-Então consegue me ouvir, mas não me ver? - A voz do meu irmão soa do meu lado e por reflexo olho. - Nada?
-Nada, desculpa. - Encolho os ombros. - Eu nem sei o porquê de conseguir te ouvir agora, alguma ideia?
-Talvez, mas só de não ter só o Klaus pra conversas não é tão ruim - Rimos.
-Eu tô ouvindo seu boca aberta! - Klaus grita do lado da Vanya.
-Uma pergunta, ainda sou sua melhor amiga né? - Rio pela minha pergunta besta.
-Não acredite no que o Klaus diz, você é a minha primeira e melhor amiga. - Sinto um calafrio no meu ombro. - Desculpa, é agora eu consigo tocar no Klaus. Trabalhamos muito nisso.
-Imagino, tudo bem. Vamos trabalhar nisso também de alguma forma. Aí eu posso te ver e tudo mais.
-Isso seria muito bom. - Ele fala. - Ah, sabe o lance do abraço, quando você fez no Klaus? Eu senti.
-Então pode ser isso.
-Provavelmente.
-Quando quiser, Zero. - Cinco diz com sarcasmo num pedido óbvio de que para me sentar ao lado dele.
-Ele ainda sente ciúmes de mim? - Ben pergunta.
-Ele nunca sentiu. - Defendo.
-Sentia sim. - Klaus e Ben falam juntos.
-Tudo bem. - Cinco fala ignorando Klaus. - Primeiro eu e a Zero pedimos desculpas. Erramos ao voltar no tempo e acabamos prendendo todos aqui.
-O pior foi, que sem querer trouxemos o fim do mundo também. - Falo simples.
-Meu deus do céu, de novo? - Klaus pergunta e todos ficam em silêncio. - Vocês já sabiam! Por que eu sou sempre o último a descobrir sobre o fim do mundo? Ah, meu Deus... minha seita vai morrer de ódio. Eu falei que a gente tinha até 2019.
-Temos até segunda. Seis dias. - Cinco fala.
-Uma seita?... - Falo baixo.
-É, esse idiota fez as pessoas largarem suas vidas por nada. - Ben fala e Klaus olha feio pra um canto, provavelmente pro mesmo.
-Preferia quando ela não te ouvia. - Klaus fala. - Vai ser a Vanya?
-Klaus! - Allison, Ben e eu falamos ao mesmo tempo.
-Quê? Costuma sempre ser a Vanya.
-Vocês têm alguma pista? - Vanya pergunta pra mim e Cinco.
-Temos, uma. - Cinco fala e passa a fato de nosso pai pra Allison.
-Puta merda. - Ela fala.
-Cinco, eu e Diego temos tentado conversar com o velho pra saber o que isso significa, mas até agora nada. - Falo.
-Como assim, "nada"? - Diego fala. - Sabemos que ele planeja matar o Kennedy.
-Talvez, mas não sabemos quem ou o que desencadeia o fim do mundo. - Cinco responde. - Pode ser o Kennedy ou algo independente dele. Mas alguma coisa muda a linha do tempo.
-E temos que acertar as coisas. - Termino.
-Como acertar se não sabemos o que tá errado? - Allison pergunta.
-Qual é? Faz as contas. - Diego fala em tom óbvio. - Sabemos que o papai tá se reunindo com pessoas suspeitas e que ele vai estar na praça em três dias pra matar o presidente. Então acho que sabemos o que temos que fazer.
Após segundo de silêncio Diego e Cinco falam ao mesmo tempo.
-Matar o papai. - Diego.
-Encontrar o papai. - Cinco.
-Bom, de qualquer jeito a gente tem que encontrar ele antes de matar, então... - Dou de ombros brincando.
-Não era pra nenhum de nós estar aqui, lembram? - Vanya pergunta. - Quer dizer e se fomos nós? Mais alguém fez alguma coisa pra estragar a linha do tempo?
