Diário de Uma Velha - Completo

Capitulo 25 Parte 1

Chegou o dia do meu parto e dona Filo me ajudou a chegar no hospital, foram 12 horas de muito trabalho ate a Ariel nascer. Quando fiz sete meses de gravidez decidi que estava na hora de escolher os possíveis nome, porem em momento algum o Pedro quis me ajudar, ele disse que não tinha tempo para pensar em idiotices como um nome. A meses também que ele via bebendo e chegando em casa se caindo, eu fiquei tão assustada quando ele começou a ficar assim que passei a dormir na casa de dona Filo antes que ele fizesse uma loucura.

Minha filhinha nasceu, ficamos uma semana no hospital ate que o medico disse que ja não podíamos ficar mais lá, eu tinha esperado meu marido ir me buscar, ele não foi, liguei para casa varias vezes e ele não atendeu, liguei para seu trabalho e disseram que havia dias que ele não aparecia para trabalhar. Sai do hospital com a roupa que eu cheguei e minha filha com a roupa que veio na sacola que dona Filo trouxe no dia do parto, peguei um táxi e fui para casa, não liguei para ninguém pois não queria incomodar.

Chegando em casa, vi no chão da sala garrafas de bebidas espalhadas por todos os lados, fui para o quarto  e encontrei Pedro em cima da nossa cama com um mulher, ele estava jogado adormecido e ela dormindo com a cabeça em seu peito, suas roupas espalhadas pelo chão do nosso quarto.

Sai de casa o mais rápido que consegui e fui par a casa de dona Filo, la fiquei chorando horas e horas sem saber o que estava acontecendo, em poucos meses Pedro havia se tornado um alcoólatra e infiel, havia abandonado a família, me abandonado no momento eu que eu mais precisei.Pedi a dona Filo que ficasse com a Ariel e fui ate a casa, enchi um balde pequeno com água e joguei nos dois "Sua vadia, você esta maluca?" "Eu, maluca? Pedro o que esta acontecendo aqui?" "Eu estava dormindo com uma mulher você não viu?" sua voz estava embolada e ele ria sem parar "Então continue, eu que não ficarei mais nesta casa" abri o guarda-roupa e comecei a separar roupas para minha filha e para mim em uma mala, ele apareceu e jogou e mala longe espalhando tudo "Você acha que só você tem direito de ter amante?" ele grita perto do meu rosto e eu quase vomito ao sentir seu halito podre perto de mim, ele tinha dito que eu tinha um amante, eu fiquei totalmente confusa e gritei que não tinha amante nenhum, se ele era homem mesmo que assumisse seus erros e não colocasse a culpa em mim "Você tem amante sim que eu sei sua vadia" "Do que você esta falando seu louco?" a mulher que estava com ele estava saindo do quarto, eu nem me importei em brigar com ela também, minhas energias estavam concentradas apenas na dor que eu sentia nos pontos que levei pelo parto e na dor que eu sentia na alma pela traição "Você acha que eu não sei do Eduardo?"  "Eu não tenho nada com o Eduardo e você sabe disse, te contei tudo, agora eu espero que você me deixe sair antes que eu faça um escândalo".

Ele me deixou sair, arrumei minhas roupas e fui para acasa da vizinha, uma semana depois ele apareceu pedindo para conversar. Me contou que o Eduardo ficava ficava soltando indiretas, insinuando ter algo comigo, ele disse que ficou tão possesso e juntou com as dividas do trabalho, com seus restaurantes estarem em crise que ele acreditou e acabou fazendo besteira, mas que tinha sido aquela vez e que nunca mais aconteceria, se ajoelhou aos meus pés e pediu perdão. Pedi um tempo para pensar, dois dias depois eu estava em casa, perdoei ele por alguns motivos

•Eu o amava

•Tínhamos uma filha para criar

•Eu  já tinha traído por muito menos, então eu me fiz de cega e perdoei

•Eu não tinha ninguém que pudesse recorrer caso me separasse, Dona Filo não poderia me dar suporte pela vida toda

Passamos o meu seguinte muito bem, não tanto quanto antes ja que nossa relação tinha esfriado um pouco devido a traição. Nossa intimidade estava quase zero, pois eu não conseguia me envolver com ele sem pensar em todas as ofensas que ele me dirigiu e o que ele fez.