Capítulo 11 - Alguém quer Torta?

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P.O.V America

Sentei-me em meu lugar na sala de jantar, esperando ansiosamente que Maxon termine logo o que tem que falar com as garotas que ficaram e que eles voltem logo, para que possamos finalmente comer. Depois de quase duas horas de entrevistas, meu estômago está roncando alto.

Alguns minutos depois, as portas são abertas e Maxon entra. Sozinho. Os sussurros começam assim que ele se senta.

– Será que elas foram eliminadas? – Ouço alguém questionar.

– Mas já? – A voz demonstra incredulidade.

– Não é possível – alguém rebate.

– Ah, deixem de ser burras, menos oito garotas para competirem conosco – alguém diz e todas se calam.

Ashley não voltou. O lugar ao meu lado continua vazio... o que será que aconteceu?

Mas minha mente para de dar voltas quando a comida é servida, ou seja, quando o garçom põe diante de mim um belo prato de ovos com bacon.

Eu não poderia fazer nada. Se elas tivessem sido eliminadas, não poderia fazer nada. E se continuassem, tampouco. O melhor que eu podia fazer era desfrutar de minha refeição e depois me preocupar com isso.

Mas não pude, porque alguma corajosa – Bariel Pratt, salvo engano – pergunta, num tom um pouco alto demais:

– O que aconteceu com elas? – Annabeth lança um olhar reprovador em sua direção, mas Maxon já havia se virado para ela e estava prestes a responder, com uma calma absurda.

– Elas foram embora.

E assim ninguém mais falou naquele café da manhã...

...Até que ouvi meu nome ser chamado, enquanto eu me deliciava com uma deliciosa torta de morango.

– Senhorita America? – era a voz de Maxon.

Todas as cabeças se viraram para ele, e logo em seguida, para mim.

Tratei de mastigar o mais rapidamente possível a torta em minha boca.

– Sim, Alteza? – respondo, ainda me deliciando com o gostinho da torta em minha boca.

– O que está achando da comida?

Era isso. Ele ia me deixar ficar, mas não sem antes me dar uma lição. Baixei minha cabeça e a balancei... o que eu fiz para merecer isso? Ah, é! Eu gritei com um deus. Que além de deus é meu anfitrião. E que além de meu anfitrião e deus, era o motivo para eu estar aqui. Levantei a cabeça, bem que eu merecia. Ou talvez não.

– Está excelente, Alteza – respondo depois de muita hesitação. – Principalmente essa torta de morango.

– Está? – ele questiona, as sobrancelhas erguidas em divertimento.

– Bem, tenho uma irmã mais nova que é muito mais fã de doces que eu. Acho que ela choraria se ela experimentasse. Está simplesmente perfeita.

– Acha mesmo que ela choraria? – Maxon parecia estar maravilhado com isso. Ele tinha uma relação, no mínimo, esquisita com o choro feminino.

Penso por alguns instantes antes de responder:

– Sim, é isso que eu acho. Ela não é muito boa em controlar suas emoções.

– Você apostaria dinheiro nisso? – ele rebate.

Penso por alguns segundos. Minha família era estável, economicamente falando, mas não rica, para eu ficar apostando dinheiro com besteiras. Ainda assim..

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