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Tu és toda formosa, meu amor, e em ti não há mancha — Cânticos 4:7

Ayleen

Cada passo que ele dá a fricção entre nós aumenta atingindo em cheio meu ponto sensível. O toque faz minha pele se arrepiar e o meu ventre se contrair em antecipação. Enlaço minhas mãos em seu pescoço e minha boca volta para sua, faminta.

Chupo o seu lábio inferior e ele retribui com uma investida contra a minha calcinha. Lamento sobre a sua boca e o sacana sorri.

— Acho que alguém tá ansiosa — Victor senta na ponta de sua cama e me arrasta sobre sua ereção.

Minha respiração fica toda errada e meu peito sobe e desce. Eu sou literalmente uma bagunça cheia de desejo.

— Eu tô morrendo de ansiedade — sussurro no seu ouvido.

Uma risada rouca escapa de seus lábios. Encaro as suas profundezas azuis repletas de luxúria. Mas não é só isso. Também vejo amor refletido em suas orbes. Enxergo tantas coisas ali.

Você não tá sozinha, eu tô aqui com você.

Eu te amo, sabia disso?

Olha como você me deixa louco.

São tantas declarações contidas ali. Eu me perco completamente aqui.

Sem tirar os olhos de mim, Victor muda nossas posições e me põe deitada sobre a cama. Em seguida, sobe a minha blusa até a altura do meu estômago. Seus dedos passeiam sobre minha barriga e param no cós da minha calcinha.

— Você não tem noção do quão linda é.

Seu rosto paira sobre o meu ventre. Ele começa a distribuir beijos e mordidas sobre o meu estômago e vai descendo até chegar ao meu umbigo. Minhas mãos se enrolam sobre o lençol e os meus olhos se fecham cada vez que sua cabeça desce.

Ele quer me matar, é isso.

— Victor... — advirto.

— Calma, tô apreciando o corpo gostoso da minha namorada.

Um sorriso bobo cresce em meus lábios.

— Seu safado — balbucio.

— Você não viu nada — seus dedos engancham em cada lado da minha calcinha e tira o tecido minúsculo do meu corpo.

Seu dedo médio se arrasta por toda a minha extensão molhada, espalhando. Meu ventre se contrai e eu preciso morder os lábios para um lamento não escapar.

— Olha como você me deseja — levanta o dedo brilhando para mim.

Me escoro com os cotovelos sobre a cama e aponto o queixo em sua direção.

— Você também não tá diferente — fito o volume em sua boxer.

— Sim — enfia dois dedos na minha abertura. Bombeia duas vezes e logo retira.

Meu rosto se fecha instantaneamente. Nem deu tempo de nada.

— Ei! — reclamo.

Ele me ignora completamente.

— Quero te mostrar uma coisa — estica a mão para mim.

Pego sua mão estendida e fico de pé com sua ajuda. Olho para ele sem entender nada.

— O quê?

Mais uma vez, Victor não fala nada e caminha de mãos dadas comigo até o painel de controle anexado à parede do quarto. Digita uma senha, mas não vejo nada de diferente.

DeclínioWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu