O ano é dois mil e dezenove e os Vingadores tinham acabado de dar um jeito de derrotar Thanos, o Titã cujo plano era reunir todas as Jóias do Infinito e acabar com metade da população do universo, impedindo assim, que ele executasse sua vontade.
Ao...
⚠️ Atenção: Capítulo contendo gatilhos! Leiam com cuidado! ⚠️
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Era uma vista bonita, até. Os prédios de Nova York se elevavam aos céus à distância enquanto as lápides do cemitério de Nova York tomavam o primeiro plano da visão de Bucky Barnes. Sentado na grama, na frente da lápide da família, Bucky mexia em sua dog tag.
Sentia falta dos seus pais. Da sua irmã. E sinceramente, queria estar lá, com eles, deitado dentro de um caixão, enterrado sob sete palmos. Lembranças de uma infância feliz, quando os quatro ainda estavam juntos e Bucky nunca sequer pensou em passar por metade do que passou, invadiam a cabeça dele.
Talvez, a dor de perder alguém nunca passasse, não importa há quantos anos tinha acontecido. Se ele fechasse os olhos, ainda conseguia sentir o peito doer como no dia em que perdeu seu pai e como no dia em que perdeu sua mãe.
Rebecca era um caso à parte. Ele só descobriu que a irmã tinha morrido quando voltou a viver uma vida normal e foi procurar por ela. Não havia muitas informações, mas ele sabia que ela tinha partido por conta de uma pneumonia, cerca de cinco anos após sua "própria morte".
Foi inevitável, naquele momento, não pensar em como deveriam ter sido aqueles anos em que ela passou sozinha. Bucky se lembrava dela ter uma melhor amiga: Stacy. E se perguntou se, por acaso, as duas ficaram juntas ou se Stacy e ela tinham terminado a amizade. Ele também não sabia.
Mas sabia que Stacy morreu quase um ano depois de Becca, por câncer. Era um destino trágico e quase cômico: Duas melhores amigas morrendo juntas, com pouquíssimo intervalo de tempo. Foi basicamente, o que aconteceu com ele e Steve, com a diferença que os dois não haviam morrido de verdade.
Céus, naquele momento, como Bucky desejava que sua irmãzinha não tivesse morrido de verdade também… Ou seus pais.
Olhando de novo para os prédios que contrastavam com a morada dos mortos, Bucky deixou a brisa matutina beijar sua pele, suavemente. Tinha recém cortado os cabelos e por isso, ainda sentia um pouco de frio quando algo assim acontecia.
Se aconchegando mais contra o casaco, Bucky puxou o matinho que crescia na lápide, bem ao lado do nome da sua mãe. Então, ele voltou a se sentar e pegou o celular, vendo as últimas mensagens de Steve.
Não falou onde estava, mas garantiu que já estava chegando. Afinal, não queria deixar Steve preocupado com ele ou a possibilidade de estar pensando em suicídio, por mais que fosse aquilo que estivesse em sua cabeça.
Bucky se perguntava se, ao invés de ir fazer terapia, se apresentar à justiça e recomeçar a vida do zero agora que era um homem livre, não era mais fácil e melhor acabar logo com tudo para poder se juntar à sua família?
