Oi mãe!

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Derek

Eu e Stiles realmente queríamos tomar algumas decisões rápidas. Outro grande passo em nosso relacionamento está acontecendo hoje. Uma semana após o ritual, Stiles vai se mudar para nossa casa que eu comprei e estaremos oficialmente vivendo juntos. Nos dias que antecederam a hoje, Stiles e eu tínhamos feito viagens a casa de seu pai, a fim de colocar tudo em caixas. Dizer que este será um dia emocionante para Stiles e eu é um eufemismo. 

Stiles vai ficar um pouco triste, e é totalmente compreensível já que ficou junto com seu pai a sua vida toda, e ainda vai dizer adeus a sua casa de infância. Mas o que melhora a situação é que Stiles ainda será capaz de visitar seu pai sempre porque a casa dele não é muito longe da nossa. Isso só mostra o quanto vai mudar para Stiles agora que ele é meu companheiro. É o companheiro de um alpha. Tenho sido muito compreensível e vou continuar a ser. Entendo muito como uma mudança será para Stiles, mas estou contente que meu companheiro estará oficialmente vivendo comigo. 

Stiles

Alugamos um pequeno caminhão de mudança para começar a mudança de modo a não me preocupar com o espaço ou algo amaçado. Meu pai também ajudou. 

Com nós três trabalhando, as coisas foram embaladas bem rápidas e logo estava tudo no caminhão, caixas de roupas, de quadrinhos, livros e matérias da escola, meu bastão de Lacrosse e outras coisas. Uma vez que a última caixa foi colocada no caminhão e Derek fechou a porta, senti as lágrimas em meus olhos. Derek me deixa ter um momento a sós com meu pai e foi para o lado do motorista. Fui para perto de meu pai, cujos olhos também pareciam molhados, e colocou-me em um grande abraço de urso.

Só ficamos lá abraçados por um tempo e, em seguida, ele enxugou o rosto com um lenço e limpou o meu, fazendo-me rir.

— Eu não sou mais um bebê pai. — Disse fingindo estar irritado.

— Você sempre será meu bebê. Eu só não estarei mais cuidando de você. Esse é o trabalho de Derek agora. — Disse ele a última parte alta o suficiente para Derek ouvir.

— Eu não vou decepcionar nenhum de vocês, vou cuidar dele Sheriff, você tem a minha palavra — Disse Derek do caminhão.

— Eu sei. Stiles você cuida bem dele também. Tudo bem?

— Eu vou. — Disse com convicção enquanto olho para Derek, que me deu um sorriso carinhoso em troca.

— Ei pai, não fique achando que você pode começar a comer o que quiser, agora que estou fora de casa. Eu vou estar te observando — Ameacei sério.

— Eu prometo cuidar de mim Stiles.

— Eu confio em você. Eu venho te visitar pai. E o senhor pode ir me ver, certo?

— Pode apostar. Tchau filho. — Ele me puxou em um último abraço e depois acenou quando fui para o caminhão. Sei que meu pai sente-se bem sabendo que Derek vai cuidar bem de mim. Uma vez que coloquei cinto de segurança Derek liga o caminhão e acenou um adeus juntamente comigo para meu pai.

— Hey Der, você acha que nós podemos apenas deitar na cama pelo o resto do dia até o jantar? — Propus. Estava esgotado por conta da mudança e de ser tão emocional hoje.

— Não tem problema, Sti, eu estou cansado demais também. — Eu sabia que Derek estava só me apoiando. Pois ele nem suou. Eu ainda não posso acreditar que vamos ficar juntos para sempre, o pensamento ainda me fazia dar sorrisos bobos.

*~*~*

Sai de casa algum tempo depois, aproveitando que Derek foi devolver o caminhão alugado, e parei diante de uma floricultura. Toquei as pétalas de algumas camélias.

— Você gosta, delas né? — A florista perguntou, afirmei com um aceno e pedi que ela me fizesse um pequeno buque.

Paguei pelas flores e continuei meu caminho, até alcançar o portão de ferro torcido que dava entrada para o cemitério local. Meu corpo parecia tremer e pude sentir o quanto meu coração estava descompassado.

Quando atravessei o portão, foi como se o mundo tivesse congelado. O frio que agora tomava conta do ambiente atingiu meu coração. Cai de joelhos diante de uma lápide e depositei as flores.

— Oi mãe! — Murmurei, enquanto me acomodava melhor e abraçava os joelhos – Senti sua falta, sabia? Sinto todos os dias quando acordo e mais ainda quando vou dormir. Às vezes sinto que todos seguiram em frente, mas cada um sente sua falta de um jeito.

Apertei os lábios, a respiração um pouco mais pesada que o normal. Estiquei os dedos e contornei as letras que formavam o nome, Cláudia Stilinski, na pedra fria. Abaixo do nome, foram gravadas as palavras “Deixastes em nossos corações, lembranças lindas que nunca iremos esquecer.” e os nomes do meu pai e o meu como assinatura.

— Mãe não tem um só dia que passe que eu não pense em você.

Soltei os joelhos e me agachei, acariciando a lápide mais uma vez. Olhei para sua foto oval e soltei um longo suspiro.

— A notícia boa é que vou morar com Derek. Eu amo muito ele mãe. Você não teve tempo de conhecê-lo. Vamos para a casa que ele comprou pra gente. Está uma bagunça. Acho que só vou conseguir colocar em ordem quando conseguir me colocar em ordem também e é possível que isso demore um pouco.

Olhei pra os lados, secando as lágrimas, com vergonha até dos pássaros, os únicos ali àquela hora além de mim, vissem minha fragilidade.

— Eu tenho o pressentimento de que agora teremos que salvar um ao outro. Sabe quando você conhece alguém e não sabe como conseguiu passar tanto tempo sem aquela pessoa na sua vida? Isso é o que eu sinto com ele mãe.

— Stiles!

— Derek, eu não... — Comecei a querer argumentar, mas ele me interrompeu.

— Sim, eu te segui. Sempre venho com você aqui, mesmo que você não me veja. Mas dessa vez não.

A expressão dele mudou um pouco, a dureza e indignação em seu olhar desaparecem e consigo notar que ele engole em seco, processo aquelas informações, me adapto a ideia da minha fragilidade assumida.

— Meu pai te falou? Ele fica aborrecido quando eu venho aqui. Diz que eu preciso desapegar e deixar ela em paz. Mas Der, — Minha voz era agora um tom mais baixo pelo nó que senti se formar em minha garganta – Como eu posso me desapegar?

— Sti, ele não fica aborrecido. Ele fica angustiado. E agora eu sou seu companheiro. E não preciso nem dizer como me sinto ao ver seus olhos assim marejados. — Ele se aproximou de mim e pegou a minha mão, e encarou a lápide — E a você, senhora Stilinski, eu prometo que assim que seu filho se sentir pronto para se desapegar, estarei aqui para que ele tenha um novo apoio. E se você, Stiles, não quiser se desapegar jamais, ainda assim estarei aqui, para proteger você. Amar você. E sempre velar por você.

Ele finalmente soltava minha mão. Deu um passo em minha direção, ficando próximo o bastante para colar minha testa na dele e falou, em voz baixa.

 — Eu prometo!

Sinto Por Você ISSO É Só Por Você ...Where stories live. Discover now