Bochechas rubras
***
— Júpiter, minha querida! — leva as mãos a face em surpresa.
Estou travada, os olhos expandidos e desejando ter voltado no tempo para que isso não acontecesse. Meu nervosismo é tanto que as pessoa parecem ter desaparecido.
Ah, qual é?! Quem estou querendo enganar? Vou confessar: estou felizinha!
Sorrio quando ela está a minha frente com seu vestido glamuroso cor champanhe com pedrarias. Seu cabelo loiro e curto combinando com o seu rosto risonho. Ela tem uma taça de espumante na mão.
— Olá, Greta! — sorri para ela com o rosto e os olhos, então ela me puxa para um abraço forte.
— Que saudades estava de você, garota! — aperta os olhos — Não suma deste modo nunca mais! — manda.
— Vocês que foram embora — brinco com um sorrisinho.
Ela ri ao perceber que é verdade.
— Mas temos que manter contato agora que você voltou — diz e concordo com a cabeça.
— Voltaram a conversar? — pergunta, mas não nos deixa responder, porque com seu olhar afiado e astuto observa — Mas é claro que sim...
Olho pelo canto dos olhos para o Augusto atrás de mim.
— Mãe... — murmura meio tenso.
— Não está mais aqui quem falou! — joga suas mãos pro alto — Qualquer dia desses vá lá em casa — pisca para mim.
Sinto meu rosto se aquecer, sei que está se tornando rubro.
Ao lado dele, observo que analisa o espaço. Seus olhos se iluminam quando avista uma mulher de cabelo castanho bem clarinho com um bebê no colo e um cara loiro ao lado.
— A tia Carolina tá ali, mãe! — aponta para a mulher.
Sua mãe vira o corpo e acena, rapidamente, o casal sorri em resposta, então ela vira para nós e se despede antes de seguir até o jovem casal.
— Eu não sabia que sua mãe tinha irmã — comento enquanto ajeito meu cabelo.
— Acho que já comentei com você, mas ela não morava aqui. Estava estudando fora — explica alternando o olhar entre eu e a mulher — Agora que voltou
— Onde? — questiono curiosa.
— Berlim — responde casualmente. Meus olhos brilham.
— Que legal! — sorri, divertindo-se com minha animação.
— Vamos lá cumprimentar ela — nego com a cabeça, mas ele nem vê, já que me leva até lá.
Sinto que estou mais vermelha ainda quando converso com o pessoal, dentre eles, o pai do Guto, o Franz. Quando a conversa se torna mais calma, pergunto a ele sobre sua irmã.
— Escócia — responde — Não sei se você sabe, mas agora eu sou tio — sorri imensamente.
— Sério?! Que legal — toco seu braço animada — Depois você tem que mostrar alguma foto
— Ok, depois você vai lá em casa e eu te mostro — arregalei os olhos, ele ri — Minha mãe já fez o convite — ergue a sobrancelha.
— Tenho que ver — finjo pensar — Mas acho que dá sim
Melhor pensar bem antes de aceitar do que dizer que vou e no final declinar do convite.
— Ok! Quando quiser pode me dizer
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2002
Romancelola | © 2021 SINOPSE: Júpiter está apaixonada por seu "melhor amigo" há não sei quanto tempo, na verdade, ela sabe as horas exatas de cada dia em que passou pensando nele, Augusto Vettel. Ele mudou-se para a Áustria com sua família há algum tempo...