capítulo 10

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Bochechas rubras

***

 — Júpiter, minha querida! — leva as mãos a face em surpresa.

Estou travada, os olhos expandidos e desejando ter voltado no tempo para que isso não acontecesse. Meu nervosismo é tanto que as pessoa parecem ter desaparecido.

Ah, qual é?! Quem estou querendo enganar? Vou confessar: estou felizinha!

Sorrio quando ela está a minha frente com seu vestido glamuroso cor champanhe com pedrarias. Seu cabelo loiro e curto combinando com o seu rosto risonho. Ela tem uma taça de espumante na mão.

— Olá, Greta! — sorri para ela com o rosto e os olhos, então ela me puxa para um abraço forte.

— Que saudades estava de você, garota! — aperta os olhos — Não suma deste modo nunca mais! — manda.

— Vocês que foram embora — brinco com um sorrisinho.

Ela ri ao perceber que é verdade.

— Mas temos que manter contato agora que você voltou — diz e concordo com a cabeça.

— Voltaram a conversar? — pergunta, mas não nos deixa responder, porque com seu olhar afiado e astuto observa — Mas é claro que sim... 

Olho pelo canto dos olhos para o Augusto atrás de mim.

— Mãe... — murmura meio tenso.

— Não está mais aqui quem falou! — joga suas mãos pro alto — Qualquer dia desses vá lá em casa — pisca para mim.

Sinto meu rosto se aquecer, sei que está se tornando rubro.

Ao lado dele, observo que analisa o espaço. Seus olhos se iluminam quando avista uma mulher de cabelo castanho bem clarinho com um bebê no colo e um cara loiro ao lado.

— A tia Carolina tá ali, mãe! — aponta para a mulher.

Sua mãe vira o corpo e acena, rapidamente, o casal sorri em resposta, então ela vira para nós e se despede antes de seguir até o jovem casal.

— Eu não sabia que sua mãe tinha irmã — comento enquanto ajeito meu cabelo.

— Acho que já comentei com você, mas ela não morava aqui. Estava estudando fora — explica alternando o olhar entre eu e a mulher — Agora que voltou

— Onde? — questiono curiosa.

— Berlim — responde casualmente. Meus olhos brilham.

— Que legal! — sorri, divertindo-se com minha animação.

— Vamos lá cumprimentar ela — nego com a cabeça, mas ele nem vê, já que me leva até lá.

Sinto que estou mais vermelha ainda quando converso com o pessoal, dentre eles, o pai do Guto, o Franz. Quando a conversa se torna mais calma, pergunto a ele sobre sua irmã.

— Escócia — responde — Não sei se você sabe, mas agora eu sou tio — sorri imensamente.

— Sério?! Que legal — toco seu braço animada — Depois você tem que mostrar alguma foto

— Ok, depois você vai lá em casa e eu te mostro — arregalei os olhos, ele ri — Minha mãe já fez o convite — ergue a sobrancelha.

— Tenho que ver — finjo pensar — Mas acho que dá sim

Melhor pensar bem antes de aceitar do que dizer que vou e no final declinar do convite.

— Ok! Quando quiser pode me dizer

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