cinco.

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And now what do I do?
Where do I go?
Cause everywhere I go I see your face

⭐ caroline ⭐

ashton: não queres passar cá por casa?

Foi esta a mensagem que me fez dirigir a casa dele, à casa que eu aprendi a conhecer tão bem, todos os cantos, os cheiros que a acompanhavam, a luz a bater em certos locais das divisões. Casa onde conheci a minha segunda família, onde era bem recebida e aceite por todos os membros. Principalmente, a casa em que eu sabia onde estavam as chaves suplentes.

Peguei-lhes e abri cuidadosamente a porta para que ninguém notasse a minha presença. Se tudo se mantivesse como eu me lembro, os pais do Ashton iam para a faculdade a esta hora, pois queriam tirar um curso mas manter os seus empregos. Portanto o Ashton estava sozinho em casa, no seu quarto.

O meu estado alterado em nada ajudava ao meu equilíbrio e por isso estava mesmo à espera de tropeçar nos meus próprios pés ou algo parecido, no entanto, nada aconteceu.
Consegui subir as escadas para chegar ao quarto do meu ex-namorado e bati levemente à porta da divisão onde eu sabia que ele se encontrava devido à música que se fazia ouvir. A música parou uns segundos depois do meu toque e a cara desconfiada do Ashton apareceu.

"Caroline? Fódasse, pregaste-me alto susto, pensava que estava sozinho em casa." disse, abrindo a porta totalmente, revelando um ashton semi-nu, coberto apenas com boxers pretos. Mérda.

"Enquanto o porco de plástico tiver as chaves suplentes, há sempre hipóteses de não estares sozinho em casa." tentei responder o mais normalmente possível, mas a minha voz acabou por falhar devido aos nervos que sentia.

"Estiveste a beber?" perguntou.

"Talvez." respondi.

"Isso é um sim."

"Encara a minha resposta como quiseres."

"Então, estares aqui significa que recebeste a minha mensagem?"

"Talvez."

"Mais uma vez isso é um sim."

"Já te disse para encarares as minhas respostas do modo que entenderes."

"Então porque é que estás aqui?"

Suspirei e olhei-o nos olhos.

"Eu só quero que me beijes e que te cales, que cales também estes pensamentos que me perseguem. Fá-los parar, Ashton. Depois de toda a mérda que me fizeste, fazes-me esse último favor?"

Ele olhou para mim com os olhos muito abertos mas rapidamente voltou ao seu ar tão típico e descontraído.

"Talvez."

E encostou-me com força contra a porta do seu quarto, que se fechou com a força que ele exerceu sobre mim. Os seus lábios passaram pelo meu pescoço, enquanto a sua respiração me criava arrepios e sobretudo saudade. Saudade de sentir o seu corpo contra o meu, de sentir as suas mãos nas minhas ancas, a sua respiração acelerada.

No entanto, nada disto significava que eu o perdoava por tudo aquilo que me fez no passado, por todas as mentiras que eu acabei por descobrir, por todas aquelas que eu nem descobri, por toda a dor que senti pelas ações dele. Eu estar ali com ele era apenas físico. E o lado bom foi que os pensamentos vaguearam simplesmente para as sensações que aquele momento me estava a causar.

"Tinha saudades disto." afirmou o rapaz que agora tinha os cabelos despenteados devido às minhas mãos irrequietas.

"Deixa as mentiras e as falinhas mansas para outro dia, não vou querer ouvir." respondi-lhe secamente "Não vim cá para isso, se começares com essas tretas bazo tão rapidamente como vim aqui ter, percebido?"

O rapaz de olhos cor de avelã ainda tentou dizer alguma coisa em defesa de si mesmo mas eu lancei-lhe um ar sério o suficiente para ele levantar as mãos em gesto de rendição.

"Acho bem, agora cala-te de uma vez por todas, credo." ele não disse mais nada, apenas continuou a beijar-me o pescoço, até subir para o meu queixo e finalmente terminar nos meus lábios.

Um som involuntário saiu da minha boca, já tinha passado tanto tempo desde que estava assim com ele, o meu corpo sabia o que queria. Queria-o a ele, Ashton Irwin, o rapaz que mais me fez sentir viva mas que mais me fez desejar estar morta. As suas mãos passaram da minha cara até ao final da minha camisola, onde se meteu a fazer pequenos desenhos imaginários com os dedos e que me causavam algumas cócegas.

Mas eu não estava para brincadeiras, queria sentir algo positivo, algo que me tirasse deste estado de decadência que me tem vindo a acompanhar, queria sentir mais. Ele pareceu perceber o que eu queria porque me agarrou no rabo enquanto me beijava com mais intensidade e me apertava mais contra si. A minha camisola voou do meu corpo a uma velocidade impressionante e senti o meu peito a ser apertado contra as mãos do rapaz, mas de um modo que me fazia desejá-lo mais.

Começou a beijar-me o pescoço mais uma vez enquanto me desapertava as calças e as puxava para baixo, e eu terminei o processo ao tirá-las a pontapé. Passei a mão pelos seus abdominais, agora mais definidos -ele tem andado a treinar?- e soltei mais uma som involuntário pelos lábios ao sentir os seus dentes contra a minha pele quente. Enquanto isso, desceu as suas mãos pela minha barriga até se encontrar na minha da roupa interior, onde as ignorou completamente e as retirou tão rápido como nunca o vi fazer. Encaminhou-me para a cama e meteu-se por cima de mim, beijando-me ao mesmo tempo que eu lhe retirava os boxers e o fazia gemer levemente pelos movimentos que realizava.

Céus, tinha saudades deste som, mas nunca irei admitir tal facto.

Os seus olhos cruzaram-se com os meus e eu mordi o lábio inferior para me impedir de dizer algo que não devesse. Em vez disso, beijei-o para não ter de encarar a sua cara, acelerei os movimentos da minha mão e ele afastou as minhas pernas para poder pôr um dedo dentro de mim. As nossas respirações estavam rápidas e nada controladas, e os nossos corpos pediam por mais, mais contacto, mais conforto. Sim, porque o meu corpo ainda associa o seu toque a conforto, não há nada que eu possa fazer para mudar isso.

"Fóde-me simplesmente." murmurei entre beijos e ele sorriu, acenando. "Faz-me gritar pelo teu nome."

Ele retirou a minha mão do seu membro e moveu-me de modo a ficar com a minha cabeça na sua almofada, aproximando-se de mim para me beijar uma última vez antes de entrar dentro de mim.

*

Sim, cometi o erro mais estúpido da minha vida. E tenho de sair daqui o mais rápido possível.

(a/n)- a betrueme vai-me m-a-t-a-r

ashton feels oh fuckkkkkk

oh well, já tinha este cap terminado ontem mas tive a preparar a apresentação de português sobre cesario portanto só agora é que deu para publicar (btw, correu horrivelmente mal, não que alguém queira saber)

see ya next time

harmless fun? ♠ l.hWhere stories live. Discover now