Como todo mês, à três anos, um novo garoto é enviado ao Labirinto junto dos suprimentos. Mas como Newt disse uma vez, alguém teve que vir primeiro, e esse alguém foi Scarllet.
A primeira pessoa a chegar na Clareira. A primeira a sobreviver a uma no...
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Não soube por quanto tempo dormiu, mas acordou aos gritos de felicidade de Caçarola assim que a viu abrir os olhos. Ele estava de pé ao seu lado com um grande sorriso no rosto, gritando por Minho e Thomas. Scarllet levou um susto quando Newt apareceu em um piscar de olhos. Ele a abraçou, lhe entregando uma garrafa de água em seguida. Scarllet nunca se sentiu tão feliz por beber água em toda a vida.
Viu Minho de longe, correndo em sua direção. Deu um sorriso, mostrando os dentes brancos e as covinhas que tomaram conta de sua bochecha, o coração de Scarllet aqueceu. Minho a envolveu em um abraço apertado e só a soltou quando a ouviu reclamar de dor, o lembrando de que ela ainda estava machucada.
- Odeio quando você me dá esses sustos. Estou cansado de achar que te perdi.
Ele segurou sua mão, acariciando-a com o polegar.
- Não vão se livrar de mim tão fácil.
- Como conseguiu todos esses machucados? Está pior que Minho.
- Só não está pior que você, cabeça de plong.
- Thomas continua curioso. - brincou Scarllet.
- Pare de me chamar de Thomas. Pra você é Thommy.
- Tudo bem, trolho. - ele fez uma careta, Newt e Minho riram.
- Olha só quem acordou.
Jorge entrou na tenda. Só agora Scarllet percebeu que não estavam mais na cidade e sim nas montanhas. Escondidos do Sol, de baixo de uma construção antiga de madeira, parcialmente destruída, que parecia ter quase cem anos de idade.
- Você é mais maluca do que eu pensava. Vou precisar tomar mais cuidado. Me diga, quem foi que você matou?
Frio e direto, como sempre. Scarllet demorou alguns segundos para entender que ele realmente havia perguntado aquilo.
Como ele sabia?
- Seu amigo, Barkley.
Ele arregalou os olhos. Os meninos se entreolharam, surpresos. Jorge deu de ombros.
- Ele não era meu amigo. Aquele cara era um saco. Deve ter sido uma luta difícil, estou surpreso que ainda está viva. - Scarllet revirou os olhos.
- Todo mundo sobreviveu a explosão?
- Sim. - indagou Newt. - Brenda e Thomas se separaram, achamos que você estava junto deles.
- Não acredito que ficou sozinha nessa cidade de lunáticos. - Minho lamentou, sentindo-se culpado pelo que Scar teve que passar.
- Eu estou bem, Minho. - seus olhos se encontraram com o dele e Scarllet deu um sorriso sincero, na tentativa de acalma-lo. Virou-se para Jorge. - Onde está a arma daquele Crank?
- Aqui. - ele a tirou da cintura, esticando o braço.
Scarllet se levantou com dificuldade, recebendo o apoio de Newt. Caminhou até Jorge, que segurava a arma com um sorriso sínico no rosto. Ela a pegou, analisou a pistola enferrujada e abriu a área do cartucho, onde ficavam as balas. Estava vazia. Ergueu as sobrancelhas, aquilo não fazia sentido. Era óbvio que haviam balas ali, se não, por que o loiro miraria em Thomas?
