Klaus e Diego me encontram depois de procurarem por mim, Diego me pega em seus braços e vamos procurar a Grace pelos destroços, eu digo vamos, mas eu não tenho muita escolha já que estou sendo carregada.
-Você tá bem mesmo, Zero? - Diego perguntou pelo o que deveria ser a decima terceira vez em menos de cinco minutos.
-Eu só preciso repor as energias, irmão. - Respondo dando um sorriso leve e apoiando a cabeça em seu peito. - Se meteu em uma briga enquanto eu tava presa, é?
-Zero você devia ter visto, ele e o Luther brigaram feio, bem mais do que no enterro do velho. - Klaus fala e eu olho pro Diego.
-Brigou pela gente?
-É óbvio, o Luther não deveria ter feito o que fez com vocês, colocar vocês numa jaula, tirar os seus poderes. Eu não posso nem imaginar. Sinto muito. - Deito minha cabeça em seu peito novamente com os olhos cheios de lágrimas.
-Obrigada, Diego. Eu te amo. - Falo e Klaus coloca as mãos na cintura e me olha perplexo. - Eu também te amo, Klaus.
Ele confirma com a cabeça e fala algo como "bom mesmo" o que me fez rir um pouco.
-Onde tá o Pogo? - Klaus pergunta, mas antes que eu possa responder alguém fala antes.
-A Vanya o matou. - Luther responde e eu me encolho um pouco contra o Diego e Klaus se coloca em nossa frente.
-A Vanya não faria... - Diego começa.
-Foi ela, eu vi. E a Zero também. - Luther aponta pra mim e eu confirmo tímida. - Agora por que ela não te matou também? - Pergunta se aproximando enquanto Diego me aperta contra ele e dá um passo para trás e Klaus um a frente com as mãos erguidas.
-O que importa é que a nossa irmã tá viva, né? Uhul felicidades. - Ele fala com falsa animação tentando aliviar o clima.
-É, você tá certo. - Luther fala. - Diego me dá ela, eu sou mais forte.
-Ela fica comigo, o irmão dela. Aquele que não tirou os poderes dela e trancou ela numa jaula. - Diego responde ácido e eu agradeço mentalmente por não estar com Luther. - E ela não pesa praticamente nada.
-Eu fiz o que tinha que fazer!
-Não, Luther! - Respondo. - Você fez o que você queria. Tem uma diferença. E eu nunca vou te perdoar por isso, eu podia ter morrido. Duvido que soubesse o que aquela coisa faria comigo, mas você não deu a mínima.
Antes que ele pudesse responder Cinco aparece.
-Pessoal, eu já sei. O apocalipse... - Ele para no meio da frase quando me vê. - O que aconteceu com você?
Ele toca o meu rosto e eu me inclino pro seu toque.
-A casa caiu, caso não tenha percebido. - Eu brinco.
-Por que não usou os seus poderes pra sair de lá? - Ele pergunta e o silêncio reina por alguns segundos, eu não posso mentir, mas do que adianta falar a verdade agora?
-É uma... longa história... - Falo e olho pro Luther que sustenta o olhar. Diego suspira indignado.
-Longa nada, o nosso número Um, achou que seria uma boa ideia trancar a Vanya e a Zero no porão. - Diego fala e eu peço pro mesmo parar.
-Você fez, o que? - Cinco pergunta indo na direção do Luther.
-Eu fiz o que achei certo.
-Mas isso não é tudo, ele colocou uma coleira na Zero que removeu os poderes dela. Conta pra ele Luther, como foi deixar a nossa irmã sem poder se defender enquanto quase morríamos. - Diego termina e eu posso ouvir quando Cinco soca Luther no rosto.
-Se tocar... nela outra vez... eu juro que te mato. - Em cada Pausa era um soco que Cinco distribuía e que Luther não revidava.
-Cinco, já chega. Tá na cara que temos coisas mais importantes pra lidar agora. - Eu imploro com os olhos pro mesmo recuar, e mesmo que não queira ele o faz.
-O apocalipse vai acontecer. O mundo acaba hoje. A Vanya destrói a Academia antes do apocalipse. - Ele fala de uma vez.
-Harold Jenkins nunca foi a causa do apocalipse, ele era o estopim, a vanya é a bomba. - Falo quando entendo onde Cinco quer chegar e o mesmo confirma.
-Temos que achá-la. - Luther fala.
