Capítulo 156: A guerra: Quartel General dos Aurores

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Segunda-feira, 8 de janeiro de 1979


"Por favor, me deixe ir com você?" Foi a última coisa que Sirius disse enquanto Remus saía do apartamento na manhã de segunda-feira.

"Eu vou ficar bem." Remus balançou a cabeça, tentando dar a Sirius um sorriso tranquilizador. Ele não disse o que estava pensando, que era 'o que isso pareceria?!'. Já era ruim o suficiente ele ter sido convocado para o escritório oficial de Moody no ministério; o que ele pensaria se Remus trouxesse seu namorado junto para apoio moral?

Ainda assim, Remus teve que admitir que teve dificuldade em deixar seu apartamento pequeno e aconchegante naquela manhã. Ele mal havia saído do quarto desde que voltaram do funeral, muito menos se vestido ou saído de casa. Para ir para o ministério, teve de usar vestes completas pela primeira vez desde a escola, o que ajudou um pouco - pelo menos ele seria capaz de se misturar.

A entrada de visitantes para o Ministério da Magia ficava a cerca de vinte minutos a pé do Soho, e Remus achou o passeio matinal mais agradável do que esperava. Era um dia nítido e frio de janeiro, e sua respiração ficava branca com o ar de inverno. Peter estava lá para encontrá-lo.

"Oi, Moony," Wormtail sorriu para ele, dando-lhe um tapinha estranho no braço, "Como você está?"

"Ah, você sabe." Remus encolheu os ombros. Luto era uma coisa engraçada. Ele nunca sabia se estava fazendo certo.

"Estou ansioso pelo sábado!"

"Sim, eu também."

A lua cheia estava prevista para o dia treze. Até agora, desde Hogwarts, os marotos tinham conseguido se juntar, aparatando (Peter acompanhando um deles) para os lugares mais remotos possíveis e se transformando lá. Já tinham estado em Brecon Beacons, Outer Hebrides, Dartmoor e Forest of Dean. Ninguém na Ordem havia tocado no assunto ainda, embora Remus supusesse que todos presumiam que ele fosse registrado.

Peter e Remus entraram no ministério por meio de uma cabine telefônica. Peter precisava estar lá, porque depois que Remus declarou o que queria, um pequeno crachá de visitante de prata caiu da abertura de depósito do telefone. Wormtail o pegou rapidamente e murmurou o encantamento para transformá-lo em lata antes de dá-lo a Remus.

Eles desceram para o átrio do ministério, que fervilhava de atividade. Era um salão enorme, maior do que Gringotes, com fileiras de lareiras revestindo as paredes. Luzes verdes piscavam intermitentemente em cada uma delas enquanto bruxos e bruxas chegavam para trabalhar.

Peter conduziu Remus através do posto de segurança, onde sua varinha foi pesada por um bruxo de barba longa com cara malvada. Remus estava incrivelmente grato por ter um amigo com ele, e secretamente muito feliz por ser o calmo e genial Peter, ao invés de Sirius, que tinha uma tendência a ser um pouco superprotetor consigo quando se tratava da comunidade bruxa.

Em seguida, os dois foram para outro corredor com um conjunto de elevadores e entraram no mais próximo.

"Estamos no nível dois," Peter explicou alegremente, "Eu trabalho no escritório de Autoridade da Rede de Flu no nível quatro. Você precisa que eu mostre onde fica o escritório dos Aurores? "

Remus achou que gostaria da ajuda de Peter, se pelo menos ele não estivesse gostando tanto de ser aquele que estivesse no controle da situação.

"Não," ele sorriu, "Eu consigo. Obrigado, cara. "

Peter deu-lhe um sorriso amável ao sair do elevador. Remus acenou de volta, e a porta se fechou.

Logo o alto-falante anunciou "Nível dois, Departamento de Execução das Leis da Magia; incluindo o Escritório do uso impróprio de magia, Escritório dos Aurores e Serviços administrativos do Wizengamot."

All  the Young Dudes [Livro 3]Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt