Abraços e vozes do além

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Eu dou uma acordada quando Diego me coloca no que deve ser uma cama levando a cabeça procurando o cinco.

-Ele tá atrás de você, meu Deus vocês não desgrudam? - Diego fala enquanto sinto o braço do cinco enlaçando a minha cintura e me puxando para ele, seu peito rente as minhas costas e a sua respiração leve batendo em minha nuca. Abraço o Lockheed e entrelaço meus dedos no de cinco pronta para voltar a dormir.

-Engraçado, se eu não soubesse que eles são uns cretinos, eu diria que eles ficam uma gracinha dormindo. - Diego fala ao longe.

-Não se preocupa, eles já vão ficar sóbrios e voltar a serem criaturinhas sarcásticas e nervosinhas que eles são. Você acha que eles... - Não terminei de ouvir o que Luther estava falando.

Acordo com cinco e Luther conversando sobre o apocalipse, cinco ainda estava deitado me abraçando então não vejo motivo nenhum pra me mexer.

-Por que vocês não falaram sobre isso antes? A gente podia ter se juntado e tentado resolver juntos. - Luther pergunta.

-Não ia adiantar, vocês já tentaram. E todos morreram de formas horríveis. - Cinco responde e começa a fazer carinho na minha cintura. - Vocês estavam juntos, tentando deter quem acabou... com o mundo. - O mesmo abre o bolso da minha jaqueta e pega o olho. - Isso tava com você quando morreu. Você deve ter arrancado da cabeça dele pouco antes de morrer.

-Tem um número de série atrás. Dá pra rastrear.

-Eu e a zero tentamos, isso não dá em nada.

Com um barulho alto da porta abrindo eu levanto rapidamente e invoco a minha espada.

-Seus merdinhas. Vocês têm ideia do que acabaram de fazer? - Diego fala vindo pra cima da gente, mas Luther o segura. Vendo que não é uma ameaça de verdade guardo a espada e me sento ao lado do cinco. -Me solta! Tira essas suas mãos de macaco de cima de mim!

-Posso te segurar o tempo que for, até se acalmar.

-Tá. - Diego responde e é colocado no chão.

-Agora explica o que aconteceu. - Luther fala.

-Nossos irmãos andaram muito ocupados desde que voltaram. Eram eles que estavam naquele tiroteio do Griddy's e na loja de departamento, e depois os caras de máscara atacaram a Academia tentando achar eles!

-E nada disso é problema seu, Diego. - Repondo com as mãos nas têmporas, eu preciso de um café.

-Agora é. Eles mataram a minha amiga.

-Quem são eles? - Luther pergunta pra mim e cinco.

-Trabalham pra nossa antiga empregadora. Ela é chamada de A Gestora. Ela os mandou. Pra deter a mim e a zero. E aí, quando a amiga do Diego se meteu no assunto, é presa fácil.

-Agora, eles são as minhas presas. E eu vou fazê-los pagarem.

-Diego, não. Isso é um erro. Eles já mataram pessoas muito mais perigosas que você.

-É o que vamos ver, zero. - Ele respondeu saindo do quarto e batendo a porta.

-Antiga empregadora? Que história é essa? E não venham com essa palhaçada de dizer que isso não é problema meu, falou?

-É uma longa história, Luther. - Eu respondi e o mesmo se sentou olhando pra gente. - Eles transformaram a gente no instrumento perfeito pra reabilitação da linha do tempo. Ou "correções", como eles chamavam.

-Mas não foi só com a gente, existem outros iguais. Seres de outras épocas, fragmentados, afastados das vidas que tinham. Não sabemos como eles chegaram lá. Mas eu sei que nenhum deles era tão bom quanto a gente.

ᴢᴇʀᴏ ʜᴀs ᴛʜᴇ ᴘᴏᴡᴇʀ || ғɪᴠᴇ ʜᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇsWhere stories live. Discover now