OITAVO MÊS
O Natal e ano novo tinham passado tão rápido que elas mal perceberam. Apenas se reuniram na casa de Livia e comeram e conversaram até pouco mais de uma hora da manhã. Kara estava cansada e com sono, então tanto no natal quanto no ano novo, foi deitar cedo pra dormir.
Elas combinaram que as próximas datas comemorativas seriam organizadas e elas realmente entrariam no clima.
E então chegou o oitavo mês.
Kara estava sentindo cada vez mais as contrações que agora sabia, eram as Braxton Hicks. Nas aulas que ela estava comparecendo com Lena, aprendeu que as do parto seriam em intervalos menores e mais fortes. E o recomendado foi não entrar em pânico quando perceber que estava em trabalho de parto, era pra ligar para o médico e ele iria as guiar em como agir até chegar no hospital.
Só em saber disso, já deixou Kara nervosa. Mas, conversando com as algumas outras mães que estavam por lá, várias que já tiveram filhos antes disseram que por incrível que pareça, era mais fácil o pai da criança ficar mais nervoso na hora.
Kara duvidou que com ela seria assim, já que só de imaginar ficava nervosa.
Nervosismo esse que vinha também com um alivio e alegria, porque já estava de saco cheio em estar grávida e também ansiosa pra pegar sua filha no colo.
Ela sentia desconforto em quase tudo que fazia. Pra sentar, se levantar, deitar, pra basicamente tudo. As dores na coluna estavam lá diariamente e dormir não era algo tão simples como antes.
Sua barriga coçava quase todos os dias, ela sentia mais calor que o normal, as idas ao banheiro aumentaram, as mudanças de humores cada vez piores, os seios começando a vazar leite fazendo com que ela tivesse que trocar de roupas mais vezes do que queria.
Ela estava um porre. E sabia disso.
Logo nas primeiras semanas, ela criou a ideia na cabeça de que Lena não aguentaria ela e tentaria de alguma forma manter a distância. Imaginou também que com a barriga do tamanho que tava e os seus seios vazando leite, que Lena não iria mais querer transar.
Ela estava se achando uma insuportável e horrorosa. Porque Lena não acharia?
Mas, estava difícil manter esse pensamento, já que todo carinho mais longo trocado por elas, Lena fazia questão de mostrar o quão dura ficava. Fosse a abraçando até Kara sentir sua rigidez, ou as vezes levando sua mão até a ereção.
E a quem as vezes não queria era Kara, normalmente por cansaço. Mas, Lena parecia sempre disposta e claramente excitada.
E Kara não entendia como, estava se achando realmente péssima.
- Amor! – Kara chamou a atenção de Lena, que mexia em alguma coisa do MacBook na cama.
- Diga, meu bem! – Lena a olhou.
Kara estava sem frente ao espelho se olhando pelada. – Eu to muito feia?
- Jamais, amor! – Lena fechou o MacBook e se aproximou. – Você tá maravilhosa e muito gostosa!
Kara ficou de lado, olhando o tamanho da barriga. – Fale a verdade!
- Eu to falando a verdade, meu bem! – Lena a abraçou por trás e alisou sua barriga, olhando também para o espelho. – Você tá linda e não acho que tem como ficar feia de modo algum!
- Não sei! – Kara suspirou.
- Ah, eu sei bem! – Lena colou mais os corpos, fazendo Kara sentir o volume que estava por dentro de sua bermuda.
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Tudo Que Você Nunca Teve - Karlena
फैनफिक्शन*Lena G!P* Kara vive em um casamento infeliz e cansativo. Decidida que viveria o resto da vida nessa prisão, até que ela conhece Lena, uma arquiteta conhecida, e começa a repensar todas as suas decisões.