-Encosta nela outra vez e eu vou lutar com você pra valer, Luther. - Falo fuzilando-o com os olhos. - E eu vou arrancar a sua cabeça dessa vez, porque eu nunca erro.
Um helicóptero põe a sua luz em nós e Diego fala.
-Temos que ir, agora! Nos encontramos no boliche. - Antes que ele possa correr, Cinco o para e me pega nos braços me teletransportando pro boliche.
Quando chegamos ele me senta em uma das cadeiras dos jogadores e se ajoelha em minha frente pra olhar minha perna. Ele se teletransporta sozinho e volta poucos segundos com um kit de primeiros socorros e começa a trabalhar na minha perna enquanto tento não reclamar.
-Foi a Vanya?
-Foi a física, uma pilastra caiu em cima da minha perna e o vergalhão perfurou. - Respondo.
-Teve sorte que não perfurou a artéria, ou estaria morta. - Ele fala dando os pontos. - Sorte que ela não te viu e você saiu a tempo.
Com o meu silêncio Cinco levanta o seu olhar pra mim sério.
-Zero...
-Ela não me matou. - Defendo.
-E se tivesse? - Responde exasperado. - Sabe como eu ia me sentir? Você sequer pensou nisso? Ou pelo menos pensou em sair de lá? Não, você deve ter olhado pra morte e pensado "vou dar uma brincada."
-Não foi nada disso, e você sabe. - O corto. - Não podia sair sem tentar salvar ela. Eu não me perdoaria.
-E você acha que eu me perdoaria se você morresse?! - Ele aperta o torniquete com força e eu reclamo de dor. - Tá doendo? Ótimo. Assim você aprende a não ir correndo pra cada situação de morte que te aparece.
Ele tá bravo, ou melhor ele tá furioso.
-Se você estivesse lá teria feito a mesma coisa.
-Não, não teria. Porque eu nunca correria o risco de te deixar sozinha, Zero. - Ele se senta ao meu lado e pega minhas mãos e suspira derrotado ao vê-las e começa a cuidar delas também. - Não coloque a sua vida em risco, não morra, entendeu? Se você morrer eu nunca vou conseguir seguir em frente.
-Eu tava pronta. - Quando digo isso o mesmo congela. - Eu tava tranquila com a ideia de morrer, Cinco. Eu ia estar com o Ben, mas quando pensei em deixar você... eu tive medo, mas eu tive que confiar que ela não me mataria.
-Nunca mais diga isso, por favor. - Ele fala som olhar no meu rosto e continua enfeixando minhas mãos. - Às vezes parece que você não se importa com a própria vida e isso me destrói de uma forma que você não pode nem imaginar.
Ele termina de cuidar das minhas mãos e olha em meu rosto, ele tá chorando? Posso contar em uma mão quantas vezes vi isso acontecer.
-Amore mio, por favor não chora, eu tô aqui, eu tô viva. - Abraço ele.
-Eu não posso te perder, Zero. - Ele se afasta o suficiente apenas para olhar em meu rosto. - Me promete que você vai lutar, não pra salvar a Vanya, ou impedir o apocalipse, mas vai lutar pra sobreviver.
-Eu prometo, Cinco. - O mesmo gruda nossas testas e ficamos assim por um tempo, até ele retirar o cabelo do meu pescoço e me olhar com pena. - Eu tô bem. - Falo cobrindo meu pescoço outra vez.
Eu não tive a oportunidade de me olhar no espelho ainda, mas posso imaginar que pareço horrível agora. Cinco volta a retirar o cabelo do meu pescoço e dá leves beijos ali, nada sexual como de costume.
Mas como fazemos com alguém que amamos quando se machuca ou fica doente.
-Linda, forte, inteligente. Você, Zero Hargreeves é tudo o que eu quero, tudo o que eu sempre vou querer. Porque eu te amo. E nenhuma quantidade de palavras será o suficiente para expressar o quanto, para cada pergunta do porquê, você é a minha resposta.
*sim sou fã do Louis como adivinhou? Skskkss
YOU ARE READING
ᴢᴇʀᴏ ʜᴀs ᴛʜᴇ ᴘᴏᴡᴇʀ || ғɪᴠᴇ ʜᴀʀɢʀᴇᴇᴠᴇs
FanfictionÀs 12 horas do primeiro dia de outubro de 1989, 43 mulheres de lugares diferentes deram à luz. Algo incomum, pelo fato de que nenhuma dessas mulheres estava grávida quando o dia começou. O Sr. Reginald Hargreeves, excêntrico bilionário e aventureiro...