27. (-você) + eu = -2 problemas

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(n/a: capítulo sem revisão)


"hey, pombinhos. eu já disse que quero a porta aberta quando o soobin estiver aqui", a voz do pai do beomgyu perpassa a porta fechada e o clima se esvai, evapora no ar como fumaça. a atmosfera do cômodo teria mudado totalmente de um vermelho quente para um azul gelado, caso o clima fosse visível a olho nu.

a mão de soobin, que a essa altura já estava por sob o tecido felpudo do roupão, deslizando vagarosamente pela pele macia do namorado, a caminho do paraíso, para um pouco depois de passar pelo umbigo. e os lábios que beijavam delicadamente o pescoço, levando o mais novo para tão longe ao ponto de o fazer esquecer de aonde estão, cessa e se afasta.

beomgyu precisa controlar-se e se recompor antes de responder: "ok, pai. agora sai dai e para de tentar ouvir o que a gente está fazendo", enquanto sente o rosto quente, mas por outro motivo dessa vez. e não um bom.

porra! beomgyu está sedento por seu namorado há meses. ele sente falta dos toques e dos beijos de soobin, sente falta dele por inteiro, de tudo, por completo. e nesta situação tem muitas coisas difíceis com as quais lidar, mas a maior delas no momento é, sem sombra de dúvida, ter que se afastar.

a outra — dificuldade — é, obviamente, tentar mostrar maturidade para o namorado universitário quando nem mesmo se pode ter um momento a sós com ele. eles namoram há quase 3 anos e este relacionamento não é mais novidade para ninguém. nem mesmo para os seus pais.

"eu não estou tentando ouvir o que vocês estão fazendo", se defende.

"pai!", beomgyu o repreende, como se o pai fosse a criança arteira tentando espionar os adultos. está duplamente envergonhado pela situação estranha, além de estar excitado, triste e confuso pra caralho.

faz meses que não conseguem ter um momento de casal adequado e quando finalmente se reencontram... tem um pai atrás da porta acabando com o momento que deveria ser destinado a selar a paz e a harmonia na relação — caso a situação tivesse sido apenas uma simples pós briga.

beomgyu queria usar soobin como o entorpecente momentâneo para tudo de ruim que está sentindo internamente. está confuso; previamente ferido pelas terríveis consequências que os seus atos impensados causarão a alguém que ama e essa bagunça toda, essa confusão de merda, só poderia ser abafada pelo desejo. não que o desejo seja a calmaria necessária, claro que não. essa vontade é apenas mais forte do que todo resto e se sobressairia. e, sinceramente, se é para estar uma bagunça, então beomgyu prefere que seja de desejo, de calor, de tensão sexual e muito tesão. não é pedir demais, é?

envergonhado e frustrado, beomgyu murmura: "desculpa", enquanto se afasta contra gosto.

"você não tem que se desculpar. eu entendo", e soobin é apenas compreensivo e paciente, como sempre foi. mesmo que talvez, assim como beomgyu, esteja morrendo de saudades.

olhar para ele é uma tortura. o olhar é um contraste atraente entre compreensão, amor, carinho e luxúria. os lábios de soobin ainda estão deliciosamente rubros, porque beomgyu implicou muita vontade no beijo e ainda não chegou nem perto de ser o suficiente. por quê infernos choi soobin tem que ser tão fodidamente bonito? ele só está usando a droga de uma camisa de mangas cumpridas na cor preta e uma calça de moletom cinza, não é nada demais, mas está lindo. e os cabelos castanhos, talvez um pouco maior do que o usual e um tanto quanto desgrenhados, caem sobre a testa e quase cobrem os olhos. os belos olhos pelos quais beomgyu é fodidamente apaixonado. e é frustrante não poder mergulhar naquelas imensidões castanhas enquanto é entorpecido pelo... desejo. merda! é infinitamente melhor fazer amor do que ter apenas uma noite de sexo com um... alguém. um alguém que não é apenas um alguém qualquer, mas que, ainda assim, é só um alguém.

해야해 (heyahe)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt