71 - Verdade.

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Scarllet continuou no corredor, imóvel

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Scarllet continuou no corredor, imóvel. Ignorou os chamados de Thomas para voltarem a sala de armas. Ignorou as perguntas preocupadas de Minho. Ignorou Nick quando ele tentou lhe entregar uma pistola. E ignorou Brenda quando ela lhe ofereceu mais munição para o Lança Granadas. Thomas havia assumido o comando, e ela o agradeceu mentalmente por isso. Os seguia pelo corredor em silencio, ignorando tudo e todos a sua volta. Não sabia nem se conseguiria reagir caso guardas ou Cranks tentassem ataca-los. Estava paralisada.

A cura não existia.
A verdade nunca doeu tanto.

Procuraram durante uma hora, mas os amigos pareciam ter desaparecido. O Homem Rato e os guardas, que haviam deixado para trás, tinham sumido também, e o refeitório e todos os dormitórios, bem como os banheiros e salas de reunião, estavam vazios. Nem uma só pessoa ou Cranks a vista. Todos estavam aterrorizados com a possibilidade de algo horrível ter acontecido, e que ainda por cima tivessem de lidar com as consequências.

- Scar... Scar! - ela olhou para Thomas. - Está ouvindo? Preciso que você volte ao normal. Não sei se está assim por causa daquilo, mas precisamos de você, entendeu? - ela assentiu. - Onde acham que eles estão?

- Eles quem?

- O resto dos Clareanos. - disse Minho. - Você está se sentindo bem?

- Eu... eu não sei onde eles estão. Como saberia? - ela olhou para Brenda. - Não tem nenhum lugar aqui com alto falantes? Assim podemos enviar uma mensagem e dizer que estamos procurando por eles.

- Vamos chamar a atenção dos guardas. - comentou Thomas.

- Que guardas? É mais fácil chamarmos a atenção dos Cranks do que a deles. E mesmo assim, até os Cranks descobrirem onde fica a sala de controle pra esses alto falantes já estaremos longe.

- Do que adianta falarmos que estamos procurando por eles se eles não podem responder? - perguntou Newt.

- Se eles souberem disso podem sair de seja lá onde estiverem.

- Não significa que vamos acha-los.

- Alguém tem uma ideia melhor?

- Bem, vamos refazer o caminho até o hangar, procurando por eles enquanto voltamos. - sugeriu Thomas.

- Vamos fazer isso então.

Caminhavam já há algum tempo quando Minho estacou de repetente, petrificado. Apontou para a própria orelha. Era difícil enxergar alguma coisa, porque o corredor estava mal iluminado, apenas à sombra das luzes vermelhas de emergência.

Scarllet parou também, atrás do garoto. O grupo que vinha fez o mesmo, todos diminuindo o ritmo da respiração e escutando atentamente. Era um som baixo, um gemido. Vinha de alguns metros à frente, de uma das raras janelas do corredor, que dava para uma grande sala. De onde Scarllet estava, o aposento parecia totalmente escuro. O vidro da janela havia sido quebrado por dentro, havia cacos no piso abaixo dela.

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now