LUX | Vminkook ABO

CAP10| Sobre Nós Três

> HEY! Capítulo em plena segunda, autora? Pois é, gente, os planos eram para que eu tivesse postado ontem, porém a vida me impediu e eu não queria soltar o capítulo sem o mínimo de revisão, então... TCHARAM! Vai capítulo segunda-feira mesmo!

> Dessa vez, eu gostaria apenas que vocês lessem tudo com muito cuidado e não se precipitem em julgar as atitudes dos bebês. Desde o início, meu objetivo era criar personagens "reais", com sentimentos e atitudes condizentes com suas experiências sociais. Então, é isso. 🤧

> Agradeço suas leituras e, se gostarem do capítulo (9k de palavras, dessa vez —acho que virou rotina por aqui), deixem seu votinho, ok?

Boa leitura!

~ Lai.

***

No decorrer das primeiras horas daquela madrugada, as tentativas frustradas de adormecer se revelaram uma total perda de tempo para Taehyung. O alfa estava em um ponto bifurcado entre a estrada do fisicamente esgotado e o caminho da mente que se recusava a desligar. À essa via, ainda se complementava o agravante de seu lobo no pior dos humores.

Sem qualquer indício de sono à vista, ele levou o olhar através da janela. O galho da árvore desfolhada arranhava o vidro em conformidade com a ação do vento que produzia um uivo baixo e sinistro. Perguntou-se se o ômega no outro quarto estaria com frio sem ele por perto. Ao mesmo tempo que o pensamento veio, Taehyung fez questão de afastá-lo. Sobretudo, não fazia sentido se preocupar com isso, quando sua marca não servia somente como símbolo de posse, mas também de proteção a qualquer ameaça à integridade de Jimin.

Não muito depois, Jungkook se revirou na cama inquieto. Podia apostar que, mesmo durante o sono, o lobo do lúpus havia sido incomodado por seu estado. O noivo rolou no colchão e enroscou braços e pernas em seu corpo como uma planta trepadeira. Ele permitiu um sorriso fugaz surgir em meio à escuridão do dormitório e afundou os dedos no cabelo sedoso, recebendo um suspiro profundo em resposta ao carinho. A essência selvagem logo correspondeu à aproximação, ficando menos agitada. O alfa farejou o familiar e raro perfume de almíscar misturado a sândalo e assim sentiu, pouco a pouco, os nós dos músculos se desfazerem para lhe proporcionar merecidas horas de descanso.

Acordou cerca de meia hora antes do alarme soar, molhado de suor e perturbado com o excesso de calor e uma ereção dolorida no meio das pernas, comprimida dentro da cueca e da calça do pijama. Jungkook já havia mudado de posição e agora dormia de bruços, os braços fortes ao redor do travesseiro e a cabeça virada para o lado contrário ao dele. O alfa chutou o lençol para o lado e se sentou na beirada da cama. Ao que tudo indicava, ele entraria em cio dentro dos próximos dois dias.

Ciente de que não conseguiria dormir de novo, resolveu se refrescar com um banho. Mergulhou de cabeça sob o chuveiro, deixando a água fria escorrer e arrepiar em seu trajeto a pele fervente. A mão se fechou em torno do pênis rijo. Droga, estava tão excitado... Ele apertou a mandíbula ao que lembranças do dia anterior tomaram sua mente.

O lúpus ajoelhado levando-o fundo, a fisionomia faminta e submissa à medida que o chupava. E, mais tarde, quando o preparou com a língua e o fodeu contra aquelas mesmas paredes.

A mão se moveu com velocidade, perseguindo, ávido, o próprio prazer. Grunhidos abafados se mesclaram à queda d'água. Ele esticou o braço livre, apoiando-se nos azulejos enquanto a cabeça pendia para frente, as pálpebras esmagadas e os lábios semiabertos por onde filetes de água deslizavam, e que expulsavam lamentos pouco inteligíveis.

Sem convite, uma memória intrusa o fez titubear. A imagem de uma boca rosada e carnuda se espalhando em um sorriso obsceno. Em sua companhia, a voz doce, perversamente doce, pedindo por ele. O alfa cravou os dentes no braço, na esperança de que a dor o fizesse retornar à sanidade, mas não conseguia parar o movimento ansioso de seu toque. O pau pulsou. Olhos rasgados imprimiam um olhar ferino chamando por ele. Taehyung balançou a cabeça, dividido entre o querer imediato e a culpa; tinha que expulsar aquilo de seu sistema.