007

16.9K 1.6K 93
                                    

CAPÍTULO SETE:

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

CAPÍTULO SETE:
.✦
Sinto sua falta.

Quando você se torna um Volturi, não há espaços para sentimentalismos

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Quando você se torna um Volturi, não há espaços para sentimentalismos. Você segue ordens, as leis fielmente ─ ou ao menos finge que sim ─ e se torna a versão mais cruel, fria e calculista de si que consegue. É assim que se chega longe por aqui.

Empatia? Amor? Ser um Volturi não lhe permite demonstrar este tipo de sentimentos. Eu soube, no momento em que olhei para o sorriso falso estampado nos lábios de Aro Volturi e encarei seus olhos frivolos pela primeira vez que, ele nos salvaria, mas ainda sim, seria nossa ruína.

Quando nos transformamos, nossas memórias como humanos se tornam nebulosas e distantes, mas eu ainda me recordo da sensação libertadora que era amar e demonstrar isso sem receios. Não ouso dizer que sei o que é amar alguém em questões românticas, mas sei que sempre fiz e ainda faço de tudo por meus irmãos, mesmo entendendo que nenhum de nós somos mais os mesmos, afinal, já se passaram muitos séculos desde que perdemos nossa humanidade.

Com o tempo, tudo se torna monótono. As coisas simples acham perdendo seu valor e nós paramos de nos importar e sentir coisas relevantes. Dediquei todos os meus séculos de existência a guarda Volturi e aos meus irmãos, e sendo bem honesta, eu nunca havia contestado a decisão que tomei ao aceitar a oferta de Aro.

Até aqui.
Até agora.
Até por os meus olhos no Cullen.

Até descobrir que eu poderia voltar a sentir algo que me lembrasse de como é estar viva.

─ Você tem andado aérea nas últimas semanas.

A voz de Demetri me puxa de volta para a realidade. Olho para o meu lado direito e encontro as orbes escarlates do Volturi que me encarava, parecendo avaliar minha reação.

─ E você tem reparado bastante em mim nas últimas semanas, uh?

Rebato voltando a encarar o livro em minhas mãos. Demetri puxa a cadeira ao meu lado e se senta próximo a mim. Suspiro, deixando claro minha inquietação com sua presença alí.

─ Inicialmente, decidi ficar aqui na biblioteca por ela estar vazia. ─ Volto a encará-lo. ─ Deseja alguma coisa? Sei que não faz o tipo leitor.

─ Sabe o que desejo. ─ Seus olhos estão fixos nos meus e seu olhar é intenso. ─ Sinto sua falta.

Ele admite. O que me deixa um tanto surpresa. Demetri e eu temos uma relação... Bom, eu não sei se chamaria isso de relação, mas nunca tivemos algo sério. Apenas algumas noites em comum, as vezes dias. A verdade é que eu não tinha muito o que fazer por aqui durante o último milênio, então por que não me distrair?

Nunca falamos sobre sentimentos. Passávamos meses, ou até mesmos anos sem nos relacionar e estava tudo bem. Nenhum de nós sentia falta um do outro até nos encontrarmos de novo.

E por mim estava tudo ótimo.

─ Essa sim é nova.

Murmuro após alguns segundos de silêncio. Minha voz não transmitia nada, apesar de ter me surpreendido com a informação.

─ Você não sente?

Demetri questiona diminuindo a distância que nos separa. Agora, a centímetros do meu rosto, seu olhar paira entre meus olhos e meus lábios.

─ Não estou no clima hoje, Demetri.

Digo apenas, me afastando.
Ele parece frustrado ao voltar a sua posição inicial. Desvia seu olhar. Seus olhos vagam por todos os cantos da biblioteca até que pousam sobre mim novamente. Ele me olha como se pudesse me ler, e isso me incomoda.

─ Isso tem algo haver com os Cullen, certo? ─ Ele indaga e eu me questiono se foi tão óbvio assim o que aconteceu entre mim e o loiro de outrora. ─ Percebi como aquele Cullen te encarava. E você, mesmo que tentasse disfarçar, não estava muito indiferente.

─ Não faço idéia do que está se referindo, Demetri. ─ Digo sem passar qualquer tipo de emoção em minha voz. ─ De qualquer forma, nada disso lhe diz respeito.

Digo me levantando e trazendo o livro que lia comigo.

─ Agora se me der licença, Bree e eu temos um treino pendente.

Não espero uma resposta do vampiro, apenas me viro e me dirijo até a saída.

A verdade é que desde que voltamos daquela missão, tenho evitado pensar muito sobre o fato de que, querendo ou não, agora eu tenho um companheiro e que mais cedo ou mais tarde, eu terei que enfrentá-lo.

É claro que outro motivo pelo qual eu evito pensar sobre o assunto é imaginar os vários porquês dele não ter me procurado nas últimas semanas.

Talvez ele não queira uma companheira?

Por que, por mais que eu me ocupe para não pensar nesse assunto, ele sempre volta a minha mente. Martelando, e me lembrando que não posso fugir do que o destino tem reservado para mim.

 Martelando, e me lembrando que não posso fugir do que o destino tem reservado para mim

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
VOLTURI, Jasper Hale ✓Where stories live. Discover now