3. A hospedagem.

692 80 19
                                    

Quando cheguei a casa, instrui aos meus seguranças que um carro haveria de vir e eles teriam de abrir a porta porque estão a vir para mim, depois fui até ao meu quarto e arrumei a minha roupa numa mala, peguei no meu laptop e nas minhas ferramentas de trabalho e esperei ansiosa pela buzina vindo do outro lado do portão da minha casa.

Wesley não para de dar-me motivos para eu me afastar dele, não me resta nada, eu não tenho nem respeito por ele nem pelas coisas que faz. Ele pensa no agora e não no longo prazo, ele pensa nele e como as coisas lhe fazem sentir no momento, nunca nas consequências, nem no...está mais que claro que ele só olhanpor ele e só ele.

Mas devo confessar que vai ser bom ficar longe do cú narcisista dele por algum tempo sem ter de dar-lhe nenhuma satisfação. Apesar de estar sobre o controle de outros, terei um pouco de mais tempo para pensar nas minhas coisas e lembrar-me de como é viver sem o ter de preocupar com as horas porque o Wesley não gosta quando chego depois dele ou que não posso fazer uma certa coisa porque vai irritá-lo.

O carro chegou três horas depois assim como o Jesse havia dito.  Um dos meus seguranças pegou nas minhas coisas e levou-as para o carro que estava em frente ao nosso portão. No entanto o motorista do carro foi quem recebeu e colocou-as na bagageira.

- Senhora Madelyn? - o motorista disse enquanto abria a porta do banco de trás para mim.
- Olá.
- Eu sou o Isaiah e vou dar-lhe assistência enquanto estiver hospedada na casa do Senhor King.
- Ca...casa? Eu pensei que fosse a um hotel!
- Nada disso. O seu quarto já está pronto para si.

Virei-me para o Shane e disse-lhe que eu estaria de viagem por um tempo indeterminado mas que ele não precisava se preocupar. Entrei no carro e a minha viagem para a casa do Jesse começou.

Isaiah parecia ser um bom homem, provavelmente deve ser pago para isso e para não opinar, porque parece ser um homem de muitas poucas palavras. Honestamente eu não sabia onde é que estava a me meter, eu simplesmente estava a tentar controlar a minha respiração como faço sempre que estou numa situação que deixam os meus pés frios.

Durante o caminho, Isaiah contava-me um pouco mais sobre si, na busca de tentar fazer com que eu ficasse um pouco mais à vontade. E devo confessar que não estava a resultar, eu tinha a perna a abanar de nervos e não parava de pensar que talvez isto fosse um verdadeiro embuste, que no fim algo muito mau vai acontecer comigo por causa dos  possíveis problemas que o Wes pode ter causado.

No entanto foi possível perceber algumas coisas sobre ele, como o facto dele ter uma mulher que ama e dois adolescentes que não estudam cá em Nova Iorque, não ouvi muito bem quando ele disse o onde porque os nervos voltaram a tomar conta de mim.

Chegados à casa do Jesse que afinal de contas era uma mansão, era um terreno com três casas, o carro ainda não havia estacionado, então era como se eu estivesse ainda a dar um passeio, consegui ver uma piscina que brilhava por causa da reflexão do sol na água, um jogo de xadrez gigante, vi dois cães a passearem pelo jardim, diferentes carros estacionados e por fim a minha visita terminou quando o Isaiah parou ao lado de outros carros como este que ele conduzia.

Ele abriu a porta e ajudou-me a sair, depois tirou as minhas malas da bagageira e pediu-me para segui-lo. Haviam muitos homens a circular pela mansão, tipicamente vestidos como seguranças que só se encontram nos filmes, fatos pretos, óculos escuros e um fone de ouvido.

Isaiah cumprimentou algum deles e continuou a andar em direção a uma das casas. Assim que entramos pelo que parecia a porta principal, fui recebida com uma faca que foi atirada diretamente para mim mas o Isaiah foi  supernaturalmente rápido o suficiente para pegar nela. Digo isso porque ele deixou-me entrar primeiro e eu estava tão concentrada em olhar para a decoração da casa que não vi que alguém estava a tentar matar-me. Literalmente.

Hostage (A Refém)Where stories live. Discover now