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Hazel Farrell
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Dizem que somente as pessoas que vivem ou já vivenciaram o amor verdadeiro poderiam falar sobre ele com maestria, porque o conhecem muito bem.

Mas uma vez mamãe me disse que não era bem assim, disse que os que nunca viveram o amor também poderiam falar sobre ele, pois essas pessoas sabem exatamente como é sentir a necessidade de amar e ser amado, sabem exatamente o que lhes faltam, e o quanto querem desfrutar de um sentimento tão puro e intenso, e sem sombra de dúvidas, real.

Eu sempre fui uma garota romântica e apaixonada, sempre falei e escrevi sobre o amor. Nunca tive dúvidas dos sentimentos que Thomas tinha por mim, afinal, ele sempre foi romântico e atencioso comigo, nunca deixou de me escrever cartas ou me dar flores.

Talvez mamãe estivesse certa, quem nunca foi amado também poderia falar sobre o amor.
Mas obviamente eu nunca senti necessidade de me perguntar em qual desses dois eu me encaixava, o que era amado ou o que não era.

Sem dúvida alguma eu sabia que Thomas era o cara certo para mim, e eu jamais conseguiria encontrar as palavras certas para descrever a imensidão do nosso amor.
Era engraçado não conseguir expressar em palavras um sentimento tão intenso, era como se o amor fosse algo tão surreal a ponto de não conseguir explicar.

— Alguém aqui pediu uma casquinha de sorvete de uva com cobertura de morango? — era ele, o encantador Thomas Blackwell, me trazendo o sorvete que pedi.

— Muito obrigada — agradeci com meu melhor sorriso enquanto ele me dava a casquinha e se sentava ao meu lado naquele banco de madeira.

Estávamos aproveitando a tarde juntos, ele tinha conseguido um tempinho livre do trabalho, então me levou para um passeio no parque. Era um encontro num lugar simples e comum, mas para mim era um dos melhores lugares para se estar com ele.

As crianças que ali estavam, corriam e brincavam alegremente, sempre sorridentes e cheias de energias.
Os pássaros e pombos voavam pelos céus, alguns também estavam nos galhos das árvores, mas uma boa parte deles estavam em volta de uma senhora de vestido rosa, a mesma os alimentava com a pipoca que estava comendo.

O moço do carrinho de sorvete fazia tudo muito rápido pois a fila para comprar uma casquinha estava enorme, Thomas tinha passado uns 15 minutos nela.
Do outro lado, o cara que vendia balões coloridos estava irritado, um pombo havia acabado de cagar num balão rosa. Ele batia os pés no chão e sacudia as mãos para espantar as aves dali.

— O que essa cabecinha está pensando, hein? — eu nem havia notado que Thomas estava me observando enquanto seu sorvete de chocolate derretia pela casquinha.

— Estou pensando "Hmm, será que ele não vai terminar de tomar o pobre sorvete?" — brinquei o fazendo notar o chocolate se dissolver.

— É que é muito difícil me concentrar quando você está comigo, você é tão linda que me prende a concentração. — dizia sorrindo com os olhos, me olhando como se eu fosse uma mina de ouro, e eu gostava daquela atenção.

— Thomas, está derretendo! — falei divertida. — Não desperdice alimento — segurei em seu pulso, o trouxe para perto de mim e comecei a lamber onde escorria. Seu olhar acompanhava meus movimentos minuciosamente — O que foi? — perguntei e ele balançou a cabeça em negação, ainda observando meus movimentos em silêncio.

O filho do pastorWhere stories live. Discover now