{23} Os Cullens

1.3K 116 12
                                    

Uma pílula azul, e mais uma nova vermelha.

Minha tia antes de ir embora me deixou uma caixa das minhas antigas pílulas da cor azul, uma cinta modeladora a qual eu fui obrigada a dormir e teria que ficar com ela sempre que estivesse em casa, só tiraria quando fosse sair de casa ou quando estivesse muito incomodada e uma nova caixa com pílulas vermelhas que tinham a mesma função das minhas antigas pílulas roxas só que mais fortes.

Olhei minha nova face no espelho e chorei novamente e tirei a cinta, tomei um banho rápido, já no closet vesti uma regata off white em seda, alça fina e delicada, modelagem levemente soltinha e forrada com o próprio tecido crepe de chine em seda, leve e fluida e uma calça , em lã fria, cós com pregas rebatidas, modelagem de coxa mais soltinha e barra mais afunilada. Passei a chapinha no cabelo e fui para o quarto e calcei minha bota de cano curto de couro Saffiano da Prada.

Estava me arrumando assim tudo por nada, eu apenas iria tirar foto. Abri a janela e me sentei e comecei a ler alguns capítulos da fanfic " Entre amor e ódio", coloquei meus fones e dei play na música Disturbia da Rihanna no volume máximo.

— O que está lendo ursinha? — Tirou o fone do meu ouvido e eu caí da cama

— Um livro — Respondi ainda no chão.

Me levantei, tirei o cabelo dos meus olhos e boca e me joguei no colo dele.

— Estava chorando? Seus olhos estão diferentes

Ele perguntou e eu o ignorei fazendo outra pergunta

— Vai mesmo ignorar meu cabelo horroroso?

Ele me olhou e falou — Seu cabelo não está horroroso... está diferente, mas você fica linda de qualquer jeito, careca, ruiva, com o rosto deformato...

Eu o interrompi com um beijo

— O que você vai fazer hoje? — ele sondou

— Acho que vou tirar algumas fotos até mais tarde e depois ficar em casa o resto da noite.

— O que acha de conhecer minha família?

Eu perdi um pedaço da minha visão e engoli seco

— Tudo bem, Edward e a Bella vão?

Ele concordou

[...]

Nós passamos sobre a ponta do rio Calawah, pegando a estrada que ia para o norte, as casas passando por nós, estavam ficando maiores. Então passamos por outras casas coladas umas nas outras, dirigindo na direção da vasta floresta. Eu estava pensando se seria melhor perguntar ou ser paciente quando ele virou numa estrada sem pavimento. Não havia sinalização, ela era praticamente invisível entre as árvores. A floresta se estendia pelos dois lados, deixando a estrada à frente visível discernível apenas por causa de umas curvas em formato de serpente, ao redor das árvores antigas.

— Você está apostando corrida com Edward? — Perguntei e ele concordou

E então, alguns quilômetros mais à frente, havia algo brilhando por entre as árvores, e então de repente apareceu uma pequena clareira, ou será que era um quintal? O brilho da floresta, no entanto, não desapareceu, pois havia seis árvores enormes que circundam o lugar em todas as suas arestas. As sombras mantinham suas sombras seguras sobre as paredes da casa que se erguia por entre elas, tornando obsoletas as minhas primeiras explicações. Eu evitei com todas as minhas forças não tocar no nome da família Cullen, eu não estava preparada para visitar a família, sim visitar pois já conhecia toda a família.

A casa era antiga, graciosa, e tinha provavelmente uns duzentos anos. Era pintada de um branco suave, fraquinho, tinha três andares, era retangular e bem proporcionada. As janelas e portas faziam parte da estrutura original ou de uma restauração muito bem feita.

𝗔𝗧𝗘𝗡𝗔, twilight ( ✔ )Onde as histórias ganham vida. Descobre agora