[56] the beginning

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Duas semanas depois, o clã Gold ainda estava um caos.

Jungkook e Namjoon, e até mesmo Hoseok precisaram da solidariedade de cada um dos sobreviventes do ataque, porque além de perderem muitas vidas, muitos soldados do clã Hera também haviam sido perdidos.

Jung Hoseok, que ainda estava com as relações cortadas com Jungkook, acabou conseguindo se acertar com ele, e por fim, decidiu voltar para o clã Le Paradis para que pudesse estreitar as relações com os novos líderes que deixou lá. Preferiu não admitir para mais ninguém o verdadeiro motivo de se manter longe do ômega e do filhote que ele carregava alegremente, e preferiu não estar mais ali no momento em que Min Yoongi acordasse do coma.

Trent Hall havia lutado bravamente, mesmo que, assim como todo mundo, não estivesse bem equipado e preparado para o ataque. Todos levaram um susto quando ele apareceu sem um dos braços, sangrando por todo o salão do castelo que levava o seu nome, uma homenagem dos seus antepassados ao clã Gold.

A lealdade entre o clã Gold e Hera se tornou ainda mais forte depois daquele ataque surpresa, e ele já havia mandado cartas para o próprio conselheiro e aos seus vassalos pedindo reforços e ajuda na reconstrução das cidades e alcateias devastadas do clã Gold. Jungkook pretendia manter as relações com os clãs cada vez mais próximas, queria evitar guerras futuras, e depois do que Jimin havia feito, as notícias estavam se espalhando rapidamente, e a maioria dos clãs rivais se renderam a uma aliança por medo.

Mesmo que não fosse a melhor coisa, estreitar relações a base de medo, era tudo o que tinham.

Semanas depois do acontecido, ainda se encontrava corpos e pedaços humanos espalhados pelas plantações e pelas praias. E foi por isso que eles resolveram prestar uma homenagem aos mortos, uma cerimônia que levou dias, e reuniu todo o clã Gold, seus vassalos, alguns aliados e alguns antigos inimigos de clãs menores que não haviam participado do ataque, do massacre.

Jogaram flores aos mortos, queimaram seus corpos, e ainda pareciam todos chocados pelos corpos dos inimigos terem ido parar ao lado.

Jimin virou uma atração turística, e foi por isso que ele não compareceu a nenhuma reunião, nenhuma cerimônia, nada. Tudo o que fez foi ficar com Taehyung no castelo Kim, ajudando-o com o bebê, em paz, sentindo finalmente que as coisas estavam começando a se tornar calmas pela primeira vez.

Yejun era um bebê adorável. Ele tinha cabelos tão loiros quanto os de Jimin e os de Yoongi, suas bochechas eram fofas, sua boquinha parecia de boneca, e olhinhos eram de um tom de avelã belíssimos.

Taehyung ainda não sabia o que fazer com o sobrenome. Primeiro ele queria colocar o sobrenome dele mesmo, mas Namjoon e Jungkook disseram que ele precisava esperar o alfa acordar para tomarem essa decisão juntos, então ele resolveu esperar, mesmo que não soubesse se Yoongi iria acordar ou não.

Ele havia sido encontrado dois dias depois do ataque, em uma pilha de corpos, desacordado. Quando o acharam, já estava dado como morto, mas perceberam que ele tinha conseguido se manter vivo durante aqueles dias, e então o coma foi declarado.

Algo sobre os poderes de Jimin havia mudado, uma semana depois, quando ele tentou curar o irmão, nada aconteceu. E durante muitas vezes ele tentou e tentou, mas nada acontecia, nada parecia dar certo. Então o ômega imaginou que pudesse ser a imunidade dele sobre os poderes, mas quando tentou curar outras pessoas, mal conseguia se manter em pé, quem dirá conseguir concluir.

Então entendeu tudo. Todas as vezes que matou, não só no dia do ataque, mas também quando derrubou o castelo de John Bengot, foi para se defender, mas a morte não era algo natural para o ser que habitava em si. Sentia que não era. Seu poder era usado para cura, para a bondade, para a felicidade, e quando usado para o lado negativo... ele podia ser anulado, mas não sabia quanto tempo levaria, não sabia se era para sempre.

KALEIDOSCOPE • Jikook [abo]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora