Diário de Uma Velha - Completo

Capitulo 21 Parte 2

Oi amores....

Me tirem uma duvida.. voces estao com dificuldade no novo formato do watt ou desistiram de dar estrelinhas e comentar? :(

Caso estejam achando algo ruim me falem e eu vou dar atencao a cada critica... so peço que nao me abandonem :(

"Amor, você vai ficar bem" ouvi "Me perdoa Pedro, eu não sabia do estado dela e.."

Acordei e tinham vários rostos em minha frente "Saiam de cima dela, ela precisa respirar" Pediu minha mãe "Voltem a se divertir, nossa barrigudinha já, já estará com você La fora se divertindo ela disse expulsando a todos, meu amor ficou parado me esperando "Pedro você também, essa conversa tem que ter apenas meus filhos e eu" ele me encarou, eu balancei a cabeça afirmando e ele saiu, sentei e vi que tinha ido parar no sofá.

Minha mãe tirou minhas pernas do sofá, sentou ao meu lado e me abraçou, meus irmãos ficaram em pé nos olhando triste, depois de um tempo ela me olha e vejo seus olhos vermelhos "Mãe, diz pra mim que é mentira, diz que o papai não morreu" falei desesperada, ela balançou a cabeça negativamente e eu não resisti, gritei em meio as lagrimas "Não, não, não, eu não aceito isso mãe, como ele pode" "Filha se acalma, pensa no seu bebe, calma" ela e a Agata me abraçaram e  choraram comigo, tentei me controlar, mas era impossível, meu pai podia ser tudo, arcaico, violento e as vezes muito frio, mas era meu pai, ele quem me criou, educou e quem trabalhou para me alimentar e vestir, ele era meu sangue, eu sou um pedacinho dele, ele era minha família.

Ai queridos leitores, ate hoje ter que falar dele usando o verbo no passado me dói, perder o pai e a mãe é a pior coisa que pode acontecer na vida de qualquer um, como eu me arrependo de não ter aproveitado mais meus pais, de não da importância para todas as historias que eles tinham para me contar, do conhecimento e experiência que me era oferecido, me arrependo de não ter dito o quanto os amava todos os dias, de não ter abraçado e nem beijado todo o tempo.

Não importa se pai e mãe briga, grita proibi, eles fazem todas essas coias porque pensam que é o melhor para nós, claro! Pai e mãe são falhos e por vezes se confundem no que pensam ser nosso bem, mas isso não pode diminuir o amor que temos por eles.

Naquele dia eu parei de chorar depois de um tempo porque minha família me lembrou do meu bebe. Eu tinha uma vida dentro de mim e a qualquer momento eu podia perder essa vida se não me controlasse. Depois que me acalmei segui para o quintal junto com minha mãe segurando minha mão, o conforto que ela me trazia era indescritível, ela não saiu do meu lado em nenhum momento e eu estava contente com isso, o clima para todos os outros estava ótimo, ate meus irmãos estavam  se divertindo, enquanto eu estava me sentindo entorpecida e vazia "Ele sofreu?" minha mãe estava conversando com uma tia do Pedro quando perguntei, ela já estava animada e sorrindo quando eu puxei sua mão e perguntei "Filha, repete a pergunta, por favor, que eu não entendi" ela me disse confusa "Ele sofreu?"  minha mãe era uma senhora muito bonita, apesar de sua pele envelhecida, ela mostrava sua beleza, sempre foi alta e magra, puxei dela toda secura, com o tempo ganhou corpo e forma aumentando assim o seu encanto, Dona Elaine alisou e beijou minha testa "Sofreu filha, ele sofreu muito, mas no fim foi o melhor, o sofrimento de sua morte não foi nada comparado as doses diárias de dor que ele recebia" 

Eu  não sabia como me sentir ao saber que meu pai sofreu, minha mãe falou tudo numa simplicidade que eu fiquei sem reação.

Quando a festa acabou eu já estava no quarto deitada me preparando para dormir quando me senti mal e comecei a vomitar, eu não tinha comido quase nada, então tudo o que eu havia comido estava pondo para fora, já tinha tentado chamar alguém mais minha voz não saia, derrubei uma jarra de água que ficava em cima da mesinha tentando chamar atenção quando vi meu irmão entrar correndo no quarto na mesma hora ele saiu pedindo socorro, tentei sentar mais as ânsias não deixaram e eu me dobrei de dor em cima da cama, chorei baixinho e pedi a Deus para cuidar do meu bebe, Pedro foi o primeiro a entrar no quarto, me carregou no colo me levando para fora de casa, a ultima coisa que lembro foi de ter visto a cama cheia de sangue.

Ah...o nome da mãe de Alicia é de uma mulher incrível que eu conheço, ela entrou na minha vida sem maia nem menos e tomou espaço no meu coração como uma mãe(eu tenho mãe ainda graças a Deus) mas a dona Elaine..veio fazer a diferença rsrsrs e esse foi o modo que encontrei de fazer essa singela homenagem

Lhe amo mainha...