Duas palavras

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                                                                                 Stiles

Derek uivou com o clímax, meus próprios gritos foram abafados pelo barulho que ecoava por todo o quarto e senti meu interior se alargar mais e jatos quentes dentro de mim. O peso de Derek cai por cima de mim. Ele está imóvel e ofegante enquanto enterrou seu nariz no meu pescoço.

Não pude conter, deixei o grito de dor escapar, quando senti suas presas perfurarem meu ombro. Eu estava em êxtase, a onda de sentimentos criava uma sensação incrível em meu estômago. Senti as contrações do prazer e meus músculos comprimirem em torno do pênis de Derek. Estávamos envolvidos em um líquido quente e perolado, meu estômago e o abdômen de Derek estavam lambuzados com meu gozo.

— Meu... meu — Ele grunhiu, quase que não conseguia o ouvir, mas sentia lamber o sangue que escorria da minha marca e fungadas no local onde ele tinha me mordido.

 Passei meus dedos em volta das suas costas molhadas e enlacei seu corpo como uma âncora. Derek ainda estava enterrado profundamente dentro de mim, o que me deixava com uma sensação confortável. Eu estava cercado pelo abraço possesivo dele.

— Meu... companheiro... meu Vulpino... 

— Seu Der... e você é meu. Meu lobo — Acabei deixando o cansaço me vencer sem ao mesmo perguntar o que era Vulpino.

                                                                               ~*~*~

Tudo aconteceu mais ou menos como da primeira vez. Vi meu corpo adormecido enquanto flutuava a um metro e meio do chão. O sonho repetia. A única diferença foi que meu corpo não estava deitado na cama junto com Derek. Estava num campo, cheio de flores.

Senti uma presença e logo pude perceber o vulto do animal no meio da neblina espessa. Era a raposa de antes.

— Que lugar é este? — Perguntei em meus pensamentos.

— É o que me pergunto a todos esses anos que estive preso a você — Ele se aproximou mais e disse devagar, com certo cuidado transparente na voz. Arregalei meus olhos por ouvir uma voz ecoar em minha mente. Olho para o animal e é como se ele sentisse a minha dúvida. A voz ecoou novamente.

— Sim, a gente pode se comunicar.

— Como?... Posso falar com você? Como posso estar fora do meu corpo? — Eu agora estava falando e me aproximando do chão onde estava meu corpo.

— Desde quando você nasceu eu e você, éramos um só, e esse é o motivo da nossa comunicação psíquica. Você não sai realmente do seu corpo. A gente se encontra num espaço onde há limites entre o sonho e a realidade, onde elas se confundem e o tempo se enrola sobre si mesmo, como um novelo de lã...

— E por que não somos mais um só?

— Na noite do dia do funeral da sua mãe. Seu corpo foi marcado com um tipo de símbolo que dividiu as nossas essências em duas. Fazendo assim eu vagar por aqui e você passar a viver como um humano ordinário.

— Oi? Eu ainda estou aqui sabia? — Falei aborrecido — E por que só agora você veio se comunicar comigo?

— Infelizmente eu não sei, mas acho que tem algo a ver com a mordida de reivindicação do seu companheiro de alma. Eu nem compreendo por que estou separado de você. Isso é estranho para mim também. Eu só sei que quando nos fundirmos eu deixo de existir e você tem total controle.

— E quando isso vai acontecer? O que realmente eu sou?

— A meu caro isso será...

A mesma coisa aconteceu como as outras vezes, quando me dei por mim já estava deitado, mas não na minha cama e sim na cama de Derek.

Ele estava de costa, eu podia ouvir seu ronco que parecia ronronar e quando minha visão ficou mais focada pude ver que ele tinha uma tatuagem enorme nas costas que parecia com a marca do meu braço. Quando olhei para o braço ela não existia mais.

— Onde esta?  — Murmurei e voltei a olhar para a tatuagem do Derek, toquei o meu ombro e senti que havia um marca de dentes lá. Aproximei meu braço a Derek para tocá-lo. No mesmo momento em que eu o toquei se virou.

— Aconteceu algo? — Perguntou-me meio embriagado pelo sono.

— Não... foi nada.

Ele se aproximou mais de mim e me puxou contra seu peito.

Pude sentir a troca de calor que existia entre nossos corpos. Fiquei meio envergonhado por ainda estamos pelados. Será que foi tudo rápido demais? Será que para o Derek eu fui muito fácil? Por que eu me apaixonei tão rápido? É meio que impossível né? Porém Derek chegou com toda sua simplicidade, carisma e amor que me conquistou de uma forma inimaginável.  

— Stiles... — Chamou-me com uma voz rouca e descia seus dedos pelo meu corpo dando pequenos apertos — Você não sabe o quanto eu sonhei com esse momento. Agora vamos dormir está bem?

— Sim — Murmurei me aconchegando em seu peito e me entregando ao mundo dos sonos.

                                                                                           ~*~*~

                                                                                         Derek

Cinco da manhã, o sol havia saído no horizonte, porém ainda se encontrava tímido deixando alguns resquícios da noite fria.

Remexi sobre a cama abrindo os olhos e me deparei com o garoto dormindo tranquilamente em meu peito. Sorri ao vê-lo abraçado a mim e envolvi- o mais forte em meus braços. Sentia-me feliz, por um momento tive medo de que tudo não passasse de mais um dos meus sonhos, um doce, quente e maravilhoso sonho. Esperei um bom tempo para poder estar próximo do garoto, e tê-lo junto a mim, era magnifico.

— Bom dia — Fui tirado dos meus devaneios pelo som cavo da voz de Stiles. Não respondi, seu só dei um selinho no topo de sua cabeça.

— Isso foi bom, certo? — Perguntou-me com vergonha em seu timbre.

— Sim — Falei e apertei os braços à sua volta — Foi ótimo.

— Ainda bem... — Deixou-se envolver nos meus braços — AI MEU DEUS — Ele falou saltando da cama e me dando um grande susto.

— O que houve? — Falei atônito pelo susto vendo-o procurar o celular.

— Duas palavras... — Ele se virou para mim — MEU PAI!MEU PAI.

Sinto Por Você ISSO É Só Por Você ...Where stories live. Discover now