52 - Trégua?

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HELLO HELLO HELLO! Como vocês estão?

Ignorem qualquer erro, não tive tempo de corrigir.

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POV Toni Topaz

- E-eu não sei se consigo te chamar de “pai” – Disse desajeitada passando a ponta do meu indicador na borda da caneca a minha frente. Abaixei o olhar e me lembrei de quantas vezes chamei Hal de pai apenas por obrigação.

- Eu sei que isso vai acontecer naturalmente, Toni. – Disse o homem com um sorriso nos lábios me confortando.

- Escuta... – Disse e respirei fundo – Você já sentiu como se estivesse fazendo o certo, mas o seu certo não é o padrão de certo? – Disse rápido e gesticulando com as mãos. FP riu. – O que foi?

- Você tem o mesmo jeito que sua mãe – FP riu balançando a cabeça negativamente.

- Qual jeito? – Questionei sorrindo. Qualquer coisa que me lembrasse de minha mãe me deixaria feliz, qualquer coisa que me aproximasse mais dela.

- Esse seu jeito de falar quando está nervosa com alguma coisa – O sorriso do homem foi sumindo e com ele o brilho dos olhos. FP estava vagando em seus pensamentos – Ela falava rápido e se embolava toda nas palavras – Ele olhava um ponto fixo e falava de minha mãe com tanta paixão – Ela gesticulava com as mãos assim como você faz – Ele por fim me encarou e me deu um sorriso grato. Como se me reencontrar fosse tornar viva as memórias de Alice para ele.

- Quer mais café?

- Quero sim, Toni – Ele disse e logo sinalizou para o garçom que logo nos trouxe mais daquela bebida que eu tanto amava. – Mas voltando ao que você disse, sobre as coisas serem certas e não certas – FP tocou minha mão e então prosseguiu – Ninguem nunca é certo sempre, o seu certo pode não ser certo pra mim e vice versa. Apenas siga sua intuição, algo bom deve sair daí.

FP havia pego no meu ponto fraco. Sei que matar aquelas pessoas não era a melhor maneira de se fazer justiça, mas foi a melhor maneira que encontrei, então era o certo para mim, naquele momento. Cheryl havia pedido para que eu me entregasse, essa é a maneira dela fazer as coisas corretas e por mais que eu pense que mereço mais que uma cela imunda, comida ruim e banhos de sol em horários monitorados, ela merecia mais, Cheryl merecia paz e eu darei a ela.

- Eu entendi, obrigada... Pai – Disse envergonhada. FP apertou mais minha mão e sorriu satisfeito. – É muito ruim dizer essa palavra, é desconfortável, ela nunca foi sinônimo de família para mim.

- Me chame do que quiser, Toni, mas apenas me chame – Sorri para o homem e tomei mais um gole do café que havia ali.

- Como vão as coisas na empresa desde a morte de Hal? – Questionei.

- Nick está no comando, eu não entendo o porquê disto, deveria ser você lá.

- Ou você...

- O que? Não, não seria justo – FP tirou sua mão da minha e sua pose de sério apareceu.

- Por que não? Aquela empresa era do meu avô e depois da minha mãe e foi parar nas garras de Hal, e está com Nick agora que nem sequer é da família e você é meu pai.

- Esta situação é muito pretenciosa. – Relutou o homem.

- Claro que não, eu o queria mesmo antes de saber que era meu pai, se lembra? – FP pareceu pensativo e então assentiu.

- Me lembro sim...

- Eu não tenho competência o suficiente para comandar aquela empresa, você tem – Tomei outro gole do café para então prosseguir – Nick só está no comando ainda porque não tive tempo de ir atrás de um advogado e tudo.

Dark Paradise {Choni Version}Where stories live. Discover now