Dark Paradise {Choni Version}

37 - Let it all go

Hello, bebês! Como vocês estão? Sei que prometi maratona mas eu tô meio em crise, então por hoje só tem esse capítulo mesmo, prometo que faço quando eu estiver bem. Me avisem se tiver algum erro e eu conserto depois.

Temos música nesse capítulo, ouçam Birdy, RHODES - Let it all go quando eu indicar.

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POV Cheryl Blossom

  Passamos das portas do hospital em silêncio, eu ainda estava sem reação com tudo o que presenciei naquele quarto, o pai de Toni gritando com ela daquela maneira foi realmente uma das piores cenas que já vi.

Nossas mãos estavam entrelaçadas e a minha suava drasticamente, meus batimentos cardíacos estavam acelerados. Eu só precisava tirar Toni daquele local. Dei mais um passo e estávamos de frente ao volvo, soltei a mão da morena ainda em silêncio, abri a porta do carro e a mesma se fechou com uma brutalidade que fez meu corpo paralisar.

Me virei para encarar Toni, ela bufava, suas narinas inflavam e em seguida soltavam o ar com violência. Uma camada negra cobria suas esferas castanhas e ao redor estava avermelhado, nunca havia visto seus olhos assim.

- T-toni – Gaguejei – Você está bem?

- Cheryl, eu vou dizer apenas uma única vez – Toni deu um passo à frente, fazendo minhas costas encostarem na porta do carro. – Não se meta na minha vida, não preciso de proteção e muito menos de uma policial, eu odeio que invadam meu espaço, não repita nunca mais o que você fez lá dentro, estamos entendidas?

- Mas, Toni, eu só...

- Só nada, apenas, não se meta, é minha vida e você não tem acesso nenhum a ela – Toni disse pausadamente e em um tom tão ameaçador que juro, me fez estremecer. Eu nunca a havia visto assim.

- Ok – Disse seca, respirei fundo e olhei para a morena que ainda estava bufando de raiva – Me leve para casa.

Toni saiu da minha frente, dando a volta em seu volvo prata em direção ao banco do motorista, eu entrei, coloquei o cinto de segurança, respirei fundo para não pirar ali mesmo e sair daquele carro.

A morena deu partida e dirigia como uma louca, não me admira termos nos conhecido com um quase atropelamento, ri sem querer da lembrança não tão fresca assim a fazendo me encarar séria.

- O que foi? – Perguntou ela sem humor algum.

- Nada. – Eu não queria estender o assunto, eu ainda estava muito assustada e irritada com tudo. – Esse não é o caminho da minha casa, Toni.

- É que não vamos para sua casa.

- Não vamos mesmo, eu é que vou, não tem clima para sair mais. – Disse vendo Toni dar a volta e parar em frente ao hospital novamente. – Esqueceu alguma coisa?

- Sim, me espera aqui – A morena saiu do carro. Olhei para o lado e não a vi entrar no hospital, ela havia sumido no meu ponto cego do retrovisor.

Alguns minutos sozinha me deu tempo para respirar e pensar que talvez eu tenha sido mesmo um tanto invasiva na vida de Toni. Nada explica sua reação comigo, mas Toni não havia tido muitos relacionamentos, talvez não saiba lidar com isso ainda.

Ouvi o clique da porta de trás destravando, olhei pelo retrovisor e vi um pequeno ser entrando no carro.

- Oi Tia. – O rapazinho estendeu a mão para me cumprimentar e eu retribuí.

- Hey, como está? – Perguntei vendo Toni entrar no carro com um sorriso tão bobo que fazia meu coração saltitar. – O que está fazendo, Toni?