Sedici

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Bato na porta e vejo Karin sentada a mesa dela, caminho devagar e ela levanta o olhar para mim depois abaixa voltando a atenção para o notebook

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Bato na porta e vejo Karin sentada a mesa dela, caminho devagar e ela levanta o olhar para mim depois abaixa voltando a atenção para o notebook.

- Trouxe seu almoço, não pode ficar sem comer - falo deixando a bandeja na mesa.

Ela não me olha e continua a apertar as teclas devagar, respiro fundo encaro ela por um tempo, mas ela permanece fazendo o mesmo.

- Come por favor - peço e tiro o notebook da sua frente pondo o prato - Quer me ignorar ok, eu mereço, mas não vou deixar que fique doente por não comer.

Ela engole em seco e pega o garfo começando a comer devagar, coloco o suco ao seu lado e ela vai comendo tudo.

- Karin me perdoe pelo que que disse - peço.

- Eu quero comer sozinha e em silêncio - diz olhando para o prato de comida.

- Tudo bem - falo deixando ela ter o tempo que precisa - Vou sair volto para o jantar.

Vou beijar a testa dela que recua um pouco, suspiro e levanto saindo da biblioteca.

Caminho pelo corredor e me amaldiçoo por ser idiota, fui muito idiota na verdade.

A coisa mais estúpida que eu achei que jamais poderia fazer eu fiz, com isso machuquei a Karin, aquela mulher que é doce, ingênua e pura, aquela que eu disse querer proteger para não sair machucada, e ontem ela ia ser dos dois jeitos.

Sinto a irritação vindo e caminho para fora de casa, entro no meu carro e Ronald da partida para o local desejado.

Durante o caminho vou pensando em formas de fazer Karin acreditar que eu a amo de verdade.

Durante o ano que se passou eu me entreguei nesse casamento mesmo que não estivesse apaixonado por ela.

Decidi que faria cada dia uma coisa diferente já que achava ser impossível amar alguém outra vez.

Há algum tempo percebi que era sim possível isso acontecer, eu comecei a amar aquela mulher que muitas vezes age como menina.

Tudo nela se encaixou perfeitamente para mim, percebi que amo cada coisinha dela, mas como sempre acabei fazendo merda e ela não está errada em me ignorar.

Mas não é isso que quero agora que falei que a amo, quero ela comigo ao meu lado para que possamos ficar bem juntos.

Para isso preciso descobrir uma forma que ela possa me perdoar pelo que disse, se bem que eu não perdoaria facilmente, o que falei foi idiota e insensível.

Comparar ela com Amélia deveria ser considerado crime, um absurdo sem tamanho, mas na hora eu falei sem pensar.

Por ela ser tão inocente caiu na daquele filho da puta que a drogou, e eu invés de ajudar ela a ficar bem quando acordou só a fiz ficar mais triste.

Rocco - Entre Dever e Poder - Série Santinni's Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora