60- Vinte e seis dias.

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Ela seguiu o Homem-Rato até outro lugar sem insistir em uma discussão que perderia

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Ela seguiu o Homem-Rato até outro lugar sem insistir em uma discussão que perderia. Chegaram em uma sala tão grande quanto o banheiro e limpa como todo o resto desse lugar. Diversas camas espalhadas com um espaço perfeito e exato uma entre outra, todas cobertas com forros brancos e cobertores verde-água dobrados na ponta. Ao lado de todas elas um aparelho tecnológico que Scarllet sentiu ter visto antes, mas não conseguia se lembrar de seus nomes.

- Brenda.

A voz do Homem-Rato ecoou pelo lugar e logo uma mulher apareceu, saindo de trás de uma das cortinas que ficavam em volta das camas. Brenda, aquela Brenda. A que esteve com ela e os garotos no Deserto. Que se passou por uma Crank. Ela estava do lado do CRUEL, sempre esteve. Foi tudo uma mentira.

Brenda andou em direção a eles e Scarllet cerrou os punhos ainda ensanguentados, fazendo com que pingos sujassem o chão branco com o vermelho forte que saiam frenéticos de seus machucados. Franziu as sobrancelhas, irritada, segurando-se para não arrumar uma confusão que a impedisse de ver os garotos por mais tempo.

- Cuide da mão dela, por favor. Volto em cinco minutos, tivemos um atraso com o Thomas.

Ele saiu da sala, deixando Scarllet e Brenda parcialmente sozinhas, já que um guarda ainda as vigiava de longe, encostado na porta com a arma ameaçadora exposta nas mãos cobertas por luvas pretas. Scarllet não tirou os olhos de Brenda nem por um segundo, imaginando todas as formas possíveis e impossíveis de concluir sua vingança, onde em todas as idéias Brenda terminava morta pela traição. Ainda assim, ela não podia fazer nada agora. Não queria ter o corpo atingido pela arma do guarda, muito menos ser impedida de rever os garotos pela besteira que estava prestes a fazer.

Se sentou em uma das macas, em um silêncio profundo que nitidamente demonstrava a sua irritação. Os olhos furiosos fixaram-se em Brenda e a cada movimento que ela fazia. A garota se aproximou com uma seringa na mão e se preparou para injeta-la no braço de Scar, que recuou, recebendo um olhar confuso.

- Não vai injetar nada em mim.

- É uma anestesia. Sua mão está cheia de cacos de vidro, deve estar sentindo dor.

Ela estava, mas aquilo não a faria mudar de ideia.

- Não vai injetar nada em mim. - ela repetiu, a voz áspera e ameaçadora. - Termine logo com isso, não quero olhar para sua cara por muito mais tempo.

- Olha, Scar

Ela pegou uma tesoura em uma mesa cheia de utensílios e segurou a mão machucada de Scarllet com delicadeza, começando a tirar os pequenos pedaços de vidro que ficaram presos. Scarllet mordeu o interior das bochechas, tentando aguentar a dor sem gritar. A mão livre apertou o colchão com toda a força que conseguia e os olhos desviaram-se para o chão. Brenda fazia tudo com calma, como se tentasse de todas as formas evitar que a garota sentisse mais dor do que o necessário.

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now