Quattro

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A marcha nupcial começa e as portas são abertas, vejo ela entrando e caminhando em direção ao altar onde estou

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A marcha nupcial começa e as portas são abertas, vejo ela entrando e caminhando em direção ao altar onde estou.

Vejo os membros da famiglia virarem olhando para ela, toco meu dedo anelar e suspiro sentindo falta do anel de casamento que dividi com Amélia.

É estranho ter que fazer isso outra vez, durante toda minha vida só tive Amélia, fomos eu e ela sempre e casar só esteve nos meus planos pelo fato de ser ela a minha prometida, nunca imaginei que algum dia precisaria casar com alguém por conveniência e precisasse ter outro filho.

E isso é algo que não quero de maneira alguma, quando Amora morreu foi a pior coisa que me aconteceu, vê-la no estado que eu vi é algo que eu não desejo a pai nenhum, nem mesmo a um inimigo.

Saber tudo que ela sofreu antes de morrer me fez passar dias inerte em uma dor e me sentindo culpado, afinal tudo só aconteceu pelo fato de meus inimigos quererem me ferir.

E então veio a morte de Amélia que um tempo depois eu também descobrir ter sido armado, eu não quero outro filho para que ele corra o risco de morrer.

A Angel eu posso proteger e ela também sabe se proteger sozinha, eu até mesmo poderia proteger outro filho, mas não quero correr o risco.

Suspiro e vejo ela na metade do caminho estalo meu pescoço e aperto as mãos sem paciência.

Finalmente ela chega perto e dou dois passos passando meu braço pelo dela e a levando para o altar, vejo ela me olhar de soslaio pelo véu e paro de frente ao padre com ela ao meu lado.

- Estamos aqui nesse dia para celebrarmos a união entre dois que se tornarão um só - ele começa, fico ignorando todas as baboseiras que ele fala.

Por mim eu não casaria de novo, mas se não fizer isso preciso renunciar, sou o líder disso tudo e se fosse facilmente resolvido eu mudava muitas coisas que acho serem desnecessárias, mas não é assim, há muitas questões para mudar isso.

Não é fácil só pelo fato de eu ser um líder, é como um presidente, ele está no poder, mas não é dono de tudo e não foi ele quem fez as leis.

Encaro o padre que continua a fazer a cerimônia,  falamos o que precisamos falar e ele abençoa as trocas de aliança.

- Eu os declaro casados - diz - Os noivos podem se beijar.

Levanto o véu dela e a vejo me olhar parecendo um pouco assustada, toco seu queixo e me aproximo vendo ela arfar, encosto nossos lábios e movo devagar vendo ela atrapalhada tentando me acompanhar.

Me afasto e viro para os convidados que batem palmas nos parabenizando, finjo um sorriso e seguro a mão dela caminhando para fora do local, o restante dos convidado vem atrás de nós dois.

Paramos para que o fotógrafo tire algumas fotos e depois caminhamos pro carro para irmos em direção a festa.

Por mim só havia o casamento, mas é de praxe que tenha festa, acabei deixando esse detalhe pela conta da minha filha que ama essas coisas.

Ajudo Karin entrar no carro e entro em seguida atrás dela, ela senta no banco de frente ao meu e a encaro.

Vejo ela olhar o interior da limousine e então parar seu olhar no meu e engolir em seco.

Me movo no banco e abro o armário de bebidas, pego um dos copos e despejo uma quantidade de bebida nele, levo aos lábios e encaro ela.

Vejo seus olhos curiosos e até mesmo medrosos, e isso me deixa um pouco arisco por assim dizer, o medo é algo que me excita muito e ainda tem o combo dela parecer inocente demais para ser corrompida.

Sinto o carro parar mas permaneço no lugar ainda encarando ela que não quebra o contato visual.

- Venha cá - chamo apontando para minha perna, ela arregala um pouco os olhos e se move vindo em minha direção, Karin senta no meu colo e fixa o olhar na porta do carro - Fique assim.

