Prólogo

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Em meio às árvores da reserva florestal da cidade de Beacon Hills, a residência da família Hale havia sido construída. Era uma noite calma e traquila para Talia Hale, que contava uma história para seu pequeno menino na cama, sobre seus antepassados.

— Há muito tempo, antes de o mundo ser como nós conhecemos, os seres e criaturas que tinham dom sobrenatural, não precisavam fugir ou se esconder. Três castas dominavam e governavam. Eram os Lupinos, os Draconis e os Vulpinos.

— Lupinos é a nossa casta, né mãe? — o garoto interrompeu sorrindo.

— Sim. — ela apertou a bochecha do garoto — Como nós, eles se transformavam em meio lobo e meio humano. Seus sentidos eram aguçados, com poder de curar enfermidades e ferimentos. E na lua cheia, os machos Alpha conseguiam se transformar em lobos completos e gigantes, como seu pai.

Talia se aproximou mais do filho, aconchegando-o em seus braços. Ela queria ao menos tentar fazê-lo entender suas origens e um pouco mais do meio sobrenatural.

— A casta dos Draconis, possui genes de chacal, embora suas habilidades bestiais não fossem tão boas quanto à dos Lupinos. Eles possuem o dom da Umbracinese, em que se manipula a escuridão.

— Laura disse que esses são os vilões, mamãe — o garoto falou com receio, lembrando-se da sua irmã mais velha o assustando com esse assunto.

— Sim querido, eles são seres de má índole, que carregam o cheiro de enxofre por mexer com a escuridão e ficam mais fortes no eclipse lunar total. Então sempre fique atento querido.

— Humrum — ele murmurou balançando a cabeça em afirmação.

— E a casta que carregava o gene da raposa, eram os chamados Vulpinos. Seres de atitudes passionais e com uma inteligência superior a vários sobrenaturais.

— Essas são as kitsunes? — o garoto perguntou tentando olhar para o rosto da mãe.

— Não filho. As kitsunes são resultante da miscigenação. Elas fazem parte da casta que chamamos de Pseudalopex. Já os Vulpinos possuem sangue “puro”, como o nosso. Suas habilidades animais não são tão boas, porém seu dom da Oneirocinese é capaz de manipular, controlar e viajar nos sonhos quando ele estivesse dormindo, meditando ou inconsciente. E quando consciente, cria ilusões.

— Laura disse que eles eram raros, mas eu não entendi...

— Sim, pois quando os Vulpinos amadurecem, podem se aliar a um bando de qualquer casta, isso deixava-os mais fortes e poderosos. Porém os Vulpinos só se aliam aos companheiros Anima.

— Companheiros o quê? — o garoto perguntou confuso.

— Companheiros Anima ou companheiros de alma, — a mãe observou um pouco aqueles olhos verdes hazel que sempre a encantaram — é equivalente a uma alma gêmea, uma pessoa geneticamente tão compatível que seus corações batem em sintonia. É algo que não tem como ser explicado claramente. O cheiro de um para o outro é único e atrativo, e quando misturado à fragrância, é algo harmônico.

— Igual o seu e o do papai? — ele questionou cheirando a mãe.

— Sim, — ela falou em meio a uma risada — mas isso você entenderá melhor quando for adulto, tudo bem?

— Okay, mãe — ele disse fazendo biquinho, chateado.

— Então voltando, os Vulpinos às vezes eram capturados e forçados a fazer o ritual do vínculo e isso era como matar a alma deles. Por conta disso, a maioria ficava escondida e até viviam com os humanos, disfarçando seu cheiro com ervas especiais. Porém, quando há duas luas cheias em um único mês, a segunda lua cheia e chamada de Lua azul, pois o seu brilho é de um azul gélido e intenso. Fazendo assim os poderes dos Vulpinos aumentarem, e sendo fácil distinguir sua aura e seu cheiro.

Sinto Por Você ISSO É Só Por Você ...Where stories live. Discover now