Como todo mês, à três anos, um novo garoto é enviado ao Labirinto junto dos suprimentos. Mas como Newt disse uma vez, alguém teve que vir primeiro, e esse alguém foi Scarllet.
A primeira pessoa a chegar na Clareira. A primeira a sobreviver a uma no...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Antes que qualquer um pudesse responder, gritos e passos soaram no corredor. Scarllet parou, esticando a mão para o lado e impedindo que os garotos passassem por ela.
- Estão vindo. - avisou Thomas.
Scarllet pode perceber o nervosismo de Thomas emanado em sua voz. Ela não se sentia como ele, mesmo sabendo que um pouco de medo mantesse sua mente estável, como uma pessoa normal. Mas ela estava elétrica e cheia de energia, pronta para lutar com qualquer guarda que se aproximasse. Minho parou ao seu lado, posicionando a arma em sua mão. Os dois se olharam, Minho estava tão ansioso por aquilo quanto ela.
- Qual é o plano?
Ela mordeu os lábios inferior, pensativa. Não tinha um. Minho riu, balançando a cabeça. Virou-se para Nick logo atrás dele.
- Alguém tem um plano?
- Jorge é piloto. - comentou Brenda. - Se conseguirmos de algum jeito chegar ao hangar, até o Berg.
- Certo. - disse Scar, chamando a atenção do grupo. - Tenho uma ideia. Vocês quatro voltem para aquela sala. Newt e Brenda vão vigiar a porta dos fundos. Thomas e Nick atirem em qualquer guarda que passar por ela.
- E vocês dois? - perguntou Nick.
- Vamos nos esconder nessa sala. Quando o último dos guardas passarem, atacaremos eles por trás. Não terão nenhuma chance desse jeito.
- Tudo bem. - comentou Newt. - Vamos lá.
Os seis tomaram suas respectivas posições. Minho e Scarllet se esconderam no quardo indicado, atrás de uma cortina que ficava em volta de uma cama, parecia ser mais uma enfermaria. Tinham certeza que em algum momento um guarda passaria por lá para verificar se um dos fugitivos estava escondidos, então, por precaução eles preferiram não serem vistos até que a inspeção terminasse e os tiros do lado de fora se iniciasse.
Pela frecha entre uma cortina e outra em volta das camas, Scarllet pode ver os guardas passando depressa um atrás do outro pela pequena janela na porta. Um deles parou em frente a ela, olhando rapidamente para dentro do quarto. Scarllet recuou, batendo o ombro com o de Minho que se assustou. Apontou para a porta e gesticulou - sem fazer nenhum barulho - que um dos guardas estava prestes a entrar.
Minho assentiu e se levantou, sendo seguido pela garota. Ele deu uma olhada na frecha e no segundo seguinte, um guarda gritou, fazendo com que Minho voltasse a posição anterior. Virou-se para a garota, aproximando seu rosto do dela. O cinto do Lança Granadas em volta do seu ombro permitiu que suas mãos ficassem livres para segurar seu rosto. Seu polegar esquerdo acariciou a bochecha de Scarllet e seus olhos brilhantes ao se encontraram com o dela, que também brilhavam.
Ali, naquele momento, ele não teve dúvidas de que sentiam a mesma coisa. Ela ainda tinha o mesmo olhar de sempre, um olhar que reservava apenas para ele. As pupilas dilatadas, os olhos castanhos claros demonstrando completa e total atração. O intercalar de olhares entre sua boca, bochechas e em seguida seus olhos. Ela sempre fazia isso, como se algo a obrigasse, sempre na mesma ordem.