Segundo se passam em completo silêncio.
-Eu acho que cada um pode falar o que fez, sabe todos vocês passaram bastante tempo aqui. Uns mais do que outros, então... - Tento amenizar o Clima.
-O Diego anda perseguindo Lee Harvey Oswald. - Luther fala e eu jogo as mãos pro alto em descrença, claro ataquem uns aos outros.
-E você trabalha Jack Ruby. - Diego aponta.
-A Allison é bastante envolvida com a política local. - Klaus informa.
-Tá, e você criou uma seita. - Ela devolve.
-Obrigado! - Ben agradece.
-O Ben agradece seu comentário Allison, mas isso não vai ajudar em nada. - Falo e ela me olha estranho, é pelo visto eu falo com o nosso irmão morto.
-Eu sou babá numa fazenda. - Vanya fala. - Não tenho absolutamente nada a ver com isso.
-Que fofa. - Falo junto com Klaus que leva à mão ao peito fazendo beicinho.
-Não tem como ter certeza disso Vanya. - Allison pondera.
Diego assobia alto chamando nossa atenção.
-Prestem atenção. Tudo em nossas vidas novas tá ligado ao Kennedy. - Diego volta com essa história. -Não é coincidência. O Luther trabalha pro Ruby, Allison protesta contra o Governo, Nosso pai vai até a praça, o Klaus... tá fazendo uma coisa bizarra, mas deve ter relação. Viram, é claro que fomos enviados pra cá por um motivo especial: salvar John Fitzgerald Kennedy.
-Galera, vocês todos morrem. - Cinco diz. - Zero e eu estávamos lá, a gente viu.
-E não tem como esquecer. - Falo - então por favor, eu amo todos vocês, mas calem a porra da boca e escutem a gente.
-Não sabemos se as coisas que vivemos aqui estão conectadas. - Cinco começa. - Nem se existe um motivo pra isso. Mas nosso pai vai saber. Temos que falar com ele antes que todos e tudo que conhecemos morra.
-Tá legal, tô fora. - Luther diz e se levanta.
-É sério isso? - Digo e me levanto.
-Você ouviu o que eu disse? - Cinco pergunta.
-É eu ouvi, ouvi dois velhos de 58 anos que ainda querem que o papai resolva tudo. Então não contem comigo.
-Não foi a gente que fomos desesperados atrás do papai na primeira oportunidade e praticamente saímos chorando, Luther. - Falo. - Só estamos sendo lógicos, o Velho é dessa época e é importante, ele também já provou saber sobre a viajem no tempo então ele pode ter uma ideia do que pode acarretar o fim da porra do mundo!
Luther saí enquanto os outros chamam por ele e Diego vai atrás. Invoco minha espada e Cinco e eu nos teletransportamos pra sua frente.
-Ninguém sai até a gente saber o que fazer. - Cinco fala.
-Volta, agora. - Aponto minha espada pro mesmo.
Luther joga Cinco pela lateral da escada e por um momento abaixo minha guarda e Luther joga minha espada pra longe que desaparece assim que deixa meus dedos, antes que ele possa me pegar me teletransporto atrás dele, entre ele e Diego e o chuto fazendo o mesmo rolar escada abaixo.
-Idiota. - Falo pro Luther. - Você só tá com medo de encontrar o nosso pai.
Me teletransporto pro beco, pois o Cinco não se teletransportou pra dentro do apartamento de Elliott então deve estar lá fora.
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ᴢᴇʀᴏ ʜᴀs ᴛʜᴇ ᴘᴏᴡᴇʀ || ғɪᴠᴇ ʜᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇs
FanfictionÀs 12 horas do primeiro dia de outubro de 1989, 43 mulheres de lugares diferentes deram à luz. Algo incomum, pelo fato de que nenhuma dessas mulheres estava grávida quando o dia começou. O Sr. Reginald Hargreeves, excêntrico bilionário e aventureiro...