Capítulo 165: A guerra: Dulce et Decorum est

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Sirius não falou de novo. No começo, Remus tentou ser compreensivo e fez tudo o que pôde pensar. Ele se levantou, fez chá e ofereceu uísque, mas Sirius balançou a cabeça.

Ele tentou falar com ele, mas Sirius apenas encarava o artigo.

"Há algo que você precisa? Eu pego qualquer coisa para você, basta dizer...?"

Nada. Sirius apenas piscou e começou a reler do início. Havia uma fotografia de uma casa alta com terraço em uma parte chique de Londres, mas Remus não conseguia ver muito mais, e Sirius estava segurando o jornal com tanta força que seus nós dos dedos ficaram brancos.

Foi assustador. Remus ficou ao lado dele, estendeu a mão e tocou seu ombro, que estava rígido como o de uma estátua. Sirius mal reagiu. Remus saiu do quarto.

Ele foi até a porta da frente, onde suas duas jaquetas estavam penduradas, uma macia e marrom, a outra de couro preto cravejado de prata. Ele enfiou a mão no bolso da jaqueta de couro e puxou o espelho compacto de prata de dentro. Ele abriu.

"Prongs?! Prongs! "

O rosto de James apareceu, olhos escuros e preocupados.

"Moony?"

"É Sirius - algo acon--"

"Eu sei", James o interrompeu, "Acabei de ver o jornal. Chego aí em dois minutos. "

Ele desapareceu, e o espelho apenas mostrou o rosto angustiado de Remus. Ainda sim, isso era um alívio. James saberia exatamente o que fazer.

Remus se odiava por pensar isso, mas uma coisa continuava retumbando em sua mente como uma buzina; foram lobisomens? Foi Greyback? Ele precisava ler o artigo, precisava descobrir o máximo possível.

A lareira de repente brilhou em verde, e James entrou, olhando ao redor. Ele olhou para Remus.

"Quarto." Disse Remus. James acenou com a cabeça e entrou no cômodo sem dizer uma palavra.

Remus fechou os olhos, respirando profundamente. Ele poderia fazer mais chá. Realmente queria uma bebida adequada, mas ainda era de manhã cedo, e se Sirius não queria, ficaria muito feio se Remus começasse a beber gim sozinho. Merda. Sirius fora tão bom quando Hope morreu - como?! Na época, Remus não deu o devido valor, e agora ele não conseguia pensar em uma única coisa útil para falar ou fazer.

Regulus estava morto. O irmão de Sirius estava morto.

Remus voltou para o quarto. James estava sentado na cama, um braço em volta de Sirius, falando em seu ouvido muito baixo. Sirius parecia estar apenas ouvindo metade enquanto olhava para o nada. Por fim, o papel havia caído e estava no chão, meio embaixo da cama.

"Ele fez sua escolha há muito tempo", James estava dizendo, "Você não deve se culpar, não deve deixar isso..."

"Não diz o que aconteceu." Sirius disse, finalmente falando, sua voz mais grave do que o normal, "Alguém sabe? Seu pai ou Moody? Houve um ataque ontem à noite, ou...? "

James balançou a cabeça, o braço ainda em volta de Sirius.

"Não, nada que sugira... mas é claro, podemos ter perdido alguma coisa. Há evidências de que ele - que Voldemort está matando Comensais da Morte. Para hm. Para mantê-los na linha. Alguns deles estão com dúvidas, você sabe. "

Remus se lembrou do sinistro dever dos lobisomens. Talvez Greyback não tenha sido uma ameaça o suficiente para algumas das antigas famílias. Voldemort teve que dar um exemplo. Isso fazia algum sentido. Aparentemente, para Sirius também. Seus olhos focalizaram, estreitando-se. Ele fungou, embora não tivesse derramado uma lágrima, e endireitou as costas, se soltando do braço de James.

All  the Young Dudes [Livro 3]Where stories live. Discover now