Part 11

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- Tá tudo bem? – Lena pergunta após alguns minutos recuperando o fôlego.

- Tá tudo maravilhoso! – Kara a olha por cima do ombro e Lena inclina um pouco o rosto para deixar um selinho em seus lábios.

- To aprovada na massagem então? – Lena ri e se retira de dentro da loira, deitando em seu lado de barriga pra cima.

- Aprovadíssima!

As duas riem e Lena se levanta, retira a camisinha, amarra e joga no lixo. A loira a observa, o andar autoritário que ela tem, o corpo esculpido por deuses. Kara suspira, sentindo seu corpo aquecer novamente em desejo pela Luthor.

- Vou tomar um banho. Como tá a coxa? – Lena para em frente a cama a olhando.

- Tá um pouco dolorida só.

- Eu tentei ao máximo não encostar nela, mas acho que teve alguns momentos que não deu, desculpa!

- Você não me machucou, não precisa se desculpar!

Lena solta um sorriso mais aliviada e sai do quarto para ir tomar banho.

Kara olha pro teto e se perde em pensamentos. Lembrando dos toques da morena sobre seu corpo, de seus lábios, do seu cheiro, de como foi preenchida por seu membro e do orgasmo. Ah, o famoso orgasmo. Nunca tinha o sentido antes e não tinha como saber se são todos assim, ou se esse foi um fraco ou forte, mas definitivamente tinha sido um orgasmo, porque experimentou um prazer fora do normal e logo após as palavras que agora ela considerava como mágicas. "Goza pra mim". Era como se Lena controlasse seu corpo naquela hora, foi só a ouvir e a explosão veio.

Kara suspira e se levanta para ir tomar banho. Ela sente o seu corpo tão relaxado que se não fosse a dor na perna, pensaria que estava flutuando. A dor não está forte, mas suficiente para incomodar. Ela toma um banho rápido e veste a camisola de cor vinho que havia selecionado antes de entrar para o banheiro. Ao sair encontra a cama que estava uma bagunça, agora arrumada e de lençóis trocados, mas sem sinal da Luthor.

Ela pega o remédio para dor e vai, em passos lentos, até a cozinha. A casa está com todas as luzes apagadas e ela não pretende acende-las, por não saber se incomodaria Lena. Ela chega na cozinha e procura um copo, com um pouco de dificuldade ela descobre que os copos estão todos no terceiro armário a direita. Ela abre a geladeira, tira a garrafa de água e se serve. Encosta no balcão e começa a beber a água junto com o remédio. Despreocupada com o tempo, ela se permite fazer tudo vagorosamente. Lava o copo, o enxuga e guarda no local que achou.

Em meio a toda felicidade que ela está sentindo, um pensamento desagradável surge em sua mente, James. Então ela se lembra de toda a situação e de que ainda tem muita coisa para resolver, muitas incertezas do que o futuro reserva para ela, muitos medos ainda vivos e com uma porcentagem muito grande de acontecerem. Os principais medos são os de James a achar e o de Lena se arrepender da loucura de ter trago-a para morar em sua casa.

Provavelmente teria sido insanidade o que fizeram, a situação já era complicada demais pra piora-la se deixando levar pelos desejos, mas era mais forte que a voz da razão dentro de sua consciência. Ela não entendia o que acontecia consigo quando estava perto de Lena, era como se todas as suas inseguranças e medos sumissem, dando espaço para a Kara que estava a tanto tempo morta, ressurgir e tomar conta de suas ações.

E se realmente foi loucura que a levou a transar com Lena, ela estava disposta a ser louca outras vezes.

Ela faz o caminho de volta para o seu quarto, a casa ainda silenciosa e escura. Ao chegar em sua porta ela para um segundo, olhando para a cama na esperança de ter uma morena querendo repetir o que tinha acabado de fazer. Ela se sentia estranha em desejar tanto alguém assim, sentir seu corpo completamente preparado para recebe-la de novo só por ter imaginado aqueles lábios percorrendo seu corpo novamente.

Tudo Que Você Nunca Teve - KarlenaWhere stories live. Discover now