16 • CAPÍTULO 15 •

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CAPÍTULO 15

🦌

Ao concordar com o mais alto, pude experimentar pela primeira vez aquela espécie de teletransporte luminoso, automaticamente fazendo o meu corpo ficar estranhamente mais leve, assemelhando-se ao flutuar pelas águas.

E como sou curioso, acabei nem ao menos hesitando em segui-lo. O Deus Ebisu é uma divindade de virtudes, conhecido por sua franqueza; não há o que temer, afinal de contas.

Desejo ganhar ciência do que ele tem para me mostrar.

De um instante para outro, nos vejo diante de uma grande caverna com sua passagem bloqueada por uma pedra e um enorme Torii* vermelho em sua entrada.

Aquele parece ser um santuário ou, como dizem nas lendas antigas, seria um dos portões para o submundo ㅡ Yomi.

ㅡ Estamos na província de Izumo, Jisung, espero que não se importe em ficar um tempo longe de casa. ㅡ Bangchan diz, retirando a parte exterior do kimono de seu corpo e estendendo-a para mim. ㅡ Toma, a minha mãe não se importa com roupas, mas acredito que você vai querer se cobrir, lá dentro é bem úmido.

ㅡ Obrigado... ㅡ Agradecido, visto a peça de roupa escura, fechando-a com o auxílio da fina faixa, que antes prendia o yukata colorido da minha fantasia.

Mais confortável por estar completamente coberto, apesar do kimono negro ter ficado razoavelmente grande em meu corpo, sinto que assim fica mil vezes melhor.

ㅡ Devo lhe advertir, se oferecerem alguma comida, não aceite, ou ficará preso à Yomi, compreende? ㅡ Assentindo para si, o vejo ajustar sua própria roupa, agora sendo unicamente a parte interna de sua vestimenta, que não o deixa menos elegante, pois a parte que seu kimono cobria ainda possui o mesmo tecido fino e escuro nas últimas duas peças à mostra.

E nesta ocasião, noto também que em seus braços, visíveis pela ausência da peça emprestada, havia diversos nomes escritos em sua pele alva. Imagino que seja todos os que o Bangchan deva ser chamado por seus devotos.

Quantos nomes o Minho deve ter, afinal? Talvez não tenha tantos quanto ele, pois naquele dia pude ver apenas o Lee Minho em seu peito.

ㅡ Os nomes aparecem de acordo com a intenção do suplicante. ㅡ Diz, como se soubesse o que eu estava a pensar, no entanto, somente com a minha linha de visão já revelava tudo pairando em minha mente. ㅡ O Visha me mostrou o nome que recebeu de você, e, julgando pela região, não vai conseguir enganá-lo, Jisung, ele deve viver com uma pulga atrás da orelha só pelo local que você gerou o nome. No que você pensou, verdadeiramente?

Não foi intencional, a despeito de que aconteceu, e eu não pude controlar.

ㅡ Eu não sei como fiz, mas estar com ele pareceu ser, simplesmente, o certo.

ㅡ Você desenvolveu sentimentos por um Deus... ㅡ Consta, pondo ambas as mãos na grande pedra sobre a boca da caverna, arrastando-a com facilidade de seu lugar inicial. ㅡ E desejou não perder o contato com ele, algo assim?

ㅡ Francamente? ㅡ Bangchan anui com sua cabeça, dando-me passagem para entrar no portal do submundo. ㅡ Eu sinto que preciso dele, mas não sei o porquê.

ㅡ Talvez você saiba, apenas sente vergonha de expor. ㅡ Em minha retaguarda, sua aura de luz serve perfeitamente como lâmpada para afastar as trevas de Yomi. ㅡ Você o quer como humano, não como um Deus, não é claro?

Seu último questionamento acabou me silenciando, aturdido com seu poder de enxergar através das entrelinhas. Eu tento, constantemente, dizer para mim mesmo que o que sinto pelo Minho é apenas uma devoção semelhante ao "se eu vejo, logo acredito", pois, de fato, é real. Ou eu devo estar beirando a loucura por imaginar tantas coisas intrinsecamente concretas, numa situação que apenas eu os enxergo.

VAISRAVANA • { minsung }Onde histórias criam vida. Descubra agora