CAP 8| Instintos Falam

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Então né, quem é vivo sempre aparece rs ( eu sei que o que estão pensando: a cara nem treme, né, sua puta). Pois com essa cara deslavada mesmo que venho soltar mais uma atualização depois de 367 anos. 

Demorei tanto para atualizar que, quando soltei o último capítulo, Lux não tinha 1k de visualizações e hoje tem quase 2k. Como sempre, eu agradeço imensamente a todos que acessaram e mostraram interesse pela minha história. Obrigada mesmo! 

Bem, não quero me alongar com avisos e ladainha, só vou deixar explícito o aviso de cena +18 neste capítulo. Sei que a maioria não se incomoda e até ame, mas existem aqueles que preferem pular. Portanto, se esse for o seu caso, isso ocorre na cena de interação entre Jungkook e Taehyung. O conteúdo está separado por barras, basta pular para a próxima cena. 

Obrigada e bora pra leitura! (quase 9k de palavras pra compensar o sumiço)

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Semanas de neve passaram até aparentemente o clima de Seul em novembro resolver ceder a um dia mais ameno de sol brilhante em meio a um céu azul límpido. Os ventos continuavam preponderantes, no entanto. No momento em que uma rajada levantou as folhas secas na calçada e atingiu-lhe a face nua, o beta encolheu o pescoço protegido pela gola alta da blusa de lã e alinhou as lapelas do paletó. Conferiu a aparência antes de subir os poucos degraus até a pequena sacada. Tocou o interfone, e logo houve o barulho do destrave da porta.

No terceiro andar do prédio comercial, o homem adentrou o vestíbulo modesto e cumprimentou a secretária simpática e uma senhora solitária que esperava seu horário de atendimento. Em seguida, solicitou falar com Kim Taehyung.

— Com licença, sr. Kim. — A moça interpôs a cabeça pela fresta da porta, após dois toques tímidos. — O sr. Kim Namjoon chegou.

Ele ouviu a permissão da entrada antes que ela se afastasse.

Taehyung, em pé próximo à única janela do consultório, se virou para o recém-chegado e lhe sorriu, fazendo um sinal para que aguardasse um segundo enquanto finalizava a chamada ao celular. O rosto de expressão normalmente leve se encontrava um tanto conturbado.

O beta desabotoou o paletó, se sentou na poltrona confortável perante a mesa de madeira maciça e cruzou as pernas longas. Os olhos percorreram o ambiente aconchegante, apesar de desprovido de grandes luxos. Sempre soube que o amigo tinha talento e um tato para decoração de interiores. Era capaz de fazer milagres dispondo de recursos limitados. No fim das contas, a despeito da vida simples que levava hoje, o gosto refinado do alfa não mentia sua origem privilegiada.

O suspiro desgastado de Taehyung ancorou sua atenção de volta.

— Problemas no paraíso? — questionou com humor. Havia escutado a citação do nome de Jungkook em algum momento da conversa.

O alfa se acomodou no assento do outro lado e lhe deu um de seus sorrisos amáveis.

— Nada sobre nosso relacionamento. Jungkook anda pirando porque o computador pessoal que ele usa para praticamente tudo está deixando ele na mão. Toda a vida profissional está nele e também... — Hesitou, passando as mãos pelo rosto. — Ele ficou preso entre a cruz e a espada. Há muita coisa pessoal lá também. Fotos nossas íntimas, mensagens que trocamos, e-mails... E, ainda por cima, JK precisa dos arquivos dos alunos e documentos da faculdade.

— Mas não seria prudente que todas essas coisas caíssem nas mãos de qualquer técnico mal intencionado.

O mais velho estava bem familiarizado com a situação do casal de alfas. Além da amizade de longa data com Taehyung, nas sessões sigilosas de terapia com Jungkook muito viera à tona. Ele só não conseguia se conformar que uma sociedade estagnada em princípios arcaicos tivesse o poder de afetar a harmonia de um lar e relações pessoais como a deles dois, a ponto de tarefas simples do dia a dia se transformarem em desafios.

LUX | Vminkook ABODonde viven las historias. Descúbrelo ahora