrei naquele lugar.

— Você não parece ser do tipo vingativa.

— E eu não sou. Isso não é por vingança — expressei serena.

— E então? — ainda me olhava admirado.

— É porque eu quero. Anda logo, Dominic, use sua língua em mim — pedi manhosa, eu definitivamente não era aquele tipo de garota safada e direta, mas naquele momento, eu queria ser.

Eu queria senti-lo, queria suas mãos em minhas partes íntimas, queria tê-lo da forma que a Julie nunca conseguiu ter.

— Puta merda... Você tem certeza do que está me pedindo? — se sentou no carpete e esfregou a palma da mão no próprio rosto.

— Total certeza! — afirmo confiante. — Isso vai tirar a minha virgindade? — engoli seco.

Eu estava com medo, mas estava disposta a perder minha virgindade com Dominic.

— Não, de jeito nenhum — afirmou rígido.

— Mas você disse que era um sexo — balbuciei confusa.

— Sexo oral. Não haverá penetração, não se preocupe — falou um pouco tímido.

— Tudo bem, e o que eu devo fazer? — me sentei também.

— V-você só precisa se deitar ali — apontou pra sua cama — e ficar bem quietinha. Farei todo o resto.

Parecia que ele estava trêmulo.

— Okay — me coloquei de pé, fui até a cama e me aconcheguei nela.

Com a respiração intensa e o coração palpitando a mil, eu o esperava sair de outro transe que havia entrado ao me ver em sua cama.

Resmungou algo indecifrável enquanto balançava a cabeça, se levantou, apagou a luz e parou em minha frente.

Todo o quarto estava vermelho agora, e eu podia ver seu peito subindo e descendo intensamente também.

Dominic se sentou ao lado das minhas pernas, engoliu seco, levou as mãos até a barra do meu vestido e o levantou vagarosamente. Meu corpo inteiro vibrou, como se tivesse tomado um choque.

O filho do pastorWhere stories live. Discover now