22. A Assombração.

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A palestra foi incrível.

Jesse é estranhamente uma pessoa de pessoas.

Aprendi que o nome da empresa foi dada em homenagem a mãe dele, Elizabeth Osborn (Osborn Enterprise Inc.) que morreu de cancro do pâncreas quando ele era miúdo. Ele veio de um lar sem muitas condições, então era um menino limitado financeiramente e sempre sonhou em oferecer algo a mãe, como nunca teve a chance de o fazer enquanto viva, ele fez algo agora.

Ele partilhou alguns conselhos para chegar ao topo e não é segredo para ninguém: muita cafeína, marijuana, nunca desistir, não queimar as pontes que te levam a chegar num certo ponto e trabalhar pelo dinheiro e pelo teu sonho. Vida social pode vir depois. Aceitar críticas construtivas, não deixar ninguém deixar-te dizer o contrário do que acreditas.

Está bem, acho que era um segredo para algum de nós....a parte da marijuana pelo menos.

Jesse saiu a ser mais adorado do que odiado. Pelo menos pela maioria dos estudantes.

Quando voltamos a entrar no carro, ele não disse nada, simplesmente pegou no telemóvel dele e mexeu-o e eu sabia que não podia falar nada mas eu tinha mesmo que congratular-lhe.

- Jesse tu foste incrível. - eu disse antes dele ligar o carro.
- Eu sei. - ele disse com os olhos na tela.
- Jesse... -  tirei um sorriso incontrolável - Tu foste incrível. A sério.

Os olhos dele encontraram os meus, depois de alguns segundos a olhar, ele tirou um pequeno sorriso.

Estou tão orgulhosa de ti amor.

Ouvi a mesma voz que tentava acordar-me quando eu estava na relva da mansão. Era a minha voz mas mais firme.

Porra.

Assustei e deixei o susto atravessar a minha expressão facial.

- O que se passa? - Jesse arqueou a sobrancelha
- Não ouviste?
- Ouvir o quê? - ele franziu a testa.

Oh Céus.

Minha subconsciência está muito a vontade.

Cala boca Madelyn.

- Cala tu. - falei com fúria.
- Hã?
- Nada. Desculpa.
- Madelyn, tu és muito estranha.

A quem o dizes?

- Ugh...Desculpa...Desculpa. - coloquei a mão na cara e depois timidamente olhei para um Jesse confuso. - Jesse dás-me o prazer de pagar-te donuts para melhor congratular-te?
- Errr...claro. - ele disse antes de ligar o carro. - Mas não vamos poder ficar por lá, eu tenho que ir buscar algo no meu apartamento.
- Tens um apartamento, para além da mansão?

Ele assentiu.

Depois conduziu até um local de donuts chamado Gotham Doughnuts que segundo a mídia, os melhores donuts da cidade, vivem aqui.

Saí do carro para comprar os donuts, onde pedi que num deles, estivesse escrito "congrats". A mulher que me servia, trabalhou consoante a pressa do Jesse de ir ao apartamento, ela foi rápida, como se soubesse que eu estivesse com pressa.

Voltei para o carro e sentei-me sem entregar-lhe o que lhe pertencia ainda. Jesse conduziu até uma rua vazia, que tinha muitos prédios, depois entrou num parque de estacionamento de um dos arranhas-céus, passou um cartão que havia tirado do porta-luvas e a porta para o local de estacionamento abriu-se.

Ele abriu a porta do carro, saiu e mandou-me vir com ele.

Peguei na caixa de donuts e fui atrás dele.

Hostage (A Refém)Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin