Limbo

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Quando estamos escondidos atrás do caminhão vermelho, Cinco olha pra mim e antes que ele fale algo eu digo.

-Agora não é hora pra isso!

-A gente vai morrer! - Ele grita no mesmo tom. - Casa comigo?

-Idiota, eu falei pra você não perguntar agora! - Olho pras pessoas atirando na gente e derrubo algumas com meu poder.

-Você tem que responder. - Cinco fala.

-Zero, responde logo que sim pra gente sair daqui! - Diego grita sem paciência.

-Sim! Eu caso com você! - Respondo sorrindo, apesar da situação. Cinco põem um anel em meu anelar da mão esquerda, estamos noivos. - Você tava com isso desde de quando?

-Alguns anos, na verdade. Tava esperando o momento certo. - Ela fala e eu rio.

-Ótimo momento vocês dois! - Diego fala atrapalhando. - Agora será que podemos sair daqui?

Cinco tenta nos teletransportar, mas não adianta.

-Merda, tô sem energia. Cansado.

-Zero? -Diego me chama.

-Já foi difícil trazer a gente até aqui e eu tava mirando na casa! - Falo mostrando que não seria uma boa ideia levar ninguém comigo agora.

-Vão! Eu dou cobertura. - Diego fala se levantando e saindo de trás do caminhão enquanto Cinco e eu corremos.

Diego consegue desacelerar as balas por alguns segundos e depois joga as mesmas em um grande tanque de gasolina do outro lado da fazendo.

-Nosso irmão é demais! - Falo quando nós escondemos na casa. - Mas eu tenho que fazer alguma coisa!

-Você tá fraca! Vai lutar com uma espada? Eles têm armas! - Cinco grita pra mim.

Antes de responder os tiros param e eu olho pela janela vendo Vanya canalizar seu poder e simplesmente derrubar todos os Agentes da comissão sem nenhum esforço aparente.

-Essa é a minha garota! - Grito, mas então posso ver que a Lila e a gestora ainda estão intactas. Como?

Então Lila começa a flutuar e mostrar os mesmos poderes da Vanya sendo canalizados em si e então ela jogo tudo pra longe em uma onda de poder. Luther cai do telhado dentro de casa.

-Eu vou pro limbo, se o que o nosso pai falou e se o que eu li for verdade...

-Dá última vez que você tentou não conseguiu nem ficar em pé, Zero! - Cinco me interrompe.

-Eu posso pegar energia dele!

Antes que ele possa falar algo eu me concentro pra abrir o portal, imagino ele em minha mente. O céu vermelho, os detalhes em azuis, as ruinas ao fundo, então eu salto. E quando abro os olhos de novo não estou mais na casa.

Ouço sons estranhos e invoco a minha espada com medo, estou sozinha e posso ser atacada a qualquer momento, então ouço uma briga alta e logo depois um dragão roxo de tamanho médio aparece.

-Lockheed... - Sussurro. - Tava me defendendo do que garoto?

Ele ronrona e seus olhos brilham como os meus quando ele voa ao meu redor e depois para em meu ombro.

-Eu preciso de ajuda. Preciso conseguir levar você comigo pra lutar e preciso de poder. - Ele apenas me olha e eu não sei se consegue me entender. - Se a Lila tem os poderes da Vanya eu não sei se sou forte o suficiente pra vencê-la.

Ele voa pra longe e eu corro atrás dele, não tenho tempo pra isso! Quando e o alcanço estou na frente de uma grande pedra com palavras entalhadas "O magne et potens mundum aperi et da potestatem tuam."

-Mas que porra é isso... - Sussurro passando os dedos pelas palavras.

-Isso é o centro do seu poder. - Alguém fala atrás de mim e eu rapidamente invoco a minha espada e a coloco em seu pescoço. Parece uma pessoa, mas tem... chifres? - Então você que roubou a espada Alma.

-Eu não roubei nada. Ela é minha, sempre foi.

-Sempre? Não. - A pessoa diz simples e não parece ameaçada. - Mas pelo visto, agora ela é. pode retirá-la do meu pescoço? Ela queima.

-O que é você? - Pergunto retirando a espada, mas ainda em alerta.

-Essa é a dimensão dos demônios. O que acha que eu sou?

-Eu não tenho tempo pra isso, preciso voltar pra minha família. - Dou as costas e começo a andar. - Vamos Lockheed.

-Eu não menti. - Ele chama e eu o olho. - Essas palavras são o centro do seu poder, com isso você vai retirar os poderes do Limbo e usa-los com sua força total, se quiser.

-Por quê está me ajudando?

-Não estou ajudando você, garota mundana. - Ele fala com nojo. - Estou ajudando a espada. Fiz a minha parte, agora se você vai fazer a sua, eu não me importo.

Ele se vira pro outro lado e começa a andar logo desaparecendo e eu faço o mesmo com Lockheed em meu ombro.

-Eae? - Pergunto pro mesmo. - É só meia dúzia de palavras, não vai causar o fim do mundo vai?

Ele ronrona e balança a cabeça como um cachorro.

Tudo bem, me concentro e imagino a casa em que eu estava a pouco tempo e sussurro as palavras que eu li na pedra.

- O magne et potens mundum aperi et da potestatem tuam. - E salto, mas quando volto Cinco está embaixo de um entulho de tijolos. - Cinco! Eu saio por cinco minutos e você já morre?

Começo a retirar os tijolos de cima do mesmo com a "ajuda" de Lockheed e posso escutar uma briga do lado de fora e Luther pedindo pra Allison respirar.

-Você tá bem? - Cinco pergunta mais preocupado comigo do que consigo mesmo e olha pro Lockheed. - Mas que porra...

-Longa história. - Ajudo ele a ficar em pé. - Vamos acabar com a Lila e a gestora primeiro.

Andamos até o grande buraco na janela e eu grito.

-Ei maluquete! - Lila nos olha. - Vem brincar.

-Seus merdinhas. - Ela fala e eu levanto as sobrancelhas sorrindo e Cinco nos teletransporta.

Lila vem logo atrás e começamos a lutar usando Lockheed como uma distração pra mesma, o que facilitava muito acertar os golpes.

-Cadê todo o seu poder agora? - pergunto depois de lhe acertar um soco e Cinco chuta a lateral do seu corpo, nós teletransportamos e invertemos as posições.

Chuto atrás de seu joelho fazendo ela cair e Cinco chuta seu peito a fazendo bater as costas na minha perna. Invoco minha espada e seguro em seu cabelo jogando seu cabeça para trás, colocando minha espada em seu pescoço desprotegido.

Mas ela se teletransporta antes que eu possa matá-la e soca Cinco que tenta a derruba-la, mas ela se teletransporta outra vez se sentando em cima da mesa e se senta.

-Já tá cansada? - Brinco. - Uma pergunta rápida, como faz isso?

-Qualquer coisa que vocês fizerem, eu faço melhor. - Ela pega uma frigideira e voltamos a lutar. 

ᴢᴇʀᴏ ʜᴀs ᴛʜᴇ ᴘᴏᴡᴇʀ || ғɪᴠᴇ ʜᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇsWhere stories live. Discover now