Capitulo 18

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É GENTE BONITA...PARECE QUE DEPOIS DE CHORAR HORRORES E FAZER AQUELE DESABAFO AQUI EU DESBLOQUIEI FINALMENTE..

ESTA AI CAPITULO NOVO!!!

NÃO ESQUEÇAM DE COMENTAR, DAR ESTRELINHAS E SE QUISEREM TEM UM GRUPO NO FACE COM TODAS AS NOVIDADES DOS MEUS LIVROS!!

Mesmo depois de duas semanas eu ainda não conseguia responder a carta que minha irmã havia me enviado, não sabia muito bem o que dizer, em casa estava mais fácil o dia a dia, Pedro estava sempre levantando meu animo, e tentava ficar mais tempo em casa e quando não era ele me fazendo companhia era a Dona Filó, mulher muito divertida, me contou como foi que conheceu seu marido, contou-me como foi difícil construir a  casa onde viveram por longos anos, me falava sobre as férias e viagens que pode fazer depois de uma certa idade quando seus três filhos já crescidos gastaram todas suas economias para que eles pudessem visitar  uma cidade litorânea que sempre sonharam em ir,pelo que ela me contava o amor deles era lindo, ate que um belo dia, seu marido sofreu um ataque fulminante e veio a óbito, ela falava tranquilamente da morte e antes que eu perguntasse Ela me dizia que a morte era apenas o ciclo da vida e que ela não se sentia triste pela morte do marido pois sabia que ele morreu realizado, que tudo o que ele desejava pra própria vida tinha se cumprido.

Enquanto ela me contava sobre sua vida eu percebi que mais uma vez eu estava deixando de ser feliz quando podia muito bem aceitar a vida e seus declives, eu não podia me deixar abalar.

Depois de um tempo me torturando resolvi fazer algo de bom e nada melhor do que comida junina, estranho?um pouco! Mas fazer o que eu adoro comer milho, amendoim, bolos de tapioca e aipim, e tomar mingau de milho, nossa só de lembrar minha boca já enche d'água.

Então, eu acordei cedo, fui na feira e comprei tudo fresquinho, passei o dia inteiro cozinhando, dona Filo sentiu o cheiro e foi me ajudar  a preparar tudo, pedi a dona filo para usar seu telefone e liguei para casa da minha querida sogra convidando-a e toda a família para a minha pequena festa de são João, ela aceitou na hora e ficou toda animada para ajudar na preparação dos alimentos, obviamente eu não aceitei se ela viesse não seria eu a preparar tudo, eu já tinha dona Filo ajudando, eu queria cozinhar porque eu amo cozinhar e porque tudo o que eu queria naquele momento era esquecer todas as minhas tristezas, com a mente focada em outra coisa que não fosse a situação do meu pai.

No final da tarde limpamos toda a cozinha e quase toda a comida já estava pronta, faltava apenas os bolos que ainda estavam no fogo, eu não queria come-los gelados, e o milho que separei para assar, mas esse só na hora em que a festa começasse.

Quando meu amado chegou ele correu ate as panelas, dona Filo o impediu de beliscar toda a comida, pedi pra ele ir atrás de madeira, depois de mais de duas horas ele volta com as toras na mão, sua família já estava presente e só aguardando a fogueira para começar a assar o milho. Depois que o Pe voltou fomos para o quintal,montamos a fogueira e ficamos contando historias engraçadas das nossas vidas, basicamente  eu so ouvi as historias já que minha vida não tinha nada de impressionante.

Parecia que a noite tinha resolvido nos presentear com toda sua beleza e gloria. O céu estava limpo, podíamos ver todas as estrelas do céu, não tinha sequer uma pequena nuvenzinha para atrapalhar. O clima estava perfeito, a noite estava um pouco fria, o suficiente para o calor  da fogueira se tornar acolhedor e aconchegante.

A noite passou tranquila, cantamos algumas musicas que gostamos muito, incrivelmente as pessoas da família da minha sogra tinham todos talentos, eram bem afinadinhos.

Quando dei por mim já estava deitada na cama "Pedro? Cadê você?" Levantei da cama e fui em direção a sala "Pe" chamei e quando entrei na sala vi Pedro e seu amigo tendo uma discussão baixa com um dos chefes do restaurante, olhei para o relógio e vi que já passava das duas horas da madrugada, voltei para o quarto e coloquei um vestido simples e voltei para sala "Boa noite rapazes" eles me olharam e eu pude perceber que o problema era realmente serio "O que esta acontecendo aqui?" perguntei com suavidade para não ser expulsa da conversa "Um dos nossos restaurantes pegou fogo"  "Qual a causa?" perguntei preocupada, será que águem se machucou? "O que você esta fazendo fora da cama Alicia?" pergunta Pedro me olhando com um ar de cansado "Senti sua falta ao meus lado" falei com vergonha, eu não mentia para o Pe, então falei a verdade, mas não éramos nós dois na sala "Me diz, como o fogo começou? Alguém se machucou?" "Não, eu estava fechando o estabelecimento quando a explosão aconteceu, ainda não sabemos a causa, liguei para o corpo de bombeiros eles apagaram o fogo e estamos esperando a polia descobrir exatamente a causa do acidente" dessa vez quem respondeu foi o Chef " E só poderá reabrir o restaurante depois que as investigações estiverem concluídas?" "Alicia, o restaurante foi totalmente destruído, perdemos tudo" nossa, eu fiquei arrasada, ainda mais por imaginar como eles estavam se sentindo, cada projeto custou um grande investimento de dinheiro e tempo, agora tinha virado pó "Alicia, não se preocupe vá dormir porque a noite vai ser longa, os outros sócios estão vindo para cá resolver tudo" "esta bem amor, mas antes farei um chá e deixarei quentinho para vocês, já que a noite vai ser longa vocês vão precisar de algo para aquece-los" levantei e fui para a cozinha, fiz chá de camomila e fiz um café bem forte, coloquei cada um em uma chaleira, peguei um bolo de milho que eu não havia servido na festa, este seria para meu café da manha, entretanto eu tinha visitas chegando e  tinha que servi-los. Cortei o bolo em varias fatias coloquei em uma bandeja junto com as chaleiras e levei para a sala, a conversa continuava em um tom baixo e já tinha mais duas pessoas na sala, deixei tudo em cima da mesa de centro, cumprimentei todos que estavam na sala e voltei para o quarto, logo em seguida dormi e tive vários pesadelos relacionados ao fogo.

Dias atuais

Hoje minha filha veio me ver, nossa relação não vai muito bem, na verdade nunca foi boa, ela nunca aceitou minhas decisões e me culpa por tudo o que aconteceu.

Caro(A) leitor(A), eu não sei mais o que faço, minha idade já é avançada e minha vida ainda não faz sentido, eu sei que estou apenas pagando pelos meus erros, quer dizer, estou pagando dez vezes mais.

Eu não fui uma boa pessoa toda minha vida, mas eu tentei me redimir e nada adiantou, hoje a minha filha preciosa malmente olha pra mim, eu queria poder voltar no tempo e fazer tudo diferente porque este sofrimento que sinto hoje é sem igual.

Diário de Uma Velha - Completo Where stories live. Discover now