Sei

19.1K 1.4K 160
                                    

- Achei que ia estar dormindo e não malhando uma hora dessa papà - ouço a voz de Angel e desligo o aparelho olhando ela - Deveria estar cuidando da sua esposa não?

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

- Achei que ia estar dormindo e não malhando uma hora dessa papà - ouço a voz de Angel e desligo o aparelho olhando ela - Deveria estar cuidando da sua esposa não?

- Ela não vai acordar agora - falo.

- Bom dia papà - ela caminha e beija meu rosto - Eu vim buscar algumas coisas e vi você quando passei aqui de frente.

- Só estava malhando - falo e ela assente - Você acordou cedo ou ainda está acordada de ontem?

- Você me conhece papai - diz sorrindo - Eu já vou embora, com licença.

- Tchau Bambina - deixo um beijo na testa dela e a vejo sair da academia, caminho para fora também e subo as escadas em direção ao meu quarto.

Abro a porta e vejo Karin dormindo sobre os lençóis, seu rosto é calmo e delicado, ando até a cama e cubro ela a analisando antes de caminhar para o banheiro e retirar a calça para um banho.

Após estar limpo enrolo uma toalha na cintura e entro no closet, visto uma cueca e pego somente uma calça moletom, visto e saio do closet.

Vejo a hora e decido ver algumas coisas de trabalho sei que Karin não vai acordar agora já que quando fomos dormir estava no raiar do dia.

Seguro a bandeja e empurro a porta entrando no quarto, caminho até a cama e deixo a bandeja no canto, paro ao lado de Karin e toco seu rosto tentando acorda-la.

Ela resmunga e abre os olhos devagar, então fechar novamente se esticando na cama.

- Bom dia - falo e ela abre os olhos novamente, vejo suas bochechas ganhando uma coloração avermelhada.

- Bom dia - murmura suavemente.

- Trouxe uma comida para você - falo e aponto para a bandeja - Sente-se.

Ela se senta devagar, a vejo morder os lábios e fazer uma careta olhando para baixo e cobrindo os seios com o lençol.

- Está dolorida? - questiono.

- Um pouco - diz com vergonha.

- Depois passamos uma pomada - falo - Agora precisa se alimentar, creio que está com fome?

- Sim - responde.

- Aqui, não sei o que costuma comer por isso trouxe coisas que todo mundo come, pãos, bolos, suco e café - falo colocando a bandeja na sua frente - Come.

- Eu acho que preciso vestir uma roupa antes - diz.

- Não precisa, come e depois veste uma roupa, ontem eu vi você nua e posso dizer que lembro de cada parte do seu corpo, então não tem motivos para sentir vergonha - falo tocando o rosto dela - Agora abre a boca e come.

Ela assente e abre a boca, coloco um pedaço de pão e ela mastiga devagar enquanto me olha, analiso ela e vejo seu pescoço com algumas marcas vermelhas nele devido a nossa noite ontem.

Enquanto ela come levanto e caminho até o banheiro, coloco a banheira para encher de água morna e jogo alguns sais de banho e aromas.

- Vamos tomar banho agora - falo e ela engole em seco - Não faremos nada se é seu medo, sei que você está dolorida.

Ela deixa a bandeja de lado e tira o lençol do corpo, a vejo colocar os pés no chão e fazer uma careta quando anda, chego perto dela e a pego no colo ouvindo um som surpreso seu.

- Assim andamos mais rápido - falo.

Entro no banheiro e coloco ela na banheira, entro atrás e fico de frente para ela, começo a lavar seu corpo e deixá-la limpa.

Imagens minhas e de Amélia vem na mente e tento esquecer, embora eu não quisesse casar eu o fiz por obrigação, mas isso não significa que eu tenho que tratar a minha agora esposa mal.

Durante toda minha vida ouvi que mulheres eram insignificantes, mas quando se foi casado com alguém como Amélia você aprende a valorizar.

Ela sempre foi alguém que lutava pelo que queria e pela liberdade, não é atoa que era mais temida que eu por alguns membros da famiglia.

Com ela eu aprendi que casamento é além de status,  embora isso seja importante em nosso meio, é algo que constitui intimidade e troca.

Eu poderia estar simplesmente em meu escritório agora e esquecer da existência de Karin, buscar ela só quando quisesse algo e deixá-la se virar sozinha.

Mas com meu casamento com Amélia aprendi muitas coisa e não vejo motivos para não continuar pondo em prática.

Ontem a noite transamos por muito tempo, eu e ela tivemos alívio dos desejos carnais, então por qual motivo eu vou deixar e fingir que esqueci dela agora que já tive o que queria? Não sou assim.

Terminamos o banho e me levanto, enrolo ela na toalha e a pego no colo, deixo sobre a cama e Entro no closet para pegar uma roupa, paro de frente ao local que havia ficado disponível para ela, procuro entre as roupas e franzo o cenho ao ver as roupas que estão ali, vou olhando as outras e sinto irritação, pego uma e saio do closet e olho para ela com um peça nas mãos.

- O que é isso? - questiono caminhando até a cama - Porque essas roupas estão no closet!?

- Eu as comprei como pediu - responde baixo e se encolhe na cama.

- Eu pedi? - questiono irritado - Onde encontrou essas roupas?

- Na loja que aquela mulher me levou, ela disse que você nos mandou ir lá - diz parecendo com medo.

- Que mulher? - brado irritado.

- Acho que é Yolanda o nome dela - fala - Ela disse que você havia pedido para comprar roupas nesse estilo.

- Vou matar aquela filha da puta - falo jogando a peça de roupa no chão e chutando a cômoda, vejo ela se encolher e soluçar, chego perto dela e a vejo se encolher com medo - Você não vai usar essa roupas.

Caminho até o closet e jogo todas as peças ali no chão ficando irritado, sinto o perfume que senti por muitos anos na minha vida.

Ela queria ser única e arrumou alguém para que fizesse o perfume somente para ela, então é impossível não saber que é dela tudo isso.

Além do fato de eu ser totalmente fã daquela mulher e saber exatamente quais roupas ela usava antes de partir.

Encosto minha cabeça na parede e respiro fundo, após a morte dela eu não consegui deixar todas as coisas perto das minhas, então levei a um depósito.

Não sei qual a idéia de Yolanda fazendo isso, mas vou descobrir.

E não será nada bom para ela, independente do seu motivo.

Rocco - Entre Dever e Poder - Série Santinni's Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora