Dodici

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Olho para ele e suspiro fechando os olhos, viro de lado e me acho boba por ter soltado isso assim, ele me vira e se senta me olhando nos olhos antes de dizer

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Olho para ele e suspiro fechando os olhos, viro de lado e me acho boba por ter soltado isso assim, ele me vira e se senta me olhando nos olhos antes de dizer.

- Eu não sou quem você pensa Karin - diz tocando meu rosto - Me amar é sua obrigação, mas não sou obrigado a ser recíproco.

Engulo em seco a vergonha e vejo ele se afastar levantando da cama e colocando um robe no corpo antes de sair do quarto, me encolho na cama e sinto vontade de chorar.

Como eu achei que ele poderia dizer que é recíproco? Ele só se casou comigo por obrigação, quem ele ama de verdade é a primeira esposa dele, aquela para quem foi prometido desde o ventre.

Eu me iludi sozinha, tudo pelo simples fato dele não ser um ogro e me tratar bem.

Sinto lágrimas descendo pelos meus olhos e me encolho na cama começando a chorar, talvez tivesse sido melhor eu virar freira, assim não sofreria por um amor que é de outra pessoa.

Puxo o lençol cobrindo meu corpo e soluço, por que eu tinha que ser boba assim? Queria tanto ser como as outras mulheres, empoderadas, donas de si que não se abalam por muitas coisas, mas não, vim sensível e chorona.

Ouço a porta ser aberta e me forço a parar de chorar, controlo minha respiração e finjo estar dormindo.

Alguns barulhos são ouvidos, ouço a água caindo no banheiro e então passos até a cama.

- Você precisa tomar banho - diz, continuo a fingir e ouço ele bufar - Não deu tempo de dormir então levante, você tomará um banho e eu vou conversar com você.

Me sento e não tenho coragem de olhar para ele, mas ele parece disposto a isso já que aparece em minha frente levantando meu rosto e me dando a mão, seguro ela e ele me puxa para o banheiro.

Entro na banheira e ele me ajuda a tomar banho, por que ele faz isso? Não vê que eu só fico mais iludida e apaixonada?

Após terminar ele coloca o roupão em mim e me mandar esperar no quarto, me sento na cama e passo a mão no rosto.

Vejo ele sair do banheiro e entrar no closet saindo de lá vestido em uma calça moletom, me entrega uma calcinha e coloca uma camisola em mim.

- Olhe para mim - diz e olho - Eu não sei se um dia serei capaz de amar outra pessoa, sou sincero quando te digo isso.

Fecho os olhos e fungo ao ouvir isso.

- Você é doce, ingênua e inocente Karin - diz tocando meu rosto e limpando as lágrimas - Um mundo como esse não merece alguém como você, eu também não.

Ele suspira e passa as mãos nos cabelos, soluço o olhando e vejo dar um sorriso de conforto e colocar uma mecha de cabelo atrás da minha orelha, respiro fundo.

- Se você não sente o mesmo por mim, porque me trata assim? - questiono e ele franze o cenho.

- Assim como? Com cuidado e carinho? - questiona e assinto - Embora seja o líder de uma das maiores gangues da Itália eu não sou um monstro Karin, o que faço é o mínimo que cada um deveria fazer, não é porquê meu coração não bate por você que eu deveria te tratar mal.

Rocco - Entre Dever e Poder - Série Santinni's Livro IIOnde as histórias ganham vida. Descobre agora