Lótus Yunmeng

Extra - Bolo de Arroz e Flor de Macieira

Aviso: a estupidez dessa autora só notou que o nome do personagem principal do extra estava errado quando já tinha acabado tudo, não vou mudar por motivos de: preguiça. Porém, é Ouyang Zizhen*.

Ouyang Zizhen conheceu esse cara
numa caçada noturna, ele era um cultivador externo da seita Jin. Yan Húdié tinha a mesma altura que ele e os dois dividiam o gosto pelas coisas simples da vida.

Mas ao passo que Oyang Zizhen era elegante e aberto, delicado como uma flor de macieira e sempre lamentando as pessoas boas que eram levadas cedo demais dessa vida. Yan Húdié era fechado, usando seu uniforme completo o tempo inteiro, ele também tinha aquelas bochechas redondas, gordo e branco como um bolinho de arroz.

Oyang Zizhen queria apertar esse cara sempre que o via, ele tinha vontade de segurar as bochechas do outro e forçar um sorriso ali.

Eles começaram uma espécie de amizade quando Jin Ling, Lan JingYi e Lan SiZhui começaram a fugir do grupo grande de pessoas. Oyang Zizhen se sentiu um pouco colocado de lado, mas ele entendi que um casal precisava de seus momentos, então, Yan Húdié que também era um romântico ficava com ele até tarde da noite teorizando sobre as coisas que um casal faria.

Nenhum deles estava disposto a casar. Um porque não tinha dinheiro para isso e não havia alguém que ele amava, o outro porque ele teria que ser um líder de seita e não seria ele quem escolheria sua esposa.

Eles se aproximaram após trocarem confidências, havia mais coisas em comum entre eles do que era possível precisar. Por exemplo, Oyang Zizhen sempre admirou a amizade que existiu entre Xiao XingChen e Song Lan, Yan Húdié também os admirava, então eles firmaram o acordo de que seriam como aquelas pessoas.

Numa noite escura, céu sem estrelas e nuvens pesadas, Oyang Zizhen juntou suas coisas, pegou sua espada e saltou pela janela, fugindo para um mundo novo, como um cultivador desgarrado junto Yan Húdié.

Eles tinham uma casinha simples agora, nos arredores de vila de pescadores, ganhavam a vida indo de cidade em cidade, onde as grandes seitas não podiam alcançar. Numa dessas raras ocasiões em Yan Húdié e ele estavam em casa, Oyang Zizhen releu a carta exasperada de seu pai, exigindo que ele retornasse.

Mas, diferente de alguns anos atrás, Oyang Zizhen era um homem adulto. Ele respondeu com cordialidade e deixou o assunto morrer, ele tinha mais coisas para fazer além de levar uma vida mesquinha lutando com as seitas. Por exemplo, ele tinha esse livro de romance que acabou de ler e tinha um Shidi, que estava na cozinha, mexendo nas panelas com uma habilidade que era duas vezes melhor que a dele.

- O que Húdié Shidi está fazendo? - Ele correu para incomodar o outro, parando atrás dessa pessoa macia e gordinha, ele espiou por cima do ombro alheio, ficando nas pontas dos pés. Ele fingiu cheirar a comida, mas estava apreciando o cheiro do cozinheiro. - Parece bom.

- É só o café da manhã, não é porque o Shixiong não consegue fazer um mingau de arroz decente que isso parece bom?

Os dois riram.

Quando Yan Húdié ria fazia o estômago de Oyang Zizhen ter uma sensação de flutuamento. Quando eles falaram sobre Oyang Zizhen não poder se casar com a pessoa que amava, era em seu Shidi que ele estava pensando. Não havia nenhuma dama nos arredores de sua cidade natal, só havia seu Shidi. Macio com bolo de arroz, um pouco mal humorado e habitante dos pensamentos indecentes de Oyang Zizhen.

- O cordeiro também parecia bom, eu deveria sair e conseguir outro. - Ele saiu do seu devaneio sobre o cheiro do seu Shidi e se concentrou na comida. Eles gostavam de imaginar que eram donos de sua própria seita e se chamavam assim. É claro que Oyang Zizhen preferia mil vezes ser chamado de marido, mas estava bom assim. - Aquela sopa de ontem foi como pisar o céu.