Capítulo 12 Arrebatada

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O alarido dos passarinhos indicava que a chuva de verão havia cessado

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O alarido dos passarinhos indicava que a chuva de verão havia cessado. O cheiro da terra molhada e refrescante inundou o ar e o Sol, irradiou pelas janelas que haviam sido abertas. Amanheceu e Yava havia dormido muito, se sentiu sonolenta e piscou as pálpebras. Olhou para o teto e não reconheceu ser a enfermaria o que a fez sentar na cama. Vestia sua roupa de dormir, uma camisola em linho que ia até os joelhos e olhando a sua volta arregalou os olhos.

Extensas cortinas de seda douradas desciam a volta da cama, combinando com as cobertas, macias e finas. Esculturas em forma de árvore envoltas por flores subiam o caule até alcançar a extremidade. A frente do enorme leito, degraus desciam para um lago límpido e azul produzindo o som cristalino de sua queda da água rodeada em pedras. Fino tapete vermelho alcançava entrada e Yava se focando nesse detalhe, julgou estar numa ala real. Respirou fundo e desceu da cama, sua perna latejou, mas tinha que saber da fato o que acontecia.

Notou que além do quarto, havia mais duas alas sendo uma delas a biblioteca, escritório a outra banheiro e área de vestir. Nesta, ela deu alguns passos e viu o manto do rei, como muitos deles o que a fez estremecer e se dar conta que era seu quarto.

Forçou a memória para lembrar quem a teria trazido e ficou pasma ao perceber que os chás a fizeram dormir profundamente facilitando para a levar até seus cômodos. Ruídos surgiram na porta e ela deu alguns passos e boquiaberta se deparou com Thranduil. Sua expressão dura como pedra e o olhar meticuloso fizeram um raio xis de sua imagem e ela não hesitou em perguntar:

-O que eu estou fazendo aqui?

Thranduil sabia bem o que esperava, mas iria usar de sua diplomacia elfica e na pior das situações a falsidade que o acompanhava. Respondeu calmamente:

-Não poderia permanecer na enfermaria para sempre.

-E porque não voltei para meu quarto?-fez ela o observando. Ele largou uns pergaminhos sobre a mesa, perto deles e retirou seu casaco real, ficando apenas de calças camisa e colete.

Yava não estava gostando nada daquilo e o encarou sem sair do lugar. Thranduil mudou o assunto dizendo:

-Não deve forçar muito sua perna. O que pretendia fazer?

Ela o mirou desconfiada e disse:

-Certamente fui me localizar para saber onde estou. Não parece estranho uma simples serva estar na enfermaria e de repente vir parar nos cômodos do Rei?

Thranduil respirou fundo e engoliu o típico hábito de ser sínico e frio por um instante. Realmente era estranho e ele precisou fazer. Como também, não devia explicação, mas teria que dizer alguma coisa por mínima que fosse. Yava voltou ao quarto e sentou na borda da cama de frente ao lago o Rei a seguiu e murmurou quase inaudível:

-Trouxe para cá para ser tratada melhor.

Um silêncio se fez entre eles.

-E...-fez ela olhando bem para ele e não gostando daquela intimidade que ele julgava ter. Muito menos sua preocupação o que indicava que havia outro interesse. Esperou uma resposta em vão. Thranduil levantou e foi em direção e sua sala de vestir. O que a deixou perplexa e foi atrás dele.

No Coração da Floresta (Thranduil Fanfic)Where stories live. Discover now