Capítulo 27 - Você não é Gato para me Dar Unhadas

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P.O.V Maxon


Ver America naquele palco, linda, deslumbrante e mais segura, confiante e alegre do que jamais a vi naquela mansão me encheu também de alegria. E ela estava simplesmente linda. Aquele vestido favorecia suas curvas e faziam-na ainda mais bela do que é, o que me fez sentir um ciúmes quase irracional. E cantou e tocou com tanto amor, tanta devoção, foi impossível não me comover. E ela desceu e sorriu para mim. Senti meu coração errar três batidas e dar um salto triplo.

– Bonita essa ruiva – Zeus comentou, como quem não quer nada.

Se ele estava ao menos cogitando na possibilidade de fazer de America mais uma do seu harém, ele estava muito enganado que conseguiria. Eu não permitiria. Nem ela, para ser sincero.

– Filha de quem? – ele continua.

– Seu filho, Apolo.

– Ah. Daí que vem o talento. Muito talentosa, quase chegando ao mesmo patamar do pai. – Reviro os olhos, eu realmente merecia Zeus.

– Muito bem, todas essas senhoritas são muito adoráveis e talentosas, escolha difícil para nosso querido Maxon Schreave. Amanhã à noite o resultado de quem ganhou será anunciado durante um programa especial de perguntas e respostas com as Selecionadas – Gavril diz e olho para Zeus, espantado e com raiva.

– Por que não me contou?

– Você se colocaria oposto.

– Óbvio que me colocaria!

– Mas não pode mais. Adeus, meu filho. – ele sorri cinicamente, antes de desaparecer como névoa.

Bufo e reviro os olhos. Típico de Zeus. Digo antes de procurar America com o olhar, mas ela já havia ido embora.



P.O.V America


No dia seguinte, Mary e eu estamos no quarto, ela lendo-me perguntas que talvez Gavril possa fazer e eu lhe dando as respostas: "O que você acha do palácio? Qual foi a coisa mais romântica que Maxon fez? Você sente falta da família? Vocês já se beijaram?".

Lanço um olhar torto para Mary quando ela faz a última pergunta. Eu respondia automaticamente tudo o que ela perguntava na tentativa de não pensar demais. Mas dava para notar que essa do beijo era pura curiosidade. Seu sorriso provava.

– Não! Pelo amor de Deus! – replico, tentando soar irritada, mas ia parecer estranho ficar brava por isso. Acabo dando um sorrisinho amarelo, que provoca risos em Mary. – Ah, por que... por que você não vai limpar alguma coisa?

Ela cai na gargalhada, e antes que eu possa mandá-la parar, Anne e Lucy voltam ao meu quarto com mais um cabide em mãos.

– Mais um vestido? – pergunto-lhes. – Não poderia, finalmente, usar o azul?

– Nah! – zomba Mary, ainda rindo. – Ficamos sabendo que algumas meninas ainda insistiram em usar azul, apesar de ontem você ter ido com um vestido dourado, e tivemos a ideia de fazer algo diferente para essa noite. – Ela puxa a capa do cabide. – Vermelho.

Ofego. Ele era simplesmente lindo e apesar de passar a impressão de ser um vestido igual ao de Jessica Rabbit quando visto pela primeira vez, na verdade ele é bem mais composto, de frente única que ia até o chão.

– Nossa, como é lindo! – digo. Apesar do vestido dourado ser mais bonito, se tivesse que escolher entre os dois, ficaria difícil.

– A senhorita tem que arrasar. – Lucy sorri.

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