- Eu juro.

Ela olhou nos olhos de Scarllet, que depois de analisar sua feição por alguns segundos, teve certeza de que ela dizia a verdade. Antes que pudesse dizer algo aos garotos, Minho a agarrou pelas costas da blusa, a levantando e mantendo-a em uma certa distância de Scarllet.

- Então vamos levar a boa moça aqui conosco como refém. Vamos logo.

- Brenda precisa nos guiar. - disse Thomas, fazendo-o parar. - Ela conhece os caminhos por aqui. Depois vamos eu, você e sua nova amiga. Newt, Nick e Scarllet seguem na retaguarda.

Brenda se apressou em ficar ao lado de Thomas.

- Ainda não ouço ninguém vindo, mas não podemos demorar mais. Vamos.

Atingiram o fim do primeiro corredor e entraram à direita, sem parar. O novo caminho parecia exatamente igual ao último, uma viela de cor bege se entendendo diante deles por pelo menos quinze metros, antes de terminar em um conjunto de portas duplas. Ao se aproximarem do conjunto de portas duplas, Scarllet tirou do bolso o cartão chave do Homem Rato e se espremeu entre os garotos para chegar em frente a porta.

A refém gritou para ela:

- Eu não faria isso! Aposto que há umas duzentas armas do outro lado, só aguardando para queima-los vivos.

Algo em sue tom de voz denotava um traço de desespero que criou um grande vão de descrença em Scarllet. Teve a sensação que do outro lado da porta não houvesse ninguém para conte-los. Teria o CRUEL se tornado excessivamente confiante, relaxando a segurança?

Scarllet deu de ombros, esticando o cartão chave e o passando em frente a fechadura para que a porta se abrisse. Mesmo se duzentas armas os esperassem do outro lado, eles não atirariam. Ela tinha certeza de que não arriscariam a vida dos dois possíveis favoritos, que seriam ela e Thomas. Afinal, se não fossem os prediletos a cura, por que o CRUEL se preocuparia tanto em mudar as Variáveis para eles?

Ela tocou a maçaneta quando a porta seguiu fazendo os três bipes que indicavam que ela havia sido aberta. Olhou para os garotos, que firmaram os Lança Granadas nas mãos e se prepararam para um possível confronto. Todos se posicionaram. Brenda a esquerda, Newt, à direita. Thomas se agachou, Minho apoiou-se no ombro do amigo. Nick passou a vigiar as costas sozinho e Scarllet pôs-se a frente de todos, pronta para abrir a porta e avançar para dentro do quarto, chamando a atenção dos guardas para que os amigos pudessem ter tempo de analisar a situação. Deu uma última olhada neles, se certificando de que todos estavam prontos.

- Vou contar até três. - ela avisou para os amigos e virou-se para a refém. - Se tentar fugir, garanto que um de nós vai pega-la. Um... dois...

Antes que pudesse falar o último número, um alarme soou, e as luzes se apagaram.

- A mulher fugiu! - gritou Minho - Não consigo encontrá-la!

Assim que proferiu a última palavra, um som de disparo entrecortou os lamentos do alarme, seguido do ruído de uma granada explodindo contra o chão. As faíscas de eletricidade iluminaram o lugar; Scarllet entreviu uma figura furtiva seguindo corredor abaixo e, pouco a pouco, desaparecendo na escuridão.

- Culpa minha. - resmungou Minho, mas mal conseguiam ouvi-lo.

- Todos de volta à posição! Prestem atenção ao local onde as portas se abrem. Vou usar o cartão chave de novo. Preparem-se!

Os três bipes da porta soaram novamente e com um chute, Scarllet as abriu para dentro da sala.

- Comecem a atirar! - gritou Minho.

Alguns segundo se passavam entre os tiros, mas estes logo criaram uma exibição ofuscante de luz e explosões. Não havia nenhum sinal de pessoas em parte alguma, nem resposta aos disparos. Scarllet abaixou a arma ao seu lado.

A Primeira - Maze RunnerWhere stories live. Discover now