Deixo ela de frente para mim e levanto seu vestido colocando suas pernas em cada lado do meu corpo, sinto a textura de uma meia calça rendada e levanto um pouco vendo ela respirar pesadamente.

Toco seu rosto e desço o dedo pelo seu pescoço, clavícula, até parar em seu decote, afasto devagar a alça do vestido e ela respira pesadamente apertando meu braço.

- Não vou te machucar - murmuro e abaixo mais a alça, puxo o vestido para baixo e deixo seu seio mediano exposto, toco o bico durinho e dou um sorriso de lado ouvindo ela arfar - Você precisa se acostumar.

Passo a língua no seu seio e ouço um som surpreso vindo dela, coloco ele na boca e começo a chupar eroticamente, ela geme manhosa e aperta meu braço.

Suspiro ao sentir a textura macia, sua pele parece seda, me afasto e aperto o bico do seu peito olhando em seus olhos.

Levanto a alça e tiro ela do meu colo, ajeito o vestido em seu corpo e abro a porta saindo e ajudando ela a sair também.

Vejo seu rosto vermelho e seguro sua mão, começo a caminhar para o salão de festas, as portas se abrem e vejo tudo organizado e os convidados sentados em seus lugares.

Ouço palmas e vejo Karin sorrir agradecendo quando alguém nos parabeniza, caminhamos para nossa mesa e vejo minha filha sorrir e ficar de pé.

- Não deu para parabenizar na igreja - ela diz e me abraça apertado deixando um beijo em meu rosto - Estou muito feliz e espero que goste da festa.

- Só pelo fato de ter sido você a organizar está perfeita bambina - falo beijando a testa dela.

- Eu sei - diz piscando o olho, ela vira para Karin que mantém um sorriso mas parece desconfortável - Você é ainda mais linda pessoalmente, está parecendo uma princesa nesse vestido.

- Obrigada - diz sorrindo - Você também é linda.

- Com meu pai sendo assim eu de certo tinha que vim perfeita - minha filha diz e vejo Karin ficar surpresa - Vou deixar os dois sozinhos e curtirei a festa, licencinha.

Ela sai e me sento tendo Karin ao meu lado, mais pessoas vão chegando e nos parabenizando, isso tudo é um farsa, por isso não permaneço muito tempo.

Logo estamos voltando para o carro e indo em direção para nossa casa, durante o trajeto deixo Karin em seus pensamentos.

Ela parece distraída sentada no banco do outro lado, fico a observando e suspiro sabendo que o que eu prometi não ter com mais ninguém terá que ser feito hoje.

Ao menos aqui não tem a tradição de mostrar os lençóis no outro dia, pelo menos não oficialmente, mas sempre que há um casamento as camas são forradas com lençóis brancos, e quando as empregadas vão limpar o quarto de manhã acham a mancha vermelha e então saem falando que a noiva era sim virgem, o que é bem ultrapassado sabendo todas as comprovações científicas de que não são todas iguais.

O carro para de frente a casa e desço ajudando ela, caminhamos para dentro e abro a porta, caminho até o bar no canto da sala e pego um copo com outra bebida, vejo ela parada no mesmo canto e suspiro levando o copo aos lábios.

- Primeiro a direita - falo de costas para ela.

- Me desculpe, como? - questiona e me viro vendo ela engolir em seco - Eu não entendi sobre o que está falando.

- O quarto é a primeira porta a direita, pode se arrumar e se preparar - falo e ela assente rapidamente, mas permanece no lugar, arqueio a sobrancelha e ela se move.

- Com licença - diz e sobe as escadas.

Suspiro olhando para a lareira e sentido falta das fotos de Amélia que existiam lá.

Eu preferi mandar tirar e guardar em um quarto, não seria justo deixar aqui sendo que estou me casando com outra pessoa.

Apesar de não querer casar sei que a minha agora esposa não tem culpa de tudo que aconteceu.


Rocco - Entre Dever e Poder - Série Santinni's Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora