89 - vida.

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"Lady, running down to the riptide
Taken away to the dark side
I wanna be your left hand man
I love you when you're singing that song
And I got a lump in my throat
'Cause you're gonna sing the words wrong"

"Senhorita, descendo correnteza abaixo
Sendo arrastado para o lado escuro
Eu quero ser alguém com quem você possa contar
Eu te amo quando você está cantando essa música
E eu tenho um nó na garganta porque
Você vai cantar as palavras errado"

"Senhorita, descendo correnteza abaixoSendo arrastado para o lado escuroEu quero ser alguém com quem você possa contarEu te amo quando você está cantando essa música E eu tenho um nó na garganta porqueVocê vai cantar as palavras errado"

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Eu conseguia ver todas as cores do arco-íris na luz branca, e, na pontinha do espectro, eu podia ver uma oitava cor que eu não conseguia identificar.

Atrás da luz, eu conseguia distinguir cada textura no teto de madeira escuro acima. Na frente dele, eu podia ver as partículas de poeira no ar, os lados que a luz tocava, e os lados escuros, distinta e separadamente. Eles giravam como pequenos planetas, se movendo ao redor uns dos outros numa dança celestial.

Eu tentei respirar fundo para me acostumar com aquela sensação, mas no mesmo instante senti um fluxo estranho nos meus pulmões. Eu não precisava do ar, mas gostava dele. O cheiro do ar fez minha garganta ficar seca, um pouco do veneno se queimou.

A televisão lá embaixo foi colocada no mudo, e eu ouvi alguém sair rapidamente de seu cômodo, subindo passos desajeitados no local.

Eu não tinha me dado conta de que alguém estava segurando minha mão até que a pessoa apertou-a levemente. Esse não era o toque que eu esperava. A pele era perfeitamente suave, mas tinha a temperatura errada. Não era fria.

A sensação de estar perto de algum desconhecido me chocou e me assustou. Meus músculos se contraíram e se arquearam, se contorcendo para longe do desconhecido. Eu corri tão rápido que as coisas no quarto ao meu redor passaram a ser apenas borrões.

Quarto. Eu conhecia esse quarto.

Então, quando eu me encontrei defensivamente encurvada perto da parede, cerca de um sexto de segundo depois, eu já tinha entendido o que tinha me assustado, e me dei conta que minha reação foi exagerada.

- Harley... - Jasper se inclinou poucos graus para mim, as mãos dele estavam erguidas em minha direção, sua expressão ansiosa.

O rosto de Jasper tomou conta de toda minha visão periférica. Seu rosto era ainda mais belo do que eu havia visto.

Quantas vezes eu olhei para Jasper e fiquei maravilhada com sua beleza? Quantas horas, dias, semanas da minha vida foram gastas sonhando com o que eu havia imaginado ser a perfeição?

Eu pensei que conhecia o rosto dele melhor do que o meu próprio. Eu pensei que essa era a única coisa física e garantida no mundo: a perfeição do rosto de Jasper.

Eu devia estar cega.

Pela primeira vez, sem as leves sombras e fraquezas que limitavam meus olhos humanos, eu vi o rosto dele. Eu fiquei sem ar e lutei com o meu vocabulário, incapaz de encontrar as palavras corretas. Eu precisava encontrar palavras melhores.

We'll be the stars • Jasper Hale • [Concluída]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora