Capítulo 37 Determinada

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Olá queridos leitores. De volta no coração da floresta com muitas aventuras. Obrigada pelos 11k e Perdão pela demora. Excelente leitura!😊🌿

Passaram alguns dias. Depois da partida de Thranduil o palácio parecia tomado de uma atmosfera entediante, sem novidades ou qualquer atrativo para Yava. Ela aguardava ansiosamente por notícias do rei. Estas, que nunca chegavam. O murmúrio pelos corredores aumentava. Sentia-se uma estranha em meio a eles e formulava conjecturas de não ser bem vista em meio ao povo. Podia ser somente uma desconfiança tola, e nada a demovia de sentir-se só e triste por não estar na presença do rei. Seu coração amargava as palavras proferidas antes de partir e a perda do filho. E, em meio a tanta desolação, um fio de esperança, pequeno raio de Sol crescia em sua alma. Como uma flor lutando por despontar suas pétalas encontrou forma de nascer aquela manhã. O presságio estranho fez Yava despertar ás pressas.

Um sonho ao qual via Thranduil, descalço sobre a relva da floresta enaltecido pela fauna e o brilho da luz, desfilando em seus cabelos prata a encheu de alegria. Yava sorriu ao fitar o rosto do elfo que como uma visão se desfez em uma nuvem negra. A garota assustada sentou na cama respirando pesado. O coração abrandou a batida ao se ver no quarto e reparar em Luin que gemeu abrindo os olhos e voltou a adormecer nos pés da cama.

Durante seus dias frios de incerteza, não voltou atenção ao animal que crescera. Nitidamente apresentava traços selvagens, concluindo que sua natureza não suportaria a vida doméstica no palácio. Ainda prosseguia dócil e Yava pensou em liberá-lo.

Aletria levou o café da manhã, ajudou a vesti-la a elogiando como sempre. Ao ver seu silêncio não se limitou a dizer:

-Alguma coisa a preocupa. Entendo que seja natural. Todos nós aguardamos o mensageiro. Até agora nenhuma informação.

A garota estava cansada de ouvir o mesmo. Vendo a serva se dirigir a saída, concluiu:

-Por isso digo que não posso ficar aqui.

Aletria a encarou preocupada. A teimosia dela nunca trazia resultados bons.

-Não será um boa ideia sair senhorita.

-Não importa o que pense. Estou decidida e vou até o rei. Sinto que não posso ficar de braços cruzados. Não devo, principalmente depois do pesadelo que tive.

-A senhorita correrá riscos. Não se sabe como anda as paragens após a guerra.

-Não ama seu rei? O respeitam tanto, o devotam e nas horas precisas, não podem mover uma palha por ele? Pois, eu sim. Algo me diz que Thranduil está em perigo e precisa de nossa ajuda.

Aletria simplesmente nada disse. A garota o amava. No fundo tinha razão em querer vê-lo bem, mas temia receber uma repreenda de Thranduil acaso soubesse de sua desobediência. Vendo a elfa imóvel sem reação continuou:

-Não ficarei aqui. Vou até ele. -decidida, passou por ela indo em direção a porta.

-Espere senhorita. Peço que acalme seu ânimos. Mais dois dias e tenho certeza que a mensagem chegará.

-Não! -bradou Yava.-Nem mais um minuto.

Os olhos da mortal, brilharam determinados aguardando sua resposta. Não que precisasse de consentimento, porém acataria sua ajuda.

-Está bem. Irei com senhorita.

Com uma desculpa convincente, Aletria ganhou a chance de conseguir duas selas, não sem antes envolver Yava em uma alongada túnica, usando o capuz como protetor para o rosto. Ainda nos estábulos o tratador nem questionou o motivo do pedido. Conhecia a elfa há muito tempo e até mesmo nutria admiração por ela.

No Coração da Floresta (Thranduil Fanfic)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora