101 - Armadilha

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Não havia mais saída

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Não havia mais saída. Lawrence precisou seguir em frente, sem diminuir a velocidade, torcendo para que Scarllet estivesse errada sobre a armadilha.

Os Cranks alinhados junto à parede os observavam enquanto passavam. Vê-los assim de perto, com arranhões, sangue e ferimentos à mostra, além do olhar enlouquecido, fez Thomas estremecer de novo.

Aproximavam-se do final do grupo, quando uma séria de altos estrondos soou, a van se desviou para a direita, a frente dela colidindo com a parede, prensando dois Cranks contra ela. Scarllet arregalou os olhos e Thomas observou, horrorizado, os Cranks berrando em agonia e batendo os punhos ensanguentados na frente do veículo.

— Mas que droga!? – berrou Lawrence, enquanto dava a ré na van.

Recuaram alguns metros, o veículo sacudindo horrivelmente. Os dois Cranks tombaram ao chão e imediatamente foram atacados pelos que estavam mais próximos da van. De todos os lados, Cranks se aproximavam e começavam a esmurrar a van. Ao mesmo tempo, os pneus giravam e rangiam, incapazes de sair do lugar. A combinação de ruídos parecia ser proveniente de um pesadelo.

— O que aconteceu? – perguntou Thomas.

— Fizeram alguma coisa com os pneus! Ou com o eixo do veículo. Não sei dizer o quê!

Lawrence continuou dando ré na van, mas, a cada tentativa, o carro se movimentava apenas alguns centímetros. Uma mulher com o cabelo desgrenhado se aproximou da janela à direita de Thomas. Segurava uma enorme pá com as duas mãos, e ele pode acompanhar de perto quando ela a levantou sobre a cabeça, arremetendo-a depois conta a janela. O vidro não cedeu.

— Precisamos sair daqui com urgência! – ele gritou. Em desespero, não sabia o que fazer. Haviam sido estúpidos em cair naquela armadilha tão óbvia.

Lawrence continuou acelerando a van, mas o veículo mal saia do lugar. Uma série de sons familiares soou no teto. Alguém havia subido lá. Agora os Cranks atacavam todas as janelas com tudo o que encontravam à frente, desde pedaços de pau até a própria cabeça. A mulher que tentava quebrar o vidro da janela não desistia, brandindo sem parar sua pá. Enfim, na quinta ou sexta vez, foi bem sucedida, provocado uma rachadura fina como um fio de cabelo, que atravessou a janela toda.

Thomas entrou em pânico.

— Ela vai quebrar o vidro!

— Tire-nos daqui! – Scarllet gritou.

A van se moveu alguns centímetros, o suficiente para fazer a mulher errar o golpe seguinte. Mas alguém lá em cima bateu com uma marreta no para-brisa e uma enorme teia de aranha surgiu no vidro, só aguardando para estilhaçar.

